CAP 30

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Eva Mendez

Eu pensei que estava sozinha nesse mundo desde que a minha abuela morreu.. Só eu e o meu bebê, mas agora eu sabia que não era nada daquilo. Eu senti o meu peito se apertar no momento em que eu levantei os olhos para o homem Moreno a minha frente. Não que eu o reconhecesse aquela face, mas o meu coração conhecia a ligação que existia entre nós e todo o resto pareceu desapracer.

—Malu... Eva - o olhando bem de perto ele é o mesmo homem da fotografia que encontrei nas coisas que abuela não me entregou. Ele parece confuso e desnorteado ao me olhar, ainda sinto a mão de Alejandro me amparando. Por mais que eu não consiga ver nada além do homem a minha frente. —É tão parecida com ela - fala ainda divagando, mas ele não deu nenhum passo em minha direção, não sei se pelo modo protetor de Alejandro ou se ele está tão ou mais chocado do que eu.

—Você quer que eu o faça ir? - a pergunta de Alejandro me faz desviar os olhos primeiro, com o coração aos trancos eu o faço e os olhos de Alejandro me passam segurança. Eu poderia conversas com ele, mas as dores retornam me deixando aflita e aperto o braço dele e solto um breve gemido quando a dor se faz mais forte e aguda. —Linda - ele desvia os olhos de mim - liga pro médico agora! - ele me pega no colo e sobe as escadas a todo comigo em seus braços e daquela vez eu não reclamo, eu não faço nada. - vai ficar tudo bem - escuto vozes alteradas atrás de mim e depois o silêncio quando ele entra no quarto e fecha a porta.

—Ele é.. Ele —não esperava que as minhas palavras fossem algumas balbucias.

—Não.. Eu não deveria ter te trazido Eva, não vou me perdoar se algo acontecer a você ou a ao nosso bebê. - ele fala exasperado.

...

Depois que o médico da família de Alejandro chegou ele me avaliou sob a supervisão de Linda, Alejandro estava lá embaixo conversado com.. Com Ramon e Hernan. O que o médico disse foi que por causa dos últimos momentos de estresse e a viagem causaram um desconforto que poderia evoluir para um sangaramente, mesmo essa fase já tendo passado.

—Que bom que está tudo bem - Linda falou ao ficarmos à sos - eu vou preparar um comida bem Reforçada. Eu estou tão feliz de ter você de volta.. Ele ficou tão no fundo do poço sem você - me surpreendi com as suas palavras, ela parecia desligada. Como se não tivesse noção que estava falando aquilo e pra quem estava falando. - achei que iríamos ter que colocá-lo no grupo de apoio.

—É difícil acreditar nisso - falei, eu me recusa a saber quando Hernan falava, mas eu sabia que era verdade e todos tentavam me falar aquilo.. Só que ainda era difícil de crê, pricipalmente depois de vê-lo.. De me deixar levar naquele momento no hotel. Só de pensar o meu sangue corria como brasa em minhas veias.

—Mas é a pura verdade Eva! - ela afirmou com entusiasmo e uma força como uma mãe. Eu via a preocupação, alívio e remorso por não ter feito mais.

—Eu sinto muito - o que eu estava fazendo, aquilo não era a minha culpa.. Não era. Eu não tinha o direito de me sentir culpada.

—Você não tem culpa Eva! - ela me tirou um peso das costas. Linda balaçou a cabeça de um lado a outro - mas eu posso te garantir que eu nunca vi ela tão mal pela outra - falou e aquilo não me fez nenhum efeito, não depois de tudo o que ele me contou da relação abusiva de Juan com Paola.

—Você o conhece? - a minha pergunta faz ela Franzi o cenho —Ele o Ramon? - vejo o lampejo de entendimento.

—Faz pouco tempo que ele frequenta a casa.. Parece ser um homem bom e muito solitário, angustiado com alguma coisa que o dilacera por dentro  - ela fala e aquilo não era o que eu esperava ouvir de verdade. Talvez eu quisesse ouvir que ele era asqueroso, só assim eu poderia fugir como eu tinha vontade desde que botei os pés aqui.

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