Saímos da pequena sala e trancamos a porta com uma cadeira no canto do corredor.
-O que foi aquilo!?
-Um jogo psicológico, Mark.
-Então quer dizer que todos aqueles sorrisos maníacos e olhares afiados eram apenas um jogo?
-Não Marky, eram mais que um jogo, eram a vida do pobre garotinho. E eram as nossas vidas.
-Como assim?
-Ele queria nos fazer desistir de salvar o menininho, e ir embora. Mas viu que não estávamos agindo como o esperado. Ele estava tentando nos manipular. E deu pra ver que eu não deixei barato.
-Você nunca deixa.
-É, eu nunca deixo – disse, com uma risada – Mas – de repente, fiquei séria – ele viu que eu estava resistindo, e aquele gesto na faca, sabe, como se estivesse acariciando-a, mostrava que ele queria simplesmente nos matar, mas estava se segurando, porque queria ver a gente sofrer tentando resistir, entende?
-Esse negócio de jogo psicológico é complexo demais. - Ele falou, estupefato.
-É, não é para qualquer um.
Mais um silêncio pairou sobre nós, era um silêncio maravilhoso, mas ao mesmo tempo, perturbador.
-Eu...tive medo –Mark disse.
-Eu também, eu estava morrendo de medo! - eu disse, tentando suavizar as coisas.
-Não não - ele me cortou – eu estava com medo...de te perder.
Olhei para ele, chocada com o que acabei de ouvir. Repassei a frase mentalmente, com medo de ter interpretado errado.
-É...
-É exatamente o que você ouviu. - Ele disse, meio nervoso – Eu estava com medo de te perder, você é uma amiga maravilhosa para mim, não sei se conseguiria seguir em frente sem você.
-...Idem. - Eu disse, depois de um tempo.
-Quem que fala “idem” hoje em dia? - Mark zombou.
-Pelo jeito, eu. - Eu disse, brincando.
-É, você.
Mais silêncio. Mas, percebi, que estava silencioso demais.
-Mark?
-Hã?
-Você não acha que está silencioso demais aqui?
Paramos para escutar. Nada.
-...Tem razão.
Nós dois fomos até o salão principal, e estava...vazio.
Vazio!?
-Mark, cadê todo mundo? - minha preocupação aumentava a cada segundo. - E por que está tudo escuro?
-Eu não sei. Será que quando estávamos lá dentro, a pizzaria fechou?
-Que horas são? - Perguntei, temendo que o que imaginei ser impossível, acontecesse.
-Onze e cinquenta e oito.
-Para a sala de segurança, agora!
Antes que ele tivesse tempo de formular alguma pergunta ou reclamação, puxei ele pelo braço, e fomos até a sala de segurança. Não havia ninguém lá.
Alguma coisa estava errada.
-Ainda bem que já jogamos Fnaf 1 antes - comentei.
-Pelo menos estamos na vida real. Eles não vão se mexer.
-Olha Marky, eu não duvido de mais nada. - Declarei.
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Uma Noite na Freddy's
Mystery / ThrillerUma pizzaria tematizada no jogo Five Nights at Freddy's abriu na cidade. Sendo muito fãs do jogo, Kate e seu melhor amigo, Mark, resolvem passar seu aniversário lá. Mas o que antes era um sonho, tinha se tornado um pesadelo sem fim. Será que a pizza...