Cursed Spell | Taeyoonseok

O louco da vila

O senhor Jeon já tinha ido embora, mas havia deixado a maldita ideia com minha tia. Sabia que não teria nada nesse mundo que a fizesse mudar de ideia. Eu não iria na casa de nenhum louco, não estava com medo de um doido surtado me atacar em plena luz do dia. Mais é claro que não estava...

— Tia é sério!!! Eu não vou a lugar nenhum — ela estava sentada na cadeira arrumando o jarro com margaridas dentro, enquanto eu estava lavando a louça do meio dia.

— Já está decidido Taetae você vai lá e conversar com o cara — ela fala entediada — Não precisa ter medo ele é apenas um humano com alguns problemas, não vai te machucar.

— Algum problema? — me viro apontando um dedo molhado em sua direção — O cara que veio aqui disse que ele é doido, mora até com outra pessoa para controlar sua loucura. Ele pode me atacar e sem querer posso usar magia. E aí o que vou fazer? — falo indignado apenas em pensar na ideia.

— Você precisa sair e vai por bem ou por mal na casa desse homem — ela usa um tom autoritário — É apenas uma rua daqui você vai ficar bem e se usar magia podemos sair dessa cidade e partir para outra sem problemas — cruzo meus braços e me viro de frente para a louça.

Odiava quando ela falava assim comigo, não era uma criança birrenta. Já era maior de idade, meus 20 anos não contavam nada? Eu era grandinho e poderia tomar decisões muito bem.

Após lavar a louça e tomar um banho visto um casaco para sair. A neve ainda caia lindamente no chão das ruas, a casa que deveria ir era bem pertinho não demoraria nem quinze minutos.

Quando perguntei onde ficava a casa do louco todos me olhavam como se eu fosse um desequilibrado. Descobri que ele era o único médico da vila, e que estava em casa. Embora estivesse sozinho, pois seu ajudante estava cuidando do consultório, o cara tinha torcido o tornozelo misteriosamente.

A casa na rua Am Sportpl era uma mansão, o grande portão de ferro podia intimidar as pessoas por ser alto. Mas consiga imaginar como seria aquele jardim sem a neve, ele parecia ter saído dos livros fictício que tinha lido a pouco tempo.

Embora estivesse todo branco, imaginei ele coberto por uma grama tão verde e vibrante quando a mais linda esmeralda do mundo. A fonte d’água com uma fadinha nas pontas dos pés e mãos erguida para a frente como se estivesse assoprando algo, davam uma vibração de paz. O balanço que estava embaixo da pequena e única árvore do lugar dava um contraste mais fofo ao ambiente.

Chego na enorme porta ainda perdido com a paisagem do lugar, cada coisa estava combinando com a casa. Que no caso seria mansão, ela era enorme poderia até arriscar em a chamar de castelo. Bato na porta e não tarda para que eu possa escutar passos se aproximando, lembro que um morador tinha falado...

— Ele é um pouco louco, mas não fez nada de errado ainda, mas tenho certeza que não vai questão de tempo para acontecer... Ficaria de olhos abertos se fosse você.

Admito isso fez todos os meus pelinhos se arrepiarem, a porta é aberta com um enorme barulho. Meu coração bate mais rápido quando o humano aparece na pequena fresta que é aberta. Ele parecia cauteloso com minha presença.

Como se eu fosse o atacar a qualquer momento.

— Pois não? A quem devo a honra? — ele ainda se escondia atrás da porta, mas sua voz era firme e empoderada.

— Eu me chamo Kim Taehyung, acabei de me mudar. Podemos conversar um pouco? — pergunto com um tom calmo, mas por dentro estava agitado, muito agitado.

— É um prazer o conhecer sou o Park Jimin — ele da um sorriso ainda escondido, não tinha como não o achar fofo.

— Posso entrar? — pergunto com um pouco de receio, ele parecia cogitar a ideia se me deixava entrar ou não. Tudo o que pensava era em como iria morrer congelado enquanto ele pensava, o cara em minha frente da um sorriso contido em minha direção.