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•Binho

Cheguei na tal casa e tava rolando a maior festa, uma parada só pros íntimos, O Braga disse, meu parceiro tem o morro todo nessa parada.

Essa casa é uma das casas que o Braga tem, eu até estranhei achando que a festa seria na casa dele mermo.

Falei com geral que tava ali pô, meus mano das antigas mermo, sentei ali perto deles e troquei uns papo maneiro.

Uma ruiva que eu nunca vi apareceu me oferecendo uma cerveja, mas neguei legal, tá de caô pra cima de vagabundo pô, vai que a mina quer me estuprar. Deus me livre.

Comi um churrasco daqueles e papo reto que saudade que eu senti disso aqui, to ligado que é temporário, assim que essa porra acabar eu volto pra minha favela, mas tô aproveitando pô.

Fiquei marolando com uns mano, peguei algumas minas que tava rendendo e depois fui pra área da piscina arejar as idéia.

Gosto pra caralho de um pagode e um churrasco, mas cansei também papo reto. Acendi um cigarro e fiquei marolando e apreciando a vista do morro, parada sinistra mermo.

Quando eu tava no quinto cigarro apareceu uma mina do meu lado me encarando séria, não entendi legal.

Binho: Qual foi em mina? Perdeu alguma coisa na minha cara pô? - falei grosso mermo.

- Eu não disse nada, meu Deus.

Binho: Tá me encarando assim por que pô?

- Nada ué, você que tá olhando pra minha cara!

Binho: Qual teu nome? - desviei o olhar do rosto bonitinho dela.

- Isa, não quer dizer Isabel. - falou meio perdida nas próprias palavras.

Binho: Tu é mina de algum envolvido aqui? - falei na lata mermo.

Isa: Eu não! - Nada contra mesmo. Mas de homem eu tô de saco cheio.

Binho: Tu já pode entrar agora mina. - ela me olhou séria. Ih ala, tu não assusta ninguém com essa carinha aí.

Isa: Eu não gostei muito da sua companhia também, mas gosto de tomar um ar, então fica na sua e finge que eu não estou aqui. - falou e me olhou debochada.

Binho: É impossível fingir que você não está aqui princesa com esse teu perfume doce. - falei o princesa com o maior tom de deboche possível.

Isa: Você vai implicar com tudo mesmo? A qual é. Esse cheiro de maconha é uó e nem por isso eu pego no teu pé.

Binho: Até por que quem pega no pé é fantasma né. - ela revirou os olhos. E não fala essas parada aí da minha verdinha não mina.

Isa: Sabia que isso faz mal? tipo mata mesmo?

Binho: Tá preocupada comigo e nem me conheçe pô, acho que odiei você. - ela sorriu cínica.

Isa: Você tem algum tipo de deficiência de distorção?

Binho: Ih que porra é isso. - ela riu debochada.

Isa: Eu acho que você está invertendo tudo que eu disse, pra  beneficiar seu ego. - disse olhando na minha cara mermo.

Binho: Eu achei você bem abusada em, namoral mina tonteia meu juízo não. - falei me aproximando mas ela arregalou o olho e se afastou de mim. Não vou fazer nada contigo pô, relaxa.

Isa: Eu tô indo nessa. - falou baixo e sai quase correndo. Nem entendi isso.

Continue na minha e depois de fumar fui pegar o Robozão pra ir embora.

Quando eu tava saindo o Braga me ligou e disse que tinha um presente pra mim em um barraco no beco dez!

Não entendi porra nenhuma mas fui.

Cheguei na frente da casa e já fui entrando, como não sou besta de confiar no Braga, peguei o fuzil e já coloquei na mão.

Não tinha ninguém na sala nem na cozinha, tá tirando com minha cara mermo.

Passei pelo corredor e parei na única porta aberta, entrei e vi o paraíso.

Quatro minas de fantasia semi nua deitadas na cama. Esse filho da puta tá de sacanagem.

Não entendi legal, mas também não reclamei né porra.

Ménage de hoje tá garantido.







 𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]Onde histórias criam vida. Descubra agora