Parte 1

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História inteiramente dedicada pra Mandi. Ela teve o plot e pediu pra que eu escrevesse. Tentei fazer o meu melhor só pra te agradar um pouquinho e agradecer pelo apoio que você sempre me dá. Continue sendo essa pessoa maravilhosa, viu? 

Logo eu volto com mais algumas atualizações. Boa leitura. ❤️




Bright estava há mais ou menos vinte minutos na frente da tela do notebook, ali na sala do apartamento mesmo, parado, piscando os olhos apenas, encarando o Instagram daquele hotel de luxo em Las Vegas. O que estava vendo era claro: uma rede de hotéis famosa mundialmente preparou um concurso para o Valentine's Day, e as regras eram simples: enviar uma foto com o namorado ou namorada e torcer para a foto ser a mais votada. Caso aquilo acontecesse, o ganhador teria direito a nada mais, nada menos, que uma viagem para Las Vegas, com tudo pago. Detalhe: o casal sortudo precisaria tirar algumas fotos e participar da propaganda de alguns hotéis, ou seja, fotos de casal em quartos luxuosos, abraçados, de mãos dadas, aos beijos, e...

Um suspiro. Bright daria absolutamente tudo, qualquer coisa, se pudesse ter Win em seus braços daquele jeito. O beijando, o tocando, ele sendo simplesmente o seu namorado. Mas eles eram amigos, os melhores amigos, íntimos demais, brothers mesmo, embora Bright fosse apaixonado por ele desde a época da escola — há cinco anos. Enfim. Bright queria participar daquele concurso, mas... era um solteirão quase chegando nos trinta, e daquele jeito, sem ninguém, não poderia participar daquela promoção. Só que, pensando bem, ele e Win eram tão íntimos, e tinham tantas fotos. Às vezes, Bright viajava olhando fotografias dos dois. Eles de fato pareciam um casal, porque eram bastante próximos, e na maioria das vezes, estavam abraçados. Bright achou que não seria uma má ideia pegar uma das fotos que tinha com Win e mandar para aquele concurso bobo. Quer dizer, quais as chances que tinha de ganhar? Nenhuma. Era meio azarado quando se tratava de concursos e sorteios.

Sem pensar direito, ignorando todas as consequências, um futuro incerto nem mesmo passando pela sua cabeça, Bright escolheu uma foto. Ele e Win estavam na praia, em pé na areia branca e fofinha, os braços em cima dos ombros um do outro. Bright demorou um tempo até que enviasse a foto, nem se dando conta que faltava apenas algumas horas para o prazo do concurso acabar. Ele mergulhou em Win. No sorriso dele, de orelha a orelha, nos olhos quase fechadinhos, no cabelo molhado. Ele era tão lindo que fazia todo o corpo de Bright doer por não poder tocá-lo como queria. Ao menos, podia sonhar. Dormindo ou acordado, ele sonhava com Win. Quase todas as noites e o dia todo quando trabalhava no restaurante junto com o pai. Não sabia quando teria a coragem de se declarar para ele. Talvez aquilo nunca acontecesse, já que Win, embora também gostasse de garotos, era o seu melhor amigo e a última coisa que Bright queria era destruir aquela amizade enfiando um namoro no meio dos dois.

Bright também observou o próprio rosto. Ele não estava sorrindo tão largo como Win, porque sabia se controlar muito bem perto dele. Fazia o possível e o impossível para não ser tão gay, porque Win poderia perceber, já que era o cara mais esperto que Bright conhecia.

A foto foi enviada, finalmente, com um clique forte no mouse. Depois, Bright fechou o notebook com força, pedindo desculpas baixinho depois ao aparelho. Ele estava meio velho e o fazia passar raiva, mas funcionava. 

Após aquele momento, Bright decidiu esquecer aquela merda de concurso. Não ganharia mesmo. Aquela foto com Win estava mais para uma foto de amigos do que namorados. Poucas pessoas votariam nela. É. Era melhor não se iludir. Mesmo assim, a possiblidade de ser um vencedor passou pela cabeça de Bright. Se ganhasse, o que faria?

Aconteceu em VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora