Corri, corri, e esbarrei no acaso

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Minhas amigas não estavam me chamando afinal, elas nem estavam comigo. Borboletas estavam a vir em minha direção e o garoto do outro lado da fenda.

Borboletas? BORBOLETAS. Sou umas das poucas pessoas desse mundo com esse medo. Começo a correr como se isso dependesse da minha vida, e elas continuaram a me seguir.

No desespero, não olho para frente e esbarro no acaso. Um garoto estranhamente atraente, de pele mais escura do que a minha ( o que não é difícil).

Me sinto culpada pois, com o impacto nós dois cairmos sentados e isso fez que o mesmo batesse a cabeça na parede. Na parede que agora estava azul.

Peço desculpas em mim línguas diferentes, e me aproximo de seu rosto. Por um estante os olhos castanhos dele ainda turvos ficçam exatamente nos meus.

Como se fosse cena de filme aquelas borboletas amarelas começaram a nos rodear. No momento nem notei a presença delas, estava presa naquele olhar.

Ele. Esse garoto. Ficamos nos encarando por um bom tempo. Algo nele me chamou atenção, não fisicamente, digo. Não que ele não seja bonito, com cabelos castanhos claros na altura do ombro e um olhar um tanto que misterioso...

Aquele momento. Nunca vou esquecer tal dádiva. Como se o sol e a lua, que esperam tanto tempo para se encontrarem num eclipse, assim eu senti. Como se tivesse encontrado o meu sol para iluminar e me aquecer nos dias frios.

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