Um diferente clichê

❌OITAVO❌

Estou ciente da demoraaaaaa!
Desculpa! O próximo sai no sábado e eu espero não ter perdido o jeito pra coisa.
Aproveitem o capítulo ;-)

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     Há dias em que a gente acorda só com a misericórdia de Deus, feio que dói, pisoteado e cuspido, sentindo que não existe roupa ou maquiagem que concerte a situação. Sem vontade sequer de sair de casa, pois dói a ideia de ser visto de tal forma "constrangedora". É como se você nem tivesse se arrumado, apenas ido.

     Felizmente não é meu caso. Estou uma delícia cremosa.

     Mesmo tendo acabado de acordar.

     Era sábado, o último e melhor dia de toda a semana. Hoje eu e meus amigos vamos para a festa do gostoso do Taemin (rapaz esse por quem finjo indiferença total) e eu não quero nem saber de problema e picuinha na minha cabeça. Vou forçar Luhan a beber para ver se ele se diverte um pouco e não fica na cola do crush. Sehun eu sei que vai sumir nos primeiros 5 minutos de festa para se atracar com alguma Sem Vergonha de vestido beirando o c* (orifício anal) que ele intitula como "gata".

     E é por isso que Luhan tem que beber e esquecer até mesmo o nome. A última coisa que eu quero é passar minha ressaca resolvendo drama de adolescente - jovem adulto - apaixonado por alguém completamente improvável de corresponder seus sentimentos. De verdade. Não estamos em um clichê da Netflix

e esse não é um filme do Noah Centineo.

     Termino de escovar meus dentes no banheiro do meu quarto, calço meus chinelos e caminho em direção as escadas. Desço até a cozinha e encontro minha mãe na pia lavando sua louça e meu irmão comendo seu café da manhã. Ou criando algum tipo de arte abstrata em seu próprio rosto enquanto nossa progenitora não presta atenção nele.

     Kyungmin é uma criança comum, tirando pela sua natural i

ronia encarnada que ele herdou do dna da minha mãe.

— Bom dia, "poico" espinho - disse apontando para meus cabelos espetados na direção leste.

— Bom dia, pessoal! - disse com falsa alegria, ignorando seu comentário e aproveitando para alongar os braços com força. Após um longo e preguiçoso bocejo e um estalo em alguma articulação que não soube identificar, vejo minha mãe dando uma breve pausa em sua louça para me olhar com surpresa e então arquear as sobrancelhas e perguntar:

— Seu despertador decidiu funcionar justo hoje? No fim de semana?

— Para sua surpresa, eu acordei antes dele - ela nem se preocupou em disfarçar o choque. Claro que ouve uma força maior que a necessária em expressar o sentimento. Engraçadinha demais.

     O caráter de meu irmão pode ser facilmente explicado ao se trocar pelo menos 5 minutos de conversa com minha mãe.