O Mistério dos Folk

IV - O Acontecimento

Ainda confuso com o que eu tinha acabado de ouvir e um pouco zonzo com a situação em si (CLARO QUE EU ESTAVA CONFUSO, NERVOSO, ZONZO, PERDIDO E TODOS OS OUTROS SINÔNIMOS DE "SE SENTINDO ESTRANHO"... ATÉ PORQUE É NORMAL QUE UMA MANCHA BRILHANTE FALE COM VOCÊ NO MEIO DA NOITE E AINDA POR CIMA, DÊ UM CONSELHO. AH É, ESQUECI DE MENCIONAR QUE ISSO É UM FATO CORRIQUEIRO NA MINHA VIDA), resolvi ir até a cozinha beber um copo com água. (ESSA, DE LONGE, FOI A IDEIA MAIS IDIOTA QUE EU JÁ TIVE NA MINHA VIDA! DROGA!)

Cheguei a cozinha, tudo estava escuro (NORMAL. ERA NOITE. LUZES APAGADAS. OKAY.). Fui até a geladeira com toda a lerdeza e calmaria possíveis para uma pessoa que sofreu com um pré-trauma luminoso (VAI QUE A LUZ DO FREEZER DE LÁ RESOLVESSE QUERER FAZER UM "SOCIAL" COMIGO TAMBÉM, NÃO É MESMO?!), abri a enorme porta vermelha (SEMPRE ME PERGUNTEI O POR QUÊ DA GELADEIRA VERMELHA), peguei a garrafa com água (TUDO NUMA BOA), entretanto, estamos falando de mim, William Folk, o sombrio dos headphones (PREFIRO ME NOMEAR ASSIM. WILL, O ESTRANHO, COMO ME CHAMAM NA ESCOLA, NÃO ROLA HEHE), nada normal acontece na minha vida, então, assim que me virei para pegar um copo no armário e... COMO DUAS PESSOAS TINHAM ENTRADO NA MINHA CASA SEM EU VER E ESTAVAM PARADAS ALI NA MINHA FRENTE, NA MINHA COZINHA QUE ESTAVA COMO?! ISSO! VAZIA HÁ MENOS DE 1 MINUTO ATRÁS??! SOCORRO!

Me aproximei sorrateiramente, como um gato em busca de seu peixe, olhei para os dois com meu pior olhar (OH YEAH! LIKE A BOSS), apesar de estar completamente assustado. Eu os encarei, eles não tinham o direito de estar ali, mas quando pensei em falar algo...

- Olá, Will. Estamos aqui para te ajudar... O Iluminado nos mandou aqui. Pensamos que nunca nos conheceríamos, é um prazer enorme. Eu sou Abba Calegari e esse é meu irmão, John Calegari. Aliás, as pessoas nos chamam de Os Guardiões, um nome até que muito pomposo, na minha opinião. - tagarelou a garota de cabelos longos e ruivos com a voz mais delicada e fofa que eu já tinha ouvido. (AH, COMO ERA LINDA AQUELA GAROTA! FOCO, WILLIAM. GUARDIÕES ELA TINHA DITO? GUARDIÕES DE QUÊ? O ILUMINADO? QUE QUE ISSO?).

Ainda zangado, pensei em tirar satisfações, meu discurso seria curto e grosso, quem eles achavam que eram para entrar na minha casa e ainda falar tudo aquilo para mim?! (OKAY, ELES ERAM "OS GUARDIÕES", ENTENDI ESSA.). Novamente, encareio-os.

- Você disse: "Estamos aqui para te ajudar". Ajudar em quê? A única coisa para qual eu quero ajuda é para entender tudo o que está acontecendo, como meu pai sumiu, como vocês entraram e o que estão fazendo aqui, não acredito nesse papinho de "queremos ajudar", e o que aquela maldita luz quis dizer com "aceite o que você realmente é"?! - minha voz saiu furiosa, eu estava fora de mim.

Os dois jovens - aparentemente da minha idade 14/15 anos, ambos de cabelos ruivos, pele branca como um papel e vestes até que descoladas e meio medievais (?) - se entreolharam, tensos com a minha reação. Era evidente que eles estavam confusos depois de tais dizeres explosivos vindos de mim (AH, POR FAVOR, FUI EDUCADO...), mas então, depois de tudo, resolvi ignorá-los, eu não os queria ali, mas pelo visto, eles tinham vindo para ficar (PARA A MINHA INFELICIDADE).

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Eu queria ter um plano, eu precisava de um plano. O caso do desaparecimento do meu pai, pelo que eu percebi, não poderia ser solucionado pelos peritos. Eu precisava de ter acesso ao que os policiais tinham descoberto (HMMMMM...VEJO UM PLANO SENDO MAQUINADO, ÓH MAJESTOSO WILL, HEHE).

Olhei para aquelas duas cabecinhas ruivas e já que elas não iriam embora tão cedo, era com a mais absoluta certeza que eu as envolveria para executar algo no meu estratagema. (RISADA MALÉFICA, POR FAVOR.)

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