Isaias room

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Campo Mourão, dia seguinte
09:32 da manhã

ontem a noite eu tinha voltado pra casa, me despedi dela e essa era a pior parte mesmo sabendo que a veria novamente. sempre me encontraria com Caroline novamente e isso era fato. agora eu conversava com Dreicon em seu escritório, eu o contei sobre ontem a noite enquanto esperávamos a ruiva voltar do aeroporto com seu pai já que ela havia ido buscar o mais velho

-Sério mesmo como eu não supero essa garota? Fazem tantos anos e ela causa a mesma reação no meu corpo, fico como uma adolescente idiota

o de olhos azuis e topete bebia um uísque em minha frente na mesinha de centro do lugar sentado em uma poltrona de couro ao lado me olhando e assim que me ouviu deu uma risada

-Pra ser sincero demorei bastante tempo pra superar Caroline também. Eu sei que fui um babaca com ela mas fiquei anos hipnotizado, só consegui conhecer alguém agora e me abrir

-Tá querendo dizer que acha que não me abri pra Ana?

minha pergunta foi em brincadeira mas sabia que tinha deixado ele nervoso negando com a cabeça várias vezes quase em desespero

-Não, quer dizer talvez...eu não sei como é sua relação com ela mas com Carol, bom ela te tem na palma da mão. Caroline sabe tudo sobre você é como se tivesse todo seu mapa astral e conseguisse te decifrar de olhos fechados, é nítido que você ainda seria dela

ele estava certo, não tinha o que contestar. suspirei pesado vendo ele beber mais do seu uísque em seu copo de vidro com as pernas cruzadas assim como eu. voltamos a um leve silêncio. admito que assim que cheguei tentei invadir na sala de Isaías mas Dreicon apareceu me chamando para seu escritório para beber um pouco então tive que deixar quieto e me preparar pra tentar de novo depois

começamos a ouvir um bate papo do outro lado da porta até ela ser aberta mostrando Isaías com seu termo provavelmente caro ao lado de sua filha que parecia definitivamente tensa com os ombros tensos ao seu lado

-Bom dia Alexandre, Day

levantou a mão cumprimentando nós dois, o menino ao meu lado colocou o seu copo sobre a mesa acenando de volta para o chefe. nossos olhos se cruzaram e mesmo ele não dizendo nada sabia que estava me mandando apoio

-Bom dia senhor Biazin

-Pode me acompanhar para minha sala Lima?

o mais velho sempre tinha essa expressão neutra quase como um psicopata poderia se mandado pra cadeia somente por não ter reação com nada e isso pra mim é bizarro. olhei com um pouco de desespero para Dreicon mas me levantei assentindo. ele saiu na frente dando espaço na porta, fui ao lado da ruiva que estava travada e pálida como se tivesse visto um fantasma e falei baixo

-Conseguiu dormir ontem?

-Precisei de um pouco de remédio mas sim

-Então porque está com essa cara?

caminhávamos pelo corredor lado a lado quando finalmente chegamos na sala do mais velho que tentava de tudo pra abrir a porta mas não conseguia. assim que ele virou a cabeça para olhar nós duas Carol forçou um sorriso pra mim

-Está dizendo que minha cara está ruim?

franzi o cenho com sua mudança de atitude repentina mas já era de se esperar com seu pai ao lado, talvez ela não tivesse tão aberta assim como eu pensava. ouvi ele suspirar pesado passando pelas duas falando um pouco chateado

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