CAP 21

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Eva Mendez

Quando Hernan parou o carro em frente ao hotel em que Alejandro estava o maldito frio no estômago ainda não tinha me abandonado, as minhas mãos suavam era uma mistura de sentimentos eu queria resolver tudo e ao mesmo tempo tinha muito medo, mas não do passado era medo do que eu sentia que era só vê-lo para as minhas prioridades mudar e isso me assustava. Eu não queria ser assim e isso não estava indo acontecer, puxei uma respiração e levantei a cabeça.

—Você está bem Eva? —Hernan perguntou ao meu lado, eu estava? Nem eu saberia responder aquela pergunta.

—Eu acho que vou ficar depois da conversa que vou ter com Alejandro —ele me olhou de um jeito que me fez acreditar que não era bem assim, eu tinha certeza que ele sabia de algo, mas também sabia que quem teria que me falar tudo era Alejandro.

—Eu.. É.. Boa sorte.. Na conversa lá com o Alejandro - arqueei a sobrancelha, e o frio na barriga voltou com tudo será que a situação era tão tensa assim?

—Obrigada Hernan... Eu preciso falar com o Kaleo depois, será que você pode me dar uma carona? —ele me olhou com se não tivesse certeza que escutou aquilo

—Você tem certeza disso? - Sua pergunta me fez rir

—Tenho sim Hernan —ele balaçou a cabeça e eu abri a porta do carro me despedindo dele.

Assim que eu cheguei na recepção eu já estava sendo esperada por Alejandro, e o que eu pensei que seria um almoço fácil, na verdade se provou o contrário e agora eu entendia as dúvidas de Hernan, acho que ele iria fazer as coisa difíceis pra mim.

Fui encaminhada ao Jardim do hotel e de primeira já estranhei toda aquela comoção, tinha uma mesa bem posta ali e alguns músicos que tocavam baixinho, a tenda estva bem enfeitada e equipada, as flores e o ar puro dava um toque especial. Aquilo parecia ter sido organizado calculadamente por Alejandro já que o chão estava coberto de margaridas, e cada detalhe ali parecia ter saído de um sonho meu e eu já tinha verbalizado aquilo pra ele, só não poderia crer que ele ainda tivesse lembrança de tudo.

—O que achou? —prendi a respiração ao ouvir a voz dele atrás de mim e me virei no mesmo instante, eu não estava preparada para aquela visão. Ele estava magnífico e parecia descansado, estava com uma camiseta cargo e uma calça de linho e os pés descalço, os cabelos estavam desarrumado de um jeito que lhe dava um ar selvagem. —Eu fiz tudo com base nas lembranças de suas palavras - ele disse quando eu não falei nada.

—Está.. - a minha voz falhou —está magnífico —falei e sorri tentando passar uma imagem de segurança, mas se ele desse mais um passo eu acho que iria derreter. Não Eva, você não vai!  —vamos resolver isso eu preciso fazer outras coisas hoje —ele me olhou como se tivesse decepcionado, como se eu tivesse acabado de quebrar o seu coração. Logo ele disfarçou com um sorriso e se aproximou nos encaminhando até a mesa, como um cavalheiro ele afastou a cadeira pra que eu pudesse sentar, ele mesmo serviu o suco de maçã eu gostava de suco de maçã, e era um dos poucos que não me deixava enjoada e não sei como ele poderia saber disso. Na verdade eu sabia sim.

—Eu pedi pra prepararem uma salada pra gente —ele mostrou a salada com queijo, abacate, picles e alface só faltava um pouco de calda de chocolate, eu procurei por algo que pudesse se igualar e ele pareceu perceber isso

—Você deseja uma outra coisa? Eu posso pedir —falou

—Calda de chocolate - falei e ele me deu um olhar estranho

—Eu vou.. Vou pedir pra trazer pra você, eu não vou precisar colocar isso na minha salada não é? —perguntou assustado e eu dei risada da sua cara de nojo disfarçado de choque.

—Não, você não precisa mas se quiser experimentar  pode ficar a vontade pra isso —falei e vi a sua cara se torcer em repulsa

—Você sente essa... Vontade sempre? - perguntou

—Não, as vezes eu sinto vontade de comer areia da praia de Cancun —falei e ele arregalou os olhos eu segurei o riso

—Isso é sério?

—Não. Claro que não - eu ri do seu alívio —Mas as vontes eram piores, não é como os desejos a meia noite e algo mais sutil que sinto apenas na hora das refeições —falei e ele estava me olhando atentamente

—Você iria me contar se eu não tivesse vindo até você? - ei não já tinha ouvido e respondido aquala pergunta? A resposta travou na minha garganta —Seria um tremendo castigo pra mim e para ele tambem —eu sabia, sabia o que era crescer sem um pai e mãe, mas o meu bebê teria a mim, não que eu não fosse realmente contar a ele.

—Alejandro... —ele me interrompeu

—Aqui está a calda —falou estendo a mão pra pegar a calda que o funcionário do hotel trouxe —é melhor você comer depois nós conversamos - engoli em seco.

—Eu tenho uma sensação estranha quando você fala dessa conversa

—Não tenha! —isso não serviu pra me tranquilizar, mas eu não podia fazer não a não ser comer aquilo que estava me parecendo uma delícia.

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