— Uii amô não fala asi nawn! - Me remexi na cama e estranhei lembrar da voz de Luhan a essa hora da manhã... — Uii amô não fala asi nawn! - De novo? Será um sonho?
Por mais que achasse que fosse um sonho, meu corpo insistia em estar cansado e eu não acho que você fiquei cansado sonhando então abri meus olhos - comprovando que não estava sonhando - e acabei rindo por lembrar que aquele era meu novo toque de chamada, alarme e tudo. Muito ícone!
— Aí, aí, isso é tão nada haver com o Luhan que é a primeira vez em que eu ouço meu alarme por mais de cinco segundos sem querer desligar de vez, só porque foi a voz dele - tirei minha coberta já sentindo um arrepio com o vento gelado que passou pelo meu corpinho e já fui colocando meu pé no chão pronto pra sair da caminha confortável que chamo de minha.
— Mais um dia - coloquei os dois pés no chão e senti minha canela ainda dolorida - não muito mas como fui pego de surpresa gritei: — AAH! MEU PÉ CONGELOU, CACETE!!
— MENINO, XINGA MAIS UM PALAVRÃO E EU TE BATO! - Gritou a minha mãe do corredor e eu quase, quaaase me esqueci que morava com ela e as custas dela. Quase esqueci, pensei que já fosse independente e pagasse minhas contas. Lindo sonho esse.
— Desculpa! - Gritei.
— Sai desse quarto e vai logo tomar banho e lavar essa boca suja pra ir estudar e ser alguém direito que me dê orgulho.
— Vish. Não trabalho sob pressão, não - sussurrei mais para mim mesmo.
[...]
Já estava a uns sete minutos no banho, que eu tenha contado, mas não sou de exatas então... Decidi sair antes que a tenente me chamasse de novo já que hoje eu tô na paz de Cristo. Sem nem um incômodo.
Tirando essa dorzinha de cabeça que só não virou ressaca porque eu tô acostumado a beber.
Vou tomar um comprimido.
— Eae family friendly. Beleza? - Falei entrando na cozinha com minha cara de boa gente que sou e minha mãe me olhou como se eu fosse um maluco e meu irmão, Kyungmi, riu. Sou um palhaço.
— O Soo nem sabi fala, hahaha - meu irmãozinho disse enquanto balançava de um lado para o outro sua colher cheia de um creme estranho que eu julguei ser seu café da manhã. Urg.
— Olha quem fala...
Depois de comer, minha mãe me fez levar meu irmão para creche porque estava ocupada demais com assuntos de trabalho, então tive que levar o "trampolho" e aturar suas crises de perguntas sobre tudo no caminho inteiro, claramente eu chegaria atrasado de novo. Pelo menos a culpa não é minha dessa vez.
— Pronto. Entregue em segurança, agora - quando estava prestes a me despedir dele, vejo sua mão estendida e ele me olhando. — O que foi?
— Cadê o dindin do lanche? - Eu tenho cara de rico? Tô sem "dindin" até pra mim.
— Que papo furado é esse, moleque? Mamãe não te deu, não? - Ele abaixou a cabeça e fez que não. — E você espera que eu dê do meu? - Dessa vez foi um sim.
— Sim, Kyung! - Eu o encarei pois ele queria usar seu carisma. — Soo? Kyunggie? - Já estou levemente impressionado porque ele não erra mais meus apelidos e ainda aprendeu a usar como modo de persuasão, o que minha mãe ensina pra ele?
Como eu estava bem atrasado já, decidi que iria fazer sua vontade só dessa vez e lhe dei o dinheiro que ele tanto pediu e o mesmo sorriu e me agradeceu com um "valeu coruja" - apelido dado graças ao tamanho de meus olhos - e entrou na creche me deixando com a curiosidade do porque minha mãe não deu dinheiro pro menino.
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Um diferente clichê
Fiksi Penggemar[REPOSTANDO E CONTINUANDO] Dizem que quando você se encontra muito com uma pessoa aleatória em determinados lugares é porque ela talvez fará parte da sua vida, seja como grande amigo ou qualquer outra coisa, só basta trocarem suas primeiras palavras...