Made For Each Other (boreo)

13 - Money

Narrador - onisciente
 
Após o momento de descontração entre Boris e Theo, o mais alto chamava um Uber até a praia, Enquanto o Decker falava sobre algumas coisas que estavam acontecendo em sua vida recentemente, e sobre seu namoro com Paxton ( o que era extremamente desconfortável para Boris ouvir).
 
Não demorou muito até que o motorista chegasse ao ponto de encontro, sem demora, os dois embarcaram no veículo ainda rindo um pouco do assunto que falavam há pouco.
 
“Bom dia, rapazes!” – Disse o motorista: Um homem de meia idade, alto, de cabelos castanhos e com um cavanhaque recém feito.
 
“Bom dia!” – Theo e Boris responderam em uníssono.
 
"Bem, e então qual é o nosso destino?" – O motorista questionou, olhando para os dois através do retrovisor.
 
"Vamos à praia." – Theo se prontificou em responder a pergunta feita.
 
Enquanto Theo e Boris conversavam entre si sobre assuntos aleatórios, filmes, séries, etc... Mal perceberam que já haviam chegado a praia.
 
"Chegamos" – O motorista disse enquanto puxava o freio de mão e passava as costas dos dedos em sua testa, retirando as gostas de suor que se acumularam no trajeto.
 
Theo retirou o dinheiro de sua carteira e entregou ao homem. Por fim: os dois saíram do veículo.
 
"Caramba, que calor." – Boris exclamou.
 
"Pois é, e olha que ainda nem é verão". – Theo disse e Boris o encarou antes de dizer de forma descontraída:
 
"Se esqueceu de que moramos no fim do mundo, Potter?"
 
"Às vezes me esqueço" - riu - "Então, onde vamos ficar? Não vejo nenhum lugar com sombra." – Theo disse olhando em volta.
 
"Não sei, vamos procurar" – Boris disse, tomando a iniciativa de caminhar sobre a areia da praia.
 
Enquanto caminhavam, a brisa forte do mar fazia com que o perfume de Theo chegasse até Boris, e como era bom sentir aquele cheiro maravilhoso. O cheiro que fazia suas pernas bambearem e seu coração acelerar, era o mesmo ainda, exatamente o mesmo, ele conseguiu inspirá-lo com força quando se abraçaram e, chegava a ser engraçado, sentir a mesma sensação todas as vezes, o mesmo frio na barriga, a nuca arrepiando ao toque das mãos sensíveis e delicadas de Theo, era sempre a mesma coisa...
 
"Boris, você tá bem? Eu avistei um guarda-sol vazio, vamos?" – Theo disse, caminhando na direção que havia apontado.
 
"Certo, eu estava viajando aqui, foi mal."
 
"Ufa, finalmente, já estava meio cansado de andar nesse sol" – Theo disse, um pouco ofegante enquanto tirava sua camisa. – "Ah, Boris, você pode me ajudar com o protetor?" – Perguntou enquanto estendia o produto na direção do mais alto.
 
"C-claro" – gaguejou.
 
 Enquanto passava o produto nas costas de Theo não pode deixar de sentir mais uma vez seu cheiro, ele estava se controlando para não colocar seu rosto no vão do pescoço do pequeno.
 
"Quer que eu passe em você também? – Theo perguntou, mas não obteve resposta do mais alto, apenas teve o produto entregado em suas mãos.
 
Boris ficava com raiva de si mesmo, agora até algo simples com Theo se tornava difícil, era muito difícil esconder o que sentia, principalmente nos detalhes;
 
Sentir o deslizar delicado dos dedos de Theo em suas costas, subindo e descendo e espalhando o creme, o fazia se arrepiar.
 
Os dois ficaram na água por bastante tempo,  e por volta das 13:30, a fome fez com que saíssem para procurar um restaurante, ou algo do tipo. Pegaram suas mochilas e caminharam em direção a avenida.
 
O lugar estava bem cheio, poucas mesas ainda disponíveis e muita conversa entre as pessoas. Não era possível entender muita coisa mesmo se concentrando muito.
 
Enquanto iam para a mesa o celular de Theo tocou, era um número desconhecido:
 
"Acho melhor você ir ao banheiro pra atender, não vai conseguir entender nada com toda essa conversa.” – Boris sugeriu.

“Tem razão, volto num minuto.” – Theo disse, por fim indo em direção ao banheiro do estabelecimento e trancou a porta atrás de si.

“Alô, quem é?” – Theo disse, um pouco incerto.

“Theodore?  – Disse a voz do outro lado do linha que parecia ser de um homem de idade.
“Sou eu, pois não”

“Theodore, prazer, sou Benjamin, um amigo de muitos anos de sua falecida mãe. Acredito que ela nunca tenha comentado sobre mim, certo?