15 | Our Shared Pain

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"Talvez nós podemos ser o início de algo

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"Talvez nós podemos ser o início de algo. Estar juntas no início do tempo."

- Start of Time

BEFORE

"Do que é composto uma boa filha, Kath?"

O som da lenha a estalar enchia o cômodo enquanto o espaço ficava lentamente mais quente. Se alguma das almas existentes olhassem pela janela do quarto, reparariam que o céu ainda estava claro, contudo a chuva tinha dominado aquela tarde fazendo com que as nuvens tapassem o sol e que a temperatura fosse impossível de se aguentar sem uma lareira perto.

Ao som desta orquestra natural duas pequenas crianças sussurravam uma para a outra. Os seus pequenos corpos estavam escondidos por debaixo de uma grande messa, onde um longo pano de um tecido desconhecido ao toque das mesmas, mas que caracterizavam como belo cobria a peça até perto da altura do chão, permitindo que a visão das crianças fosse impedida e que a luminosidade fosse o suficiente para distinguem a forma uma da outra.

Quando a pergunta foi lançada no ar, uma das meninas parara para realmente pensar na resposta, questionara-se também várias vezes a mesma coisa, e todas as vezes dava uma resposta diferente, algumas movidas por raiva, outras por tristeza e outra por o completo vazio, por esse motivo decidiu dar desta vez a única resposta que outros lhe tinham dado.

"Um sorriso e lábios fechados. Pelo menos é o que a minha mãe sempre exige."

"Sorrindo, caladas..." a criança mais nova com os seus cabelos loiros e olhos tristes, franziu a testa quase imediatamente, enquanto repetia as palavras em sua mente e por vezes em voz alta sem mesmo perceber. De repente esta pareceu sair do seu pequeno castelo de pensamentos e olhou diretamente para os olhos negros da mais velha, mesmo que o local estivesse demasiado escuro para realmente os encontrar com clareza. "Tu acreditas nisso?"

Desta vez Katherina deixou um pequeno riso sair pelos seus lábios que não conseguiu nem quis impedir. Não sabia muito bem porque rira ou com que intenção, contudo a pergunta da pequena Roseanne a apanhara de surpresa, fazendo com que a sua resposta quase lhe saltasse pela boca fora.

"Tu acreditas?"

Ao contrário da resposta que pretendia ter da mais nova, Roseanne baixou o seu rosto, desviando os seus olhos de Katherina e focando-se desta vez nos seus pequenos dedos, mexendo-os e tocando-os de formas aleatórias que a mais velha acabara ao longo do tempo por perceber que se tratava de um pequeno que esta sempre fazia quando estava relutante em dizer alguma coisa ou os seus jovens pensamentos a atormentavam, sendo demasiado cruéis.

"Ei." Suavemente as mãos frias e coma algumas gretas de Katherina alcançaram as da criança em sua frente, apertando-as suavemente num gesto carinhoso e reconfortante, como sempre fizera e como sempre pretendia fazer. "Eu estou aqui. Se ele te tentar magoar novamente, eu voltarei a fazê-lo correr para o quarto a chorar. Não necessitamos de algo muito elaborado já que após a última vez ele realmente ficou a acreditar que esta casa está assombrada."

Covenant | jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora