- "O trabalho é fácil, não são tantas tarefas justamente pelo meu provável chefe não ficar muito em casa"- (S/n) comentou sorrindo otimista, sentada no sofá de frente para sua mãe, Cíntia, com Domi quase dormindo em seu colo, pelo cafuné gostoso e lento que recebia em seus fios morenos.
- "Então você já está empregada?"- a senhora perguntou, arrumando seus óculos de grau, colocando-os mais para a ponta do nariz gorduchinho.
- "Ainda não, mas ele me deu bastante esperança de ser contratada. Estou feliz, fiquei confortável mesmo ele sendo um homem. Achei que nem tão cedo isto iria acontecer"- ela declarou, abaixando seu olhar, vendo as piscadelas de seu filho cada vez mais pesadas, mas ainda sim mantendo-as abertas, olhando fixamente para a sua mamãe, querendo mais do que tudo ficar acordado, aproveitando que a mesma estava em casa.
Ela sorriu, abaixando sua cabeça para deixar um beijinho na testa de Domi, deixando para sussurrar que o amava ali, recebendo um resmungo de tentativa do menor de dizer o mesmo. Ele apertou a coxa da mulher, aonde estava deitado, logo se entregando para o sono, que tanto estava lutando com.
(S/n) sentia que estava evoluindo, e isso a deixa feliz. São coisas pequenas, mas aos poucos isso vai acontecendo. A prova foi hoje.
O menor ficou sozinho em casa. Sozinho não, nunca deixaria seu bebê completamente sozinho, mas sem ela, e isso, nunca iria acontecer.
Quando a mulher chegou em casa, e ligo tirou seu cachecol, encontrou sua mãe e ele, deitados no quarto, e a senhora contava uma história, segurando listradinho, o fazendo ser o personagem principal da historinha inventada.
Dominic não sorria, mas acompanhava tudo com seus olhos brilhantes e negros, como lindas ameixas. Aquilo foi como ganhar na loteria para (S/n).
- "Também estou feliz por você amor. Isso é muito bom! Estamos evoluindo em algo certo?"- sua mãe disse animada, orgulhosa de sua filha.
(S/a) assentiu, se lembrando de um ponto específico da entrevista, que a fez ficar curiosa, meio receosa talvez.
- "Hm... quando eu estava indo embora, o agradeci e perguntei seu nome. Ele ficou meio travado, mas sorriu e o disse. Noah Urrea. Conhece mãe?"- perguntou curiosa.
...
- "Ah.. então eu já vou indo. Obrigada por isso, me ligue se a vaga for minha, senhor....?"- a mulher declarou se levantando, mas só depois se dando conta de que não havia perguntado o nome de quem a chamou. Noah fez a mesma coisa, se levantou, mas parou olhando para ela.
(S/n) é.... interessante, Noah não poderia ter mais adjetivos por enquanto. Claro, há muitas pessoas que realmente estão interessadas no trabalho, mas hoje em dia, é difícil, e sendo conhecido por muitos, várias pessoas que vieram para a vaga não estavam interessadas apenas nela.
Por isso o espanto. Espanto de Urrea ao conhecer uma pessoa que está o conhecendo agora, de verdade, não por matérias que saem com o seu nome relacionado a astronomia.
Noah piscou lentamente duas vezes antes de responder.
- "Noah. Noah Urrea"-
...
- "Ah, filha! Que maravilha! Ele é um cientista conhecido, astrônomo, por isso deve ter ficado sem entender quando você perguntou o nome do mesmo. Como você não sabe quem é?"- Cíntia exclamou. Agora estava bem mais tranquila, sabendo que sua filha estava provavelmente indo para um local seguro, onde uma pessoa pública mora. Seria uma segurança a mais.
(S/n) congelou. Ele, gosta de estrelas, as mesmas que ela abomina.
Não seria um problema, contanto que o homem sempre se mantenha longe de si com este assunto. Não só com esse assunto, mas sim com todos os outros que ele venha a tentar ter.
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we home
Romance(S/n) finalmente consegue fugir com o seu filho da casa abusiva que vivia, fugindo diretamente para Londres, o lugar de onde ela nunca deveria ter saído. Noah é bondoso e amoroso demais, porém nunca conseguiu sentir as famosas borboletas em seu est...