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• Emily| Pistoleira.

Saudade..... resumia o que eu tô sentindo nesse momento.

Da Índia, do Brasil e infelizmente dele.

As coisas com o B2 ficou completamente mal acabadas, tanto que acho que ele nem quer olhar na minha cara mais.

É só fechar os olhos que lembro dele, dos beijos, das mãos dele passeando pelo meu corpo, a forma como ele me tocava, nossas discussões bobas pra ver quem desligava a luz, ou quem pegava a água depois do sexo. Ele não sai da minha cabeça.

Acabei de sair da empresa do meu pai, e estou voltando pra casa.

A Índia me ligou várias vezes nos últimos dias, porém eu quero ficar bem pra atender ela.

Assim que cheguei em casa vi o encosto do meu irmão na mesa da cozinha mexendo no celular.

Lucca: Achei que você ficaria com a mamãe hoje Emily. Qual parte do acordo pra cuidar dela você não entendeu?

Emy: Por que tu tá falando comigo mesmo? Namoral me esquece. - Falei tomando água.

Lucca: Foi só se envolver com esses marginais de merda que já está falando igual eles, que vergonha em senhorita Garcia. - suspirei. A mamãe só está assim por desgosto! Você dá o maior desgosto pros nossos pais. - ele não mentiu. Mas enfim, é você que tem o peso de ser assassina mesmo. Você é baixa Emily, entenda isso.

Emy: É fácil demais falar de mim né? - sorri sem ânimo. Você vive na sombra do seu Pai, por isso a raiva, desde cedo eu sempre fui independente, corri atrás do meu sozinha, sem usar o " Garcia" pra me beneficiar, você é tão sujo como eu Lucca, a diferença é que você tem uma empresa de fachada que esconde o merda que você e seu pai são! Dois sujos de merda. - falei firme encarando ele.

Lucca: É claro que você é Independente Emily, é só você abrir as pernas e pronto. Por que é isso que todo mundo pensa de você, Emily é uma vadia de merda. Por isso todos te olham e tratam com desdém. Acorda menina, Você não é tudo isso. No máximo é uma prostituta Assasina. - riu debochado.

Emy: Eu não vou me rebaixar ao seu nível Lucca, eu sinto muito mesmo que você pense assim! Porém não me importo o suficiente. - menti. Eu tenho pena de gente assim. - falei e sai deixando ele sozinho.

Limpei as malditas lágrimas que caiam sobre meu rosto e entrei no meu quarto.

Peguei meu celular e mandei mensagem pro B2, mas a mesma nem chegou lá, então decidi ligar,  eu precisava escutar a voz dele.

Quando eu ia ligar acabei desistindo, deitei na cama e chorei tudo que estava intalado desde quando eu vim embora.

[...]

Apesar de estar mal eu vou sair pra beber, preciso ocupar a mente.

Tomei um banho, fiz uma hidratação rápida e passei muita maquiagem pra esconder a cara se morta.

Sai de casa e fui pra uma boate bem longe da cidade, depois de alguns minutos eu cheguei e de entrada já pedi vodka pura.

um, dois, três...... sete copos de vodka pura.

Bebi whisky, vodka, gin e por fim uma cerveja.
acho que eu não sabia nem meu nome mais.

[...]

Acordei no outro dia no quarto de um hotel, não sei como vim parar aqui.

Levantei a cabeça e quase morri de dor, continuei deitada por alguns minutos e peguei meu celular pra ver a hora.

assustei com uma notificação do B2.

entrei na conversa dele e tinha cerca de quinze áudios meus.

" Você é muito cuzão de não vim me procurar seu fofoqueiro gostoso" -  Minha voz tava completamente enrolada.

" sabe o tanto que eu sofri seu estúpido? Você nem ligou pra ver se eu estava viva! "

" Eu vou seguir minha vida seu gostoso estúpido de merda do caralho"

" mentira bê, eu quero você comigo"

" Eu   com saudade" - falei chorando.

Tinha uma mensagem dele.

" Eu também sinto saudades tua minha japa"

Afundei a cara no travesseiro e fiquei deitada lá, até a vergonha na cara voltar.

Que merda, nunca mais eu bebo!

 𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]Onde histórias criam vida. Descubra agora