Capítulo 1 - O Aniversário

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O céu estrelado parecia me chamar.

Desde criança, eu sempre amei olhar para as estrelas e apreciá-las. Às vezes eu saia escondida apenas para ter uma visão melhor delas, e isso sempre deixava meus pais muito bravos. Porém, depois que eu cresci, eles perceberam que eu apenas saia do castelo para olhar a noite estrelada.

Toda Terrasen parecia parar quando eu encarava os pontos brilhantes no céu. As estrelas cadentes eram minhas favoritas, pareciam cair apenas para mim e sempre com um chamado. Não saberia explicar isso em palavras, era algo que eu nunca me esquecerei enquanto viver; as estrelas. Pareciam brilhar apenas para mim.

Mas como não posso passar a noite olhando para o céu, me obrigo a ir até à sala de jantar onde minha família me espera. É aniversário do meu pai, então todos os amigos dele e da minha mãe se reúnem aqui para celebrar. Ele já comemorou muitos aniversários, até os cento e poucos anos ele ainda celebrava, mas depois parecia que não era mais necessário. Mas isso mudou quando conheceu a minha mãe.

Ela sempre amou uma festa e fazia questão de fazer uma para todo mundo. Nos meus, era quase toda a Orynth convidada, toda a minha família e meus amigos, os amigos da minha mãe... Bom, ela sempre se esforçou muito para deixar todos felizes.

Desço as escadas com as botas batendo no ladrilho do chão. Os empregados saem e entram na sala, com bandejas de comidas, vinhos, doces e mais doces. Pego uma taça e entro pelas portas.

Todos estão de pé conversando animados. Muito mais do que apenas amigos, se vissem tudo isso sem conhecer seus títulos, diriam ser apenas mais uns loucos bêbados. Bom, não que não estejam bêbados, mas isso é outra história.

-Feliz Aniversário pai! - Eu praticamente pulo para poder abraçar meu pai.

-Você já me deu parabéns, querida. - Ele disse enquanto ainda me abraçava. Estava usando sua farda branca e uma capa verde, que combinava com seus olhos. Os cabelos que depois de muita insistência minha e de mamãe, ele deixou comprido. - Mas obrigada igual. Agora cumprimente todo mundo, estavam perguntando de você.

Estavam todos meio juntos no cômodo, alguns afastados, mas isso eu já me acostumei. Cumprimentei os que estavam mais no meio, todos dizendo que eu estava grande e que havia finalmente parado de mudar. Na verdade, eu fixei quando tinha 25 anos, mas como estou com cabelo comprido, parece realmente que estou mais velha.

Cumprimentei todos os amigos da minha mãe e os meus; Dorian, Manon, Chaol, Yrene, Elide, Lorcan, Fenrys, Aedion, Lysandra... Bom, todos estavam ali festejando.

-Esqueceu da sua melhor amiga? - Uma voz se aproximou de mim e logo a abracei. Fazia mais de um ano que eu não a via.

-Asterin! Que saudades de você. - Asterin era filha de Manon e de Dorian, embora fossemos uns 3 anos de diferença uma da outra, isso nunca foi problema. Nos tornamos amigas desde que tínhamos idade suficiente para conversar sem acabar com uma bicada e a outra com marcas de garras. - Você está tão diferente.

Os cabelos brancos estavam mais longos e os olhos brilhavam azuis de felicidade. Estava mais alta do que eu me lembrava.

-Vou pensar que isso foi um elogio. Mas me diga, como anda as coisas por aqui? - Nós sentamos em um dos sofás afastados das pessoas. Embora soubéssemos que não poderíamos ter uma conversa privada por ali, cheio de feéricos com audição boa o suficiente para parecer estar ao nosso lado.

-Mesma coisa de sempre, trabalho da corte para lá e para cá. Mas meu pai anda me dando uma folga do treino essa semana para passar mais tempo com a minha mãe, já que daqui a uns dias ela vai precisar ir para Doranelle cuidar de uns assuntos.

-Que bom! Lá em casa está uma bagunça, porque meu pai finalmente decidiu que eu seria a herdeira das bruxas e não de Adarlan. Então ele e minha mãe estão pensando em ter outro bebê, com sorte um humano para meu pai não ter que brigar com minha mãe de novo.

-Asterin, isso é maravilhoso! Será que eles vão conseguir? - Peguei mais uma taça de vinho de um dos garçons.

-Olha, do jeito que são, não sei como não tenho uns 13 irmãos. Mas como é difícil para uma bruxa ter um filho, estou torcendo para eles conseguirem. Meu pai está realizado de que iria ser pai de novo, e minha mãe na indiferença de sempre, mas eu sei que ela está feliz.

-O que eu poderia esperar de Manon não é mesmo? - Minha mãe então apareceu e abraçou Asterin.

-Você está tão grande, nem acredito que a menininha que eu vi nascer está desse tamanho.

-Obrigada tia Aelin. Então, como estão as coisas com Terrasen? Continua tendo complicações?

-Graças aos Deuses não, os rebeldes acalmaram depois que consegui o mandato para baixar os impostos. Em questão de inimizades, não temos nenhuma, embora Rolfe ainda insiste que quer que eu pague pelo estrago anos atrás... Uma dor de cabeça toda carta que ele manda. - Bom, minha mãe nunca foi sinônimo de calmaria e amor. Ela teve sua fase obscura, e agora tenta amenizar essa vida.

-O cara da barbinha e o barquinho de novo? - Minha mãe piscou e começou a rir de como Asterin chamava o capitão.

-Ele mesmo, mas sempre respondo às cartas porque ele nos ajudou anos atrás. Então, caso precise de sua ajuda de novo, não irei arriscar não ter ele como aliado.

Um cheiro invadiu a sala onde todos estavam.

Os feéricos se viraram para a porta, como Elide era humana apenas foi protegida por Lorcan e Manon. Aelin então ficou alerta e a cor em seu rosto havia sumido. Asterin e eu apenas nos encaramos, nós sabíamos que alguém estava vindo pelo cheiro. Mas todos os outros pareciam saber de quem se tratava.

-Mãe, o que está acontecendo? - Ousei peguntar baixinho para que apenas minha mãe escutasse.

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rocket science - vaultboy

Bom, essa é minha primeira fic ent se estive ruim eu peço desculpa e ja afirmo que nao fui eu q fiz


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