Infinite Love - New York Again

Capítulo 5-Quando eu era mais novo

Só pra avisar q ta no pov do Langa

Paz na terra e boa leitura

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Assim que o homem se recuperou do meu chute, agarrou no meu cabelo dando uma bicuda na minha barriga, me encolhi de dor mais ainda quando ele segurou meu braço apertando-Como se fosse quebrar. Mas repentinamente soltou, foi quando percebi que Reki tinha acertado uma cadeira nele, o fazendo ficar inconsciente. Antes que mais alguém viesse pra cima de nós, o Reki me deu apoio pra levantar e corremos para dentro da cozinha com os outros. Que logo desceram pra um lugar embaixo do restaurante.

Havia uma pequena luz no fim do corredor escuro, era uma salinha com um sofá laranja grande e uma mesa de centro.

"Eu avisei que não devíamos abrir o restaurante" o Homem de cabelo ruivo enrolado andava em círculos "Bem que eu achei as coisas mais movimentadas hoje"

A garota de antes se jogou no sofá e concordou "Pelo menos estamos todos bem, né?"

Olhei pro Miya e Reki que ainda recuperavam o fôlego. Hoje o dia estava sendo bem animado, não tivemos um minuto de sossego incrível. Me apoiei na mesa limpando o suor, minhas roupas chegaram a estar encharcadas, e manchadas?

"Langa, seu braço" Senti segurarem meu braço, primeiro olhei pra mão do Reki e depois fui percorrendo o olhar até onde ele apontava.

"Sangue"

As coisas começaram a ficar embaraçadas, só pude ouvir alguém falando meu nome e segundos depois estava tudo escuro.

Não gosto se sangue

"Ei, Langa, já acordou?" Abri meu olhos lentamente me vendo estar deitado em uma cama "Fez maior drama por um pouco de sangue,nossa"

A garota de cabelos pretos trocava as faixas do meu braço "Eu desmaiei?...E você cuidou de mim?" Ela concordou "oh, obrigado...Por sinal nem sei seu nome"

"Akimi, me chama de Aki se quiser" Um nome japonês? Ela era do Japão também, questionei "Minha mãe é japonesa, ela se mudou pra cá depois de se casar com meu pai"

Parecia um pouco com a minha família

Langa:"O homem ruivo é o seu pai?"

Akimi:"Que? Não, aquele é o Michael, amigo dos meus pais e o que cuida do restaurante"

Por que a cada lugar que a gente vai as lembranças estranhas aumentam? São cada vez mais nítidas, mas não sei quem são as pessoas. Esse Michael me era familiar, porém, não tinha a menor ideia de onde.

"Finalmente você acordou" Reki apareceu na porta indo na minha direção "Fiquei preocupado com você quando desmaiou, pensei o pior..."

Langa:"Eu to bem agora, só foi um machucado, eu não vou morrer"

Reki:"É eu sei...Não posso imaginar se você morresse, eu iria começar a ter pesadelos sobre isso e acordar gritando 'Langa!Langa!' Iria tá sempre chamando seu nome, falando langanes" Ri com o que ele disse "Eu só me assustei mesmo..."

Voltamos pra aquela salinha de antes, o que me surpreendeu, foi ver um outro homem-Tava mais pra idoso-bem alto em pé na frente da porta

"Papai" Akimi foi em sua direção, o abraçando

"Ainda bem que você tá bem, se acontecesse algo com você, sua mãe me matava" Eles eram praticamente idênticos, os cabelos pretos, os olhos pretos, só os fios brancos e as expressões que eram diferentes, o pai dela parecia ser mais sério, bravo até.

Olhei em volta vendo se tinha mais alguém, então ouvi o som da respiração do Reki ficar pesada enquanto balbuciou: "Sing..."

"Sing?" O homem bem alto chegou mais perto.

"Voce garoto da faixa. ..Como sabe meu nome?"

