O Pai

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• Ayumi

   Quando chegamos no local onde a gente iria encontrar ele era numa praça, fui apenas seguindo minha mãe até que finalmente o homem se fez presente na minha frente, olhei ele de cima a baixo e a única coisa que senti, foi a de estar vendo um estranho.

- Oi filha, como você cresceu - Ele foi vim me abraçar, mas eu apenas recuei.

- Oi, o que você quer - Fui direta, o mal pressentimento que eu tive ontem ficou mais claro agora.

- Ver minha filha, eu não posso mais? - Ele falou se fazendo de coitado.

- Conta outra, fala sério, não sou nenhuma criança idiota.

- Puxou até o modo de falar da mãe... Eu vim realmente porque eu queria te ver e te contar que você tem uma irmãzinha mais nova que tem muita vontade de te conhecer.

- Uma irmã mais nova? Quantos anos ela tem? - Cruzei meus braços o encarando.

- Ela vai fazer 13 anos.

- Não é tão mais nova assim...

- Que tal você ir conhecer ela - Ele falou sorrindo.

- Eu não vou a lugar nenhum, podemos nos encontrar aqui amanhã e você trás ela para eu conhecer.

- Ah tudo bem, eu posso fazer isso.

   Minha mãe ficou todo momento em silêncio, ela apenas revirava os olhos as vezes ou fazia umas expressões de desgosto para ele, no fim um silêncio constrangedor se formou ali, o que começou a me incomodar.

- Era só isso? Se for, já vamos embora e amanhã você trás essa minha irmã.

- A não, eu esperava que a gente pudesse passar um tempo junto.

- Não força, isso já é querer muito, amanhã você trás minha irmã e aí podemos quem sabe, conversar mais, por hoje já deu de ver sua cara.

   Falei fazendo uma careta de nojo e me virei deixando minha mãe sozinha com ele enquanto eu ia em direção ao carro.

- Ela me odeia, né? - Ele perguntou para minha mãe.

- O que você acha? Foram por ações suas, amanhã você vai ter mais uma chance de talvez fazer sua filha não te odiar tanto, aproveite.

   Olhei um pouco a nosso redor, estava me sentindo incomodada com algo, observei com calma as pessoas que estavam naquele parque, baguncei meus cabelos vendo minha mãe se aproximar.

- Vamos embora logo, esse lugar está me sufocando.

- Tudo bem filha.

   Entrei no carro e olhei de canto para a direção que meu pai estava e vi um homem se aproximar dele, sabia que tinha algo estranho naquela situação toda, não comentei nada com a minha mãe, apenas fomos para minha casa, eu sentia meu corpo pesado como nunca, apenas fui direto para meu quarto me deitando na minha cama, eu me sentia tão cansada, nem sabia como explicar o porque disso.

- Você tá bem maninha? Ela me contou o que aconteceu - Chifuyu falava me olhando da porta.

- Estou apenas cansada, muito cansada... Fica comigo um pouco até eu dormi?

- Claro, igual quando você corria para meu quarto quando você tinha pesadelos - Ele falava com um sorriso nos lábios se deitando do meu lado.

- Idiota... É, igual quando eu fazia isso.

   Nós dois rimos, deitei minha cabeça no peito dele e ele começou a me fazer cafuné enquanto a gente conversava sobre meu pai, Fuyu era a melhor coisa que aconteceu na minha vida, tanto nessa quanto na minha outra, eu não tinha motivos para me sentir dessa forma em relação aquele homem, até porque eu não era filha dele, mas as emoções, sentimentos e lembranças da verdadeira Ayumi também me tomavam conta, em breve seríamos uma só e eu já estava me acostumando muito facilmente com isso, Chifuyu tinha uma mão santa, ele conseguia me fazer relaxar facilmente e dormir com aquele cafuné dele.

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