Capítulo 6- A Nova Vida

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Depois de seis anos, - os gêmeos agora com dezesseis - muito em suas vidas havia mudado, além da idade, claro. Wanda havia superado a morte do marido, ainda se lembrava dele e da dor que foi vê-lo partir, mas superou de certa forma.

Adora Pov

Hoje o sono estava fugindo do meu alcance, não conseguia pregar os olhos de jeito nenhum.

Busquei por meus fones, um caderno e lápis de cor. Levei para a parte de fora da casa e fiquei lá sentada.

A sensação que aquele lugar me passava era impressionante. Uma paz e tranquilidade de outro mundo.

A paisagem das montanhas cobertas com uma camada perfeita de neve, a brisa gelada, o som dos passarinhos...

Esse conjunto de elementos faz meu coração se aquecer.

[...]

Escuto a porta de madeira atrás de mim se abrir, retiro os fones e rapidamente olho em direção a ela.

- Bom dia meu amor... - mamãe me comprimenta, dando um beijo no topo da minha cabeça.

- Bom dia mami... - devolvo o beijo

- Fazendo o que tão cedo? - ela pergunta e se senta ao meu lado.

- Estava sem sono, então vim para apreciar a paisagem... - ela assente.

Mamãe se senta ao meu lado, também observando. Alguns minutos em silêncio, e começamos a conversar sobre assuntos variados.

[...]

- Nossa, conversando sem mim? - a voz masculina bem conhecida por nós pergunta se juntando a nós.

- Ciumento! - reclamo.

- Chata! - ele retruca

- Bom dia filho... - ela lhe dá um beijo na cabeça.

- E ai? O que vamos fazer hoje?

- Já sei, nada e depois nada. - dou de ombros voltando a atenção ao desenho em minhas mão.

- A primeira coisa que vão fazer é arrumar a casa. - mamãe começa enquanto Tommy e eu trocamos olhares. Apenas eu sou uma telepata, mas às vezes tenho certeza de que conversamos por telepatia. - Hoje vou sair, tenho umas coisas para resolver na cidade.

- Posso ir junto? Aí a gente deixa a Adora aqui limpando tudo. 

- Hahaha engraçadinho. - retruco com uma risada falsa.

- Hoje não, mas se vocês limparem tudo e fizerem suas tarefas eu trago alguma coisa para vocês. - ela propõe, fazendo meu irmão se levantar na hora.

- Acordo fechado!

Fomos os três para dentro da casa, onde a temperatura era mais alta do que o exterior. Mamãe se direcionou para seu quarto, se arrumar. Enquanto eu e Tommy trocamos a roupa para uma mais confortável.

Depois de algum tempo, mami saiu do quarto, vestida em um conjunto de inverno. Um sobretudo vermelho escarlate, botas pretas e luvas na mesma cor. 

- Tchau crianças! Volto logo. - ela abre a porta de casa.

- Crianças? Temos 16 anos! - meu irmão reclama. Se tem algo no mundo que ele odeie mais do que dias de muito calor é quando o chamam de criança.

- Mas serão para sempre meus bebês.. - a ruiva voltou e beijou nossas cabeças. Tommy bufou, fazendo com que seu cabelo se levantasse um pouco.

Minha mãe volta a porta e acena, logo saindo pela estrada com uma fina camada de neve.

[...]

A arrumação levou algum tempo, arrumar o furacão que Tommy chama de quarto, arrumar o meu furacão, lavar os pratos, e enfim...

Adora Maximoff - Filha da Feiticeira EscarlateOnde histórias criam vida. Descubra agora