Fico mais alguns momentos com Katy, ela conseguiu comer todo o parto de comida e desmaiar logo em seguida. Após checar se ela estava confortável me deixo admira-la por alguns segundos. Era estranho, quase que identificável como eu não conseguia mais achar os sentimentos que um dia eu sei que senti por ela. Por hora, ela ainda era linda aos meus olhos só que de um jeito completamente novo.
Então era assim os fins dos sentimentos ? Sorrio pensando que nossas memórias ainda estavam vívidas em mim, mas não conseguiam se conectar com nada do meu lado sentimental romântico.
- Eu te amo viu. - Toco sua bochecha e ela empurra minha mão.
- Vai lá ficar com seu namoradinho gostoso.
A deixo segundos depois de sua fala murmurada e rabugenta. Ela tinha razão, Patrick era gostoso. Ainda não meu namorado, mas esse não era o foco.
Adentro no quarto dele tentando fazer o mínimo barulho possível. Sua cama estava ocupada pelo cachorro minúsculo.
- Não acredito. Patrick, como vou dormir ? - Ele demora para acordar mas seus olhos tão escuro quanto o nosso arredor finalmente se abrem. - Bota esse cachorro no chão!
- Não, ele passou por muita coisa hoje. - Reviro meus olhos. Não acredito que um cachorro estava tomando meu lugar.
- E onde eu vou dormir ?
- No sofá ? - Mesmo conseguindo ouvir o tom risonho me deu uma leve aborrecida. - Ok, relaxa. Aqui, deita do lado dele.
- Tá falando sério ? - Olho para a forma cuidadosa com que ele puxa o cachorro para seu lado, de modo que se encolhia para dar espaço do outro lado para mim.
- Você vai ficar reclamando ? Isso ou o sofá ? Talvez seu quarto seja uma opção também. - Odiava a forma como seu tom podia sair inexpressivo. Nunca irei conta-lo, mas tentei recriar sua maneira icônica de não expressar nada, porém, não pareceu certo.
Deito-me no espaço que me foi designado. Encaro o cachorro em paz entre nós. Ponho meu dedo sob seu focinho para checar sua respiração. Patrick nos cobre e com isso rouba minha atenção para ele.
- O que quis dizer com talvez meu quarto seja uma opção ? - Ele não me responde de prontidão, assim como recolhe seu braço assim que consegue ajeitar a coberta sobre mim.
- Acho que eu não confio em você. - Me silencio com a surpresa repentina que sua resposta me causou. - Também estou com ciúmes, então.. Pode me chamar de idiota, vai lá.
Tento me recompor porque eu não sabia lidar com o quanto essas palavras, que até então despretensiosas, me machucou. Até certo tempo atrás eu iria desconversar ou adiantar um diálogo sem muito ressentimento. Mas porque sua afirmação hoje me fez sentir como se eu tivesse feito algo errado ?
- Não precisa pensar muito sobre isso Lucca, eu disse a verdade. Você não precisa ficar catando na sua cabeça o que pode fazer ou dizer para me fazer sentir diferente. Talvez eu seja muito emocionado. Olivia me disse isso outro dia. - A risada em sua voz mal fez efeito em mim.
- Ok. - Foi tudo o que me passou para responder. Não sabia como proceder. O que eu deveria dizer ? Minha mente não estava compreendendo a extensão do que ele acabou de dizer. - Melhor irmos dormir.
O observo fechar os olhos e reter suas mãos próximas ao cachorro entre nós. Esse cão chegou minutos atrás e já roubou toda a atenção dele. Que era toda minha. Acho que eu não confio em você. Sua frase rodeia em minha mente de maneira viciosa. Como ele pode dizer algo assim ? Suporto os sentimento que suas palavras causaram dentro de mim e me sento exasperado.
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Beije-me da forma como quer ser amado (05/12 NA AMAZON)
RomanceO acordo entre Lucca e sua namorada, Katy, era um ménage como presente de aniversário, a pedido dela. Infelizmente, Lucca não imaginava que, ao pedir a seu colega de apartamento - Patrick - para ser a terceira pessoa do ménage, o levasse a ansiar pe...