VII - O Vórtex

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Caímos no NADA. (NÃO, ISSO NÃO É UMA METÁFORA OU ALGO DO GÊNERO... BEM, NÓS SIMPLESMENTE CAÍMOS NO "NADA".... TIPO NÃO UM NADA, MAS UM N.A.D.A, DO JEITO: NADA, "NAAAAADA").

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Ser sugado por um vórtex dentro de uma poltrona foi até uma experiência bacana comparado ao que houve em seguida.

À princípio, pensei que iríamos morrer (ATÉ PORQUE ISSO É UMA COISA MUITO COMUM DE SE PENSAR QUANDO SE ESTA MEIO QUE: S.E.N.D.O.S.U.G.A.D.O.P.O.R.U.M.B.U.R.A.C.O.!), na verdade, pensei que EU iria morrer (AQUELES GÊMEOS ERAM TOTALMENTE FORA DO COMUM, VAI VER TINHAM SETE VIDAS, OU ATÉ ERAM IMORTAIS, TIPO UM... BEM, SEI LÁ, PENSE EM ALGO "ESTRANHO E IMORTAL" E ESSE SERÁ O MODO QUE IMAGINEI OS CARA DE RAPOSA NAQUELE MOMENTO, HAHA).

Depois de muitíssimo tempo caímos em algo, quer dizer, não caímos, nos estatelamos. Pousamos em um lugar estranho, cheio de placas sinistras (POR QUE TÊM PLACAS NUM LUGAR COMO ESSES?! POR ACASO SERES SINISTROS SÃO ALFABETIZADOS OU MESMO PENSAM: "AH, DEIXE-ME VER ESSAS PLACAS"?!) e quando olhamos ao redor, bem, encontramos um grande outdoor com os dizeres: BEM-VINDOS À DIMENSÃO N.A.D.A, LUGAR ONDE SEUS PESADELOS SÃO REAIS E OS SEUS SONHOS APENAS VISLUMBRES DE DESEJO DE FELICIDADE". (AH! QUE PLACA ADORÁVEL! ESSE É O TIPO DE COISA QUE EU COLOCARIA NO MEU QUARTO PARA DAR BOAS VINDAS AOS VISITANTES).

Como não nos restavam opções, resolvemos entrar no tal "MUNDO/DIMENSÃO N.A.D.A" (SIM, ESSA NÃO FOI A IDEIA MAIS GENIAL DO MUNDO, MAS ERA A NOSSA ÚNICA SAÍDA). Passamos pelo portal e saímos andando (AH, QUE MARAVILHA! AINDA ESTAMOS VIVOS!), quando de repente, um ser estranho simplesmente apareceu.

- Sejam Bem-Vindos, Abba e John Calegari e claro, William Folk... - disse o ser deformado com uma voz esganiçada, medonha e... COMO ELE SABIA NOSSOS NOMES?! (SIM, EU PENSEI ISSO COM A VOZ MAIS ASSUSTADA QUE UM MENINO DE 14 ANOS, MÁSCULO COMO EU, PODE USAR).

O silêncio tomou conta de nosso ser e de nossos pensamentos. Naquele momento, eu não conseguia bolar um jeito de me esgueirar ou de fugir. Olhei para John e Abba e eles estavam tão estupefatos quanto eu... Aparentemente, nossa mudez abriu margem para a criatura continuar falando e assim ela o fez.

- Crianças... Ah, crianças... Finalmente chegaram! Finalmente estão aptas a realizar a missão que estavam destinadas a enfrentar desde o nascimento... Eu sei que você, William, está buscando por algo... Na verdade, por alguém... Alguém que é muito importante para você, mas que também é importante para NÓS! - disse ele com uma voz mansa, seguida de uma gargalhada fatal. (O QUE ELE QUIS DIZER COM "IMPORTANTE PARA NÓS!"?! MEU PAI TEM ALGUMA LIGAÇÃO COM O POVO DESSA DIMENSÃO? IMPOSSÍVEL! NÃO, NÃO... NÃO PODE SER...)

Novamente, vi-me sem reação diante de tais afirmações/revelações. A verdade é que eu nunca sabia como reagir, não sabia o que fazer, não sabia tomar a frente da missão... Sim! Eu era um miserável e sim, não era capaz de nada, não era capaz de resolver o mistério, não era capaz de salvar meu pai... (ÓH, MAJESTOSO WILL, SEU LEGADO DESTRUIU-SE! ASSUSTADO? SIM! COM MEDO? SIM! ACABADO? COM CERTEZA! NADA MAIS FAZIA SENTIDO).

- Ãn... Senhor... - começou Abba, mas foi interrompida pelo ser estranho.

- Agora tudo dependerá de vocês três, tudo poderá ser salvo ou destruído por conta de vocês e da escolha que farão! Crianças orgulhosas, crianças inúteis... Pensam que sabem tudo? HAHAHAHAHAHA ESTÃO ENGANADOS! À propósito, podem me chamar de Dimitrius... E se não se importam, gostaria de informá-los que a trívia começa agora... TIC-TAC, TIC-TAC, o tempo passa e Rupert está... UAHAHAHAHA - com a voz mais assustadora que eu já ouvira, "Dimitrius" não terminou seu raciocínio e simplesmente sumiu em uma nuvem de fumaça, deixando para trás apenas um pergaminho velho.

O Mistério dos FolkOnde histórias criam vida. Descubra agora