londres.

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No final, Cíntia, mãe de (S/n) não pode ir buscá-la, então a menina pagou por um carro de aplicativo, esperando com o seu pequeno já adormecido em seu colo.

Assim que o motorista chegou, ele a ajudou com as malas, colocando as que couberam no grande porta malas, e algumas no banco de trás.

(S/n) ficou tensa em toda a viagem, apenas por ser um homem dirigindo, e nem ousou ir no banco do passageiro, escolhendo ficar atrás com as malas. Tinha trauma afinal.

A mulher é forte, todos vêem isso, mas isso não quer dizer que realmente é, em seu íntimo. (S/a) é ansiosa, tem crise de pânico as vezes, e por conta disso pode paralisar na rua, ter uma crise de choro. No meio da noite acorda com pesadelos, e o dono de todos é o homem que já namorou.

Na madrugada, quando o sono não a atinge, e inúmeros pensamentos começam a rodar sua mente, ela se distrai com livros, música, pintura. Ou a ansiedade a ataca, e vai conferir se a porta do quarto está realmente trancada várias vezes, se as roupas estão bem dobradas, ou se ela precisa fazer uma lista de coisas que vai fazer no dia seguinte.

Daria de tudo para ela e seu filho finalmente conseguirem dormir uma noite sem interrupções.

- "Obrigada"- agradeceu assim que chegaram na frente da casa já bem conhecida pela menina.

O motorista se foi, deixando apenas as malas com ela, na porta da casa, já dentro da cerca que envolvia toda a residência.

- "Frio mamãe"- Dominic sussurrou, já começando a acordar, notando que estavam em frente a uma porta.

A campainha foi logo acionada por (S/n), escutando um "Já vai" que a deixou mais ansiosa ainda. É a voz doce e melodiosa de sua mãe.

- "Chegamos filho, já já você vai estar aquecido amor"- ela sussurrou, balançando seu corpo, o ninando como dava naquele momento.

A porta de madeira grossa foi aberta, por uma senhora já emocionada, de cabelo curto, com vários fios brancos marcando presença no castanho bem clarinho. (S/n) sorriu.

- "Oh meu Deus! Minha filha, e meu neto!"- Cíntia exclamou, fazendo Domi no colo de sua mamãe ficar curioso, enfiando o seu dedinho polegar na boca, levantando minimamente sua cabeça do pescoço de sua mãe, apenas para ver quem era.

- "Mãe"- (S/n) falou baixo, emocionada, controlando sua voz para não embargar.

Sentiu os braços quentes de sua senhora em seu corpo, em um abraço meio estranho, com a criança no meio. Tirou um de seus braços que estavam segurando Domi para abraçar sua mãe, expondo toda a sua saudade.

-"Entre, vocês estão congelando, eu levo as malas!"- ela disse, meio emocionada, e seu neném se remexeu em seu colo, fazendo menção para descer.

- "Eu ajudo!"- Dominic falou em um fio de voz, empenhado, com as bochechas coradas. Ficava tímido na frente de outras pessoas.

- "Que rapazinho mais educado!"-

...

- "Você está linda minha filha. Perfeita, e Dominic também!"- A senhora sorriu adorável, abaixando para beijar a bochecha do menino. Ele apenas segurou mais forte na mão de sua mãe, fechando os olhos com força, achando que sua avó iria o machucar.

Ela não percebeu isso, apenas (S/n), que sentiu o aperto em sua mão, e a respiração de Domi dando um nó, só depois voltando ao normal quando Cíntia se afastou, repetindo o ato em (S/n), a dando um beijinho na bochecha.

A mulher quis chorar, mas se segurou, pegando seu menino no colo, o dando um beijinho na cabeça.

- "Ninguém vai te machucar amor. Enquanto eu estiver viva, ninguém nunca mais encostará um dedo em você. Meu pequeno coelhinho"-

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