C A P Í T U L O 01

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*Pérola narrando*

Sabe aquela vontade de sumir? De largar tudo? Bom, nesse exato momento, essa era a minha vontade. Queria esquecer de tudo: da saudade, do carinho, da certeza de que eles sempre estariam lá por mim...

Como eu sentia falta dos meus pais, e sei que meu irmão, Chris, também sente. Vejo isso nos olhos dele todos os dias, e isso me dói, me deixa com uma sensação de vazio, como se a melhor parte de mim tivesse ido embora sem sequer se despedir.

Bem, eu sou adotada.
Meus pais adotivos me encontraram desacordada, em um lugar no meio do nada, e me levaram para um hospital. Coincidentemente, na época, eles estavam voltando de uma viagem e indo para o aeroporto da cidade vizinha. Aquilo foi tão traumático para mim que não me lembro de muita coisa, apenas de acordar no hospital. Naquela época, eu não sabia quem eu era, de onde vinha ou se tinha uma família, não que alguma coisa tenha mudado, pois, eu não lembro de nada antes do acidente.

Quando saí do hospital, fui mandada para um orfanato, e foi lá que conheci Amanda, minha melhor amiga e, quem sabe, futura cunhada (hahaha).

Não demorou muito para que meus pais adotivos entrassem com o processo de adoção. Não foi fácil, esses processos sempre são muito burocráticos, mas, no tempo em que fiquei no orfanato, criei um laço muito forte com Amanda. Além disso, meu irmão sempre me visitava com os nossos pais, o que fez com que não fosse tão difícil esperar para me sentir parte da família e, logo depois, morar com eles. Minha mãe tinha uma melhor amiga, que conheci ainda no orfanato, e ela ficou tão encantada com Amanda que decidiu adotá-la, o que me deixou muito feliz, pois não teria que me separar dela.

Anos depois...

Seis anos depois, a tia Renata, mãe da Amanda, descobriu que tinha leucemia. Foi muito difícil para todos nós, especialmente para Amanda, e também não foi fácil para minha mãe, afinal, elas eram como irmãs. Tia Renata lutou por meses, mas infelizmente não resistiu...

Foi uma dor imensa para todos nós, como se uma parte nossa tivesse ido junto com ela.

Na época, Amanda tinha apenas 17 anos, ou seja, ainda não era maior de idade, mas faltava pouco. Nesse meio tempo, Amanda ficou em nossa casa com meus pais. Meu irmão, que já morava sozinho e trabalhava, sempre nos visitava quando podia.

Três anos depois...

Eu estava na faculdade de jornalismo, em aula, quando Chris me ligou com a pior notícia do mundo: nossos pais tinham sofrido um acidente. Saí da sala atordoada e vi Amanda, que me esperava. Quando ela me viu, me abraçou e rapidamente me levou até o hospital. Chegando lá, Chris já nos esperava na recepção. Ele veio até mim, me abraçou forte e sussurrou que sentia muito, que eles não tinham sobrevivido... Foi nesse momento que me permiti chorar. Eu estava destruída. Parecia que alguma maldição tinha caído sobre mim, como se eu estivesse condenada a ficar sozinha para sempre.

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Oi, pessoal! Sim, fiquei muito tempo sem atualizar... Esses meses foram difíceis, muita coisa aconteceu. Não vou entrar em detalhes, pois não quero me expor, mas uma das coisas foi que tive um problema no pulso, que está muito inchado, o que me causa dor. Além disso, minhas crises alérgicas e de sinusite me matam sempre.

SURPRESA!! Vou fazer algumas mudanças na história e, com isso, vou lançar um segundo livro! 👏✨

Um beijo enorme para vocês e... adiós!

*Perdoem os erros de ortografia*

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