Reki começou a gaguejar, era como se milhares de coisas estivessem passando pela sua cabeça e não conseguisse se concentrar; Ele se sentou respirando fundo "Eu não sei, não sei como sei seu nome, eu não sei, eu eu-"

"Isso é...Estranho, bem estranho, mas, veja bem-não querendo me exibir nem nada-mas eu comando uma das empresas mais importantes de New York acho que deve ter ouvido meu nome lá" Sing falou se sentando ao seu lado e estendendo os pés "E cadê o Mike?"

Akimi:"Ele voltou pro restaurante, tá vendo se alguém sobreviveu."

Sing:"Tomara que o restaurante ainda esteja inteiro, é a única coisa que sobrou dele" Disse de um modo cabisbaixo

Reki:"Do jeito que as coisas rolaram não deve ter sobrado nem uma mosca, foi assustador"

Miya:"Pra você, pois eu não fiquei com medo um segundo sequer" Apareceu logo atrás de mim

Langa:"Voce foi o que mais ficou com medo"

Akimi:"Tava se tremendo todo quando veio até mim, igual um gatinho medroso, foi tão fofo"

Ele revirou seus olhos e mostrou a língua pra ela, fazendo todos de lá rir-os dois eram como cão e gato.

"Espera, a gente deixou as malas com os celulares lá no restaurante?" Miya e Reki olharam pra mim como se eu acabasse de anunciar o fim do mundo.

Agora não teria como ligar pros adultos, teríamos que esperar até o outro dia, e torcer pra não terem roubado nossas coisas-O que era meio impossível.

Pelo menos os skates conseguimos pegar, e nós três sobrevivemos,isso que importa.

Depois de pedirmos para passarmos a noite lá, e eles deixaram, eu e o Reki fomos andando até um quarto que ficava num prédio interligado pelo corredor do subsolo. O lugar cheirava mofo, estava bem escuro, então não tinha como enxergar quase nada, fomos pelo tato. Havia duas camas, e um criado mudo no centro.

"Não mexam em nada, as coisas aqui são bem delicadas" nos assustamos com a voz de alguém mais velho logo atrás, era Sing.

Ele segurava uma lamparina que pos na mesinha no ato seguinte "Vocês dormem nessas duas camas, e o mulekinho no quarto ao lado"

Concordamos enquanto tentávamos deixar as camas em um estado 'dormivel'-A estrutura tava cheia de cupim ou sei lá, dava pra perceber pelo barulho- Eu estava com certa dificuldade, ainda doi quando eu mexia meu braço, por sorte, o Reki cuidou disso.

"Aí aí, Reki, calma, isso arde" Mordi o lábio assim que passou o remédio no machucado

"Tá tá, me desculpa se eu não consigo ser tão delicado assim" Fechou o potinho e enfaixou meu braço de novo "Prontinho, não precisa mais choramingar" ele me puxou dando um leve cascudo.

"Vocês me lembram uns garotos que eu conheci" Sing falou rindo "Bons tempos..."

Ele olhou pro Reki, que pareceu bem curioso com aquilo, então deu um leve suspiro.

"Venham garotos, vou contar uma história pra vocês" pegou uma cadeira e pôs entre as duas camas "É sobre dois garotos que eu conheci quando era mais novo; Melhores amigos um do outro, mas sempre desejaram que fossem algo a mais. Eles passaram por muitas coisas juntos, perderam pessoas especiais, lutaram, fizeram de tudo pra resolver um problema.E mesmo com todas as desventuras dava pra perceber que eles se apaixonaram" Por alguns segundos desviei o olhar para o Reki, ele parecia muito envolvido naquele conto "O mais velho, era parecido com você" Apontou para Reki "O próprio raio de sol, e sempre gostava de ajudar, principalmente o parceiro, que sempre queria afastar as pessoas e tudo mais.Um completava o outro, era como se eles estavam ligados um ao outro, alma com alma...Mas o destino não quis um final feliz pra eles."