Sentimentos de Dúvida

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• Ayumi

   Quando eu acordei Chifuyu já tinha saído, eu passei a manhã toda deitada, eu estava em um estado de refletir sobre essa aparição do pai da Ayumi, sobre o afastamento do Baji... Tanta coisa para tão poucos dias, me levantei apenas na hora do almoço, eu fui comer com a minha mãe e depois nós duas fomos rumo a praça ver meu pai e minha nova irmã. Quando a gente chegou lá, ele estava junto de uma garotinha muito parecida comigo até, me aproximei deles vendo o sorriso do meu pai e a timidez dela.

- Que bom que você veio, essa é a Milli, sua irmã mais nova - Ele colocou a menina um pouco mais para frente.

- Oi Mlli, eu sou a Ayumi.

- O.. oi - Ela dei um pequeno sorriso.

- Vocês se virem aí, eu vou ir tomar sorvete com ela, vem.

   Estendi a mão para ela, a mesma pegou meio relutante e então nos afastamos deles indo rumo a barraquinha de sorvetes, eu pedi um de morango e ela um de chocolate.

- Então você tem 13 anos, certo?

- Sim e você? - Ela parecia um pouco mais tranquila.

- Tenho 14, mas vou fazer 15 em breve.

- Ah legal, hoje é meu aniversário de 13 anos - Ela falou dando um pequeno sorriso.

- Ah sério? Parabéns - Sorri entregando o sorvete para ela.

   Traduzindo a situação toda, ela é a filha de uma amante do meu pai, fazia sentido a situação toda e quando eles nos abandonou, provavelmente foi viver com a mãe dela e ela, de todo modo nenhuma de nós duas tínhamos culpa disso, a gente começou a andar pela praça enquanto ele me contava sobre a escola dela, ela era muito fofa e ver que ela estava confortável em falar comigo me deixou feliz.

• Narradora

   Enquanto isso Baji e Chifuyu estavam terminando de bater em alguns garotos que logo fugiram, os dois se sentaram em um canto cansado e finalmente o loiro decidiu tocar no assunto.

- Você realmente quer se afastar da Ayu?

- Ela perto só vai por ela em situações perigosas - Baji falava ajeitando os cabelos.

- Isso aí eu já acho que você tá enganado, ela não precisa de você para se meter em perigo, ela já faz isso sozinha, ela realmente ficou muito triste com você se afastando e ainda tem a situação com o pai dela...

- Situação com o pai dela?

- Sim, ele apareceu ontem do nada querendo ver ela, isso deixou ela meio sei lá e hoje ela ia ver ele de novo e uma irmã mais nova pelo o que ela contou.

- O pai dela não tinha abandonado elas?

- Sim, mas apareceu dizendo que queria ver ela do nada.

- Isso é realmente estranho...

- Você podia conversar com ela..

- Eu não sei... Vou pensar.

   Os dois ficaram ali conversando mais um pouco, voltando para a praça a mãe da Ayumi conversava com o pai dela.

- Eu te conheço, o que você quer? - Ela perguntava cruzando os braços.

- Nada de mais, ela realmente queria conhecer a irmã - Ele falou encostando em uma árvore.

- Sabia que eles foram cobrar a nossa dívida com ela? Eles ameaçaram nossa filha - Ela falou irritada.

- Eu sei, eles me acharam, falaram que ela pagou sua parte e mandou eu lidar com minhas próprias dívidas, ela é realmente parecida com você - Ele disse rindo.

- Graças a Deus ela teve a sorte de se parecer comigo e você pagou eles?

- Eu não tenho a grana, eu... Estou devendo para gente muito mais perigosa que eles, eu e a Jia fizemos um empréstimo com uns caras da pesada e agora eles estão ameaçando a Milli ( A filha mais nova dele).

- Que merda é essa que você está se envolvendo? Você é idiota? Alguém mais perigoso? Eles estão ameaçando uma criança de 13 anos, que merda homem.

- A gente tava precisando, eu não tive escolhas, agora para ajudar por causa da Ayumi os outros me acharam e agora eu tenho dois caras para pagar.

- Você nem pense em culpar minha filha por isso, isso tudo é culpa sua, trate de resolver isso e mantenha esses homens que estão ameaçando sua filha bem longe da minha.

   Ela estava indignada com toda aquela situação, ela não acreditava no que tinha acabado de ouvir.

• Ayumi

   Eu e Milli realmente éramos irmãs, era algo que dava para sentir, a gente ficou realmente próximas com muita facilidade, trocamos nossos números, eu notei que tinham alguns homens estranhos nos olhando, essas merdas estão realmente pensando que são detetives? Soltei um longo suspiro levando ela de volta para perto do nosso pai e da minha mãe.

- A gente quer sair de novo depois para ir no shopping outro dia - Falei dando um pequeno sorriso.

- Pode né papai? - Ela perguntou para ele.

- Claro, é só vocês combinarem.

- Bom, vamos embora agora - Falei para a minha mãe.

   Me despedi deles e fomos para o carro, minha mãe estava irritada e eu já imaginava o que poderia ter acontecido, quando ela começou a dirigir eu finalmente comecei a falar.

- E então? O que ele te falou? Foram cobrar a dívida com ele?

- Que? Não tem como esconder de você mesmo, sim foram... Ele não pagou, porque ele está devendo para gente pior que está ameaçando a Milli.

- Puta que pariu, que homem de merda.

   Minha mãe deixou em casa e foi buscar o pai do Chifuyu, soltei um longo suspiro, eu não queria entrar em casa, quando eu ia dar meia volta para ir para qualquer lugar Baji parou a moto na minha frente.

- Se vai ir fugir, sobe - Ele falou me olhando de canto.

   Eu fiquei em silêncio e apenas subi segurando forte nele, minha cabeça tava tão cheia com tudo isso do meu pai e da Millie, eu só precisava disso, ele me levou até um lago que tinha perto de um templo, respirei fundo descendo da moto e indo na direção do lago.

- Chifuyu me contou que seu pai apareceu.

- Ah sim, agora eu tenho uma irmã mais nova...

- Como foi?

- Ela é muito fofa, a gente se deu bem.. Meu pai eu nem conversei, mas pelo o que minha mãe contou ele está metido com dívidas com gente feia que ameaçou minha irmã.

- E ele do nada decidiu te ver?

- Sim, diz ele que Millie queria me conhecer.

   Soltei um suspiro pesado e senti as mãos dele sobre meus ombros.

- Se ele te colocar em perigo eu vou espancar esse babaca.

- Ninguém me coloca em perigo, apenas eu mesma - Dei risada jogando meu corpo para trás encostando minha cabeça no peito dele.

- Seu irmão falou algo parecido hoje - Ele disse rindo colocando o queixo sobre minha cabeça.

- Chifuyu me conhece bem.

- Sim, desculpa por ontem... Eu falei de cabeça quente.

- Tudo bem, eu de certo modo te entendo.

   A gente se abraçou, um abraço demorado e reconfortante, era apenas isso que eu precisava, ele parecia sugar todo meu estresse, tudo o que me incomodava parecia sumir com um simples abraço dele.

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