Tap, tap, tap.
Eu estava adormecida. Abri um dos olhos e encarei a janela. Tap, tap, tap. Rafe estava com aquela velha e surrada camiseta vermelha que eu amava. Ainda amo. Estava rala e tinha furos embaixo dos braços.— S/n - ele sussurrou. A minha janela estava fechada.
— Vá embora -- respondi. Ele vinha me ligando o tempo todo ultimamente. Todos os dias, às vezes duas vezes ao dia. Eu não respondia às chamadas dele.
Ele fez que não com a cabeça. Eu me virei para não olhar a janela. Tap, tap, tap. Tap, tap, tap. Eu girei o corpo novamente.
— S/n - ele insistiu. Eu me sentei, calcei os chinelos e fui rapidamente pelo corredor até a sala da frente. Ao chegar lá, ele estava me esperando. Abri uma fresta da porta e saí.
— Você tem de ir embora - sussurrei, cruzando os braços sobre o peito e recostando na lateral da casa.
-- Fui um idiota completo - ele começou -, por favor, me deixe entrar. Não vou tocar em você. Só quero conversar.
Fiquei tensa.
— Vamos lá, S/n. Sou como o seu pobre cachorro. Por favor... - ele juntou as mãos como se fizesse uma prece -... deixe-me entrar.
— Diga o que tem a dizer, só isso. E baixe a voz, meu pai está dormindo.
— Vamos para o "HMS pogue".
— Não.
— Não é onde você e seu namoradinho brincam de casinha?
Eu me virei na direção da porta. Estava pronta para entrar.
-- S/n, S/n, S/n... - Ele me puxou de volta pelo cotovelo. - Desculpe, só estou com ciúmes, tá legal? Desculpe.
Ele buscou o isqueiro e o maço no bolso.
— Estou com saudade - ele afirmou, acendendo um cigarro. Abaixei os shorts até que ficassem na altura dos quadris e o observei soltando uma grande baforada de fumaça.
— Eu peço que me desculpe, quero que as coisas voltem a ser como antes. Olhei para o chão e chutei um montinho de terra.
— Vou romper com ela.
Senti o medo correr pela minha espinha. Selena e Rafe estavam em um relacionamento tem dois meses, ela era minha amiga de infância, com o passar do tempo passou a me ignorar e isso me prejudicou muito.
-- Você não pode fazer isso. Por que você vai fazer isso?
—Por você.
— Mas eu não quero que você faça nada. - Olhei para os pés de Rafe e vi um limão podre. Passei o pé na parte mofada e amassei-o na terra.
— S/n. - A voz dele suplicava. Senti enjoo. Queria levá-lo para dentro, tirar as roupas dele e dormir juntinho dele a noite inteira. Mas todas as promessas e declarações de adoração eterna não poderiam mudar o fato de que ele só me desejava porque eu não queria mais ficar com ele.
—Vá embora, você tem de ir - insisti.
Ele balançou a cabeça, deu uma longa tragada no cigarro e soprou na minha direção.
Abri a porta e voltei para dentro. Depois observei pela janela da cozinha, enquanto ele corria morro abaixo na direção do carro.
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𝘐𝘔𝘈𝘎𝘐𝘕𝘌𝘚, 𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰𝘴.
Acak𝖠𝗌 𝗂𝗅𝗎𝗌𝗈̃𝖾𝗌 𝗌𝗎𝗌𝗍𝖾𝗇𝗍𝖺𝗆 𝖺 𝖺𝗅𝗆𝖺 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝖺𝗌 𝖺𝗌𝖺𝗌 𝗌𝗎𝗌𝗍𝖾𝗇𝗍𝖺𝗆 𝗈 𝗉𝖺́𝗌𝗌𝖺𝗋𝗈. 𝗜𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀 𝗱𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼𝘀: 𝗮𝘁𝗼𝗿𝗲𝘀, 𝗷𝗼𝗴𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀, 𝘁𝗶𝗸 𝘁𝗼𝗸, 𝘀𝗲́𝗿𝗶𝗲𝘀 𝗲 𝗳𝗶𝗹𝗺𝗲𝘀. • S/n = seu nome. •...