Capítulo 2

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Sexta-feira, 30/02/1992

Depois de insistir várias vezes para não ir para Paris, tive que aceitar o fato que me casaria com o meu primo Afonso. Me deixava angustiada em pensar na possibilidade de casar com um estranho.

"Pelo menos conhecerei Paris..."

Já estava quase na hora de partir, o avião me levaria para São Paulo e depois eu pegaria o vôo direto para França. Meu nervosismo falava mais alto, nunca havia andado de avião.

- Tudo pronto filha - Fala meu pai.

- Odeio despedidas - Fala minha mãe chorando e limpando suas lágrimas com seu lencinho.

- Se quiser eu fico - Ainda tinha esperanças de cederem.

- Chega vitória, aceite, já está tudo pronto para você ir - Fala minha mãe voltando a ser séria.

- Bem, parece que meu vôo é agora. Tchau? - Falo abraçando os dois.

- Adeus minha filha, que tudo o que você tem em sonhos se realize - Fala minha mãe pela última vez.

- Espero mãe, eu espero - Depois pego minha bolsa e vou direto para o avião.

Em toda a viagem tive enjôos, mas o que me deixava em foco era a paisagem, o céu estava laranja com rosa, uma combinação perfeita. Pelo menos a viagem estava maravilhosa.

"Ladies and gentlemen, we will be landing!"

- Ja está na hora - Coloco os cintos.

Depois de aterrissar, pego minhas bagagens e vou conferir meu passaporte. Depois de resolvido, procuro por alguém segurando alguma placa ou sei la, com o meu nome.

Avisto um homem de quase um metro e noventa de altura eu acho, ele tinha cabelos pretos e seus olhos eram verdes.

- Oi, eu sou a Vitória - Quando falo, ele rapidamente segura minha bagagem.

- É um prazer conhecê-la, sou Afonso - Sim, devo dizer que minha mãe estava certa, Afonso era encantador.

- Ah, prazer - O cumprimento com um sorriso forçado.

- Nossa, é... você é mais bonita do que eu imaginava - Ele parecia surpreso, mas como eu poderia ser tão bonita comparado a outras mulheres que haviam ali.

- Bem, obrigada, você... - Céus eu quero fugir - Você também é bonito.

Ele cora inclinando a cabeça. Depois daquilo, fomos até o seu carro, ele fez tudo o que um cavalheiro faria, abriu a porta do carro para mim, me ofereceu água quase o tempo todo.

- Então, como sabe, iremos nos casar - Fala Afonso.

- Sim - Falo meio desconcentrada, estava anestesiada com a beleza de Paris.

- Então estava pensando em nos casarmos em...1 semana?

Quando ele falou aquilo, fui tirada do foco das ruas e o olhei surpresa.

- Muito cedo? - Fala ele.

- É...assim, cedo é pouco - Por favor alguém me tira desse carro - Que tal pensarmos com cuidado, quero conhecer você melhor sabe.

- Claro, nossa claro, me desculpe Vitória - Fala ele - Bem, que tal sairmos hoje? Posso levá-la ao melhor restaurante de Paris.

- Claro, só preciso descansar um pouco - Eu estava exausta a ponto de dormir por dias.

- Então depois que estiver disposta, iremos sair - Já estava ficando enjoada do sorriso de Afonso, ele sorria o tempo todo. Seus dentes brancos reluziam.

O Segredo de 1992 - Triângulo AmorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora