Um diferente clichê

❎TERCEIRO❎

     Ah, quarta feira, lindíssima quarta feira. Hoje é uma bela manhã de quarta - feira e acabo de acordar com um sorriso super satisfatorio enquanto me espreguiço para esticar "as juntas" (como diria minha mãe). E ah... Quarta feira, lindíssima quarta feira, como eu amo quartas. Tipo assim, o que pode dar errado em quartas? Elas são maravilhosas! Vem nos avisar que a sexta tá chegando mas não nos iludem como a quinta que gosta de me fazer pensar que já é sexta mesmo não sendo, resultando na minha tristeza.

(N/A: E a coesão desse parágrafo foi toda para o espaço de tanta quarta... Culpa do personagem, inteiramente culpa de Kyungsoo).

— Filho? O que faz acordado tão cedo? - minha mãe entrou no quarto.

     Era uma quarta de sol! Quarta perfeita.

— Oi privacidade. Tudo bem? - ironizei.

— Privacidade? O que é? - fez a engraçada.

— Não vou entrar nesse quesito com a senhora. Respondendo sua pergunta: hoje é quarta feira.

— Aah quarta feira... O que temos na quarta feira?

(N/A: A COESÃO, FELIPE! CO-E-SÃO!! Tudo culpa do Kyungsoo narrando o capítulo. Foda...)

(K: pau in your cu).

— Grr mãe, tu nem me conhece. Quartas são maravilhosas e sempre são meus melhores dias da semana, então acabei adotando como meu dia favorito da semana - quando terminei de falar percebi que ela nem tava prestando atenção, pois estava respondendo alguma mensagem no seu celular.

— Filho, como faço pra colocar o acento no "a"? - grr, mãe!

[...]

     Estávamos tomando café em paz e na maior calma do mundo já que por um milagre de Deus eu não acordei atrasado, nem parecia a mesma casa. Nem parecia a mesma pessoa.

     Hoje eu não precisaria levar Kyungmi, nem minha mãe. Pelo o que tudo indica, a babá dele volta das férias hoje e já começa com seu trabalho levando o monstrinho para a escola e cuidando quando minha mãe não estivesse em casa.

     Descobri que aquele espertinho estava pegando uma parte do dinheiro que a mãe o dava para guardar e ainda vinha me pedir para guardar também. Isso explica o porquê dele as vezes me ameaçar dizendo que não ia me dar um boneco de presente. Eu nem queria um boneco e nem pensava que ele pudesse comprar um... Agora minha mãe tem mais um motivo pra chamar o pulguento de "prodígio da casa" com o intuito de me provocar. Absurdo!

     Porém, entretanto e todavia, eu não vou me incomodar com o favoritismo hoje. Lembram que dia é?

[...]

     Já estava no portão da universidade e caminhava lentamente com uma calma inexplicável - ou sim rs - já que cheguei mais cedo, meu olhar ia de lugar a lugar procurando Luhan e nada de acha - lo, também, só vive escondido e pra completar é bem magrinho. Se ele estivesse parado atrás daquele poste de luz uns 3 metros a minha frente, eu não o veria... Vou lá conferir.

     Acabei me frustrando porque não achei ele lá e em lugar nenhum na frente da universidade então mandei uma mensagem:

"Onde está? Não te acho, cacete."

     Continuei perambulando para lá e para cá em busca de Luhan mas o sentido maior era achar um bebedouro, a cede prevalecendo me fez correr atrás do mais próximo, porém não tinha um ali - pelo menos eu não vi - então fui num que ficava perto do banheiro.

— Poxa, que longe. Quase desidratei no caminho - disse pra mim mesmo ao achar um bem no corredor do banheiro.

— Hum sempre exagerado - me virei pra ver quem falava comigo - de mim - e lá estava ele de novo.