C A P Í T U L O 07

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*Chris narrando*

— Eu te amo, independente de qualquer coisa, e vou estar sempre com você. Agora, vou deixar vocês dois a sós, para ficarem mais tranquilos. Amo vocês, e qualquer coisa, me liguem. — minha irmã diz, após abraçar a Amanda, e logo em seguida sai do quarto.

— Então... Vai me contar o que está acontecendo? Por que você está com essa cara? — resolvo quebrar o silêncio que se formou no quarto.

Silêncio... Apenas silêncio.

— Olha, me desculpa se eu fui rápido demais. Eu sei que tudo isso é complicado, mas eu nunca quis te magoar. Você sabe que eu te am... — ela não me deixa terminar.

— Para! Por favor, só para. Não diz isso pra mim. — ela diz, com a voz falha.

— Por que eu não posso dizer que te amo? Eu sempre soube disso e nunca escondi de você. — respondo, sentando ao seu lado.

— Você não entenderia... — ela fala, desviando o olhar.

— Se você me explicasse, talvez fosse mais fácil entender. — tento insistir, querendo que ela se abra comigo.

— É complicado demais. — ela diz, levantando e ficando de frente para a porta.

— Então descomplica. — respondo, tentando quebrar a distância entre nós.

— Eu tô grávida! — ela solta, finalmente me encarando.

Meu Deus...

As palavras ficam ecoando na minha cabeça e, por alguns segundos, eu me sinto paralisado. Grávida? Como assim? Tento processar a informação, mas parece que o chão desapareceu.

— Você não vai falar nada? — ela pergunta, com a voz quebrada. Eu sei que ela está fragilizada, e isso me parte o coração. Eu a amo, sempre soube disso. Desde o momento em que a vi pela primeira vez, soube que ela mudaria minha vida. Mas eu também sabia que teria que ser cuidadoso ao me aproximar dela; o passado dela era complicado. E minha irmã... bom, ela foi uma das poucas pessoas a quem Amanda permitiu se aproximar.

— Eu... Eu nem sei o que dizer. Essa notícia me pegou de surpresa, e imagino que para você também tenha sido algo assustador. — respondo, tentando ser o mais sincero possível.

— Acha que eu não sei? Minha cabeça está uma bagunça. Foi algo totalmente inesperado. Não é fácil aceitar que agora vou ser mãe... — ela fala, com lágrimas começando a escorrer pelo seu rosto.

— Você não está sozinha, e nunca vai estar. Eu estou aqui com você, por você, e não vou sair do seu lado, nem que você me mande. — digo, tentando tranquilizá-la.

— Eu não queria ter filhos agora, sabe? Eu sei que isso soa fútil, mas eu tenho uma vida. Não posso simplesmente largar tudo. Eu não sou uma boa mãe... nem sei cuidar de mim direito. — ela fala, suspirando profundamente.

— Eu aposto que você vai ser a mãe mais linda do mundo, e eu vou ser o pai mais sortudo por ter você e esse bebê na minha vida. — falo, enquanto ela me olha surpresa.

— Sabe aquele dia em que te chamei no restaurante? — pergunto, sentindo o nervosismo crescer.

— Sim, lembro. Você estava nervoso, mas eu tive uma emergência no trabalho e tivemos que cancelar. Você nunca me contou o que queria falar. — ela responde.

— Eu ia te pedir em namoro... Mas agora, pra que perder mais tempo, né? — digo, levantando e ficando de frente para ela.

— Amanda, você quer casar comigo? Aceita formar uma família comigo para o resto das nossas vidas? — pergunto, ajoelhando diante dela.

— Eu...

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