Seu passado me condena

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Eu quero entender, eu juro. -Acho que nunca na minha vida tinha sido tão sincero com uma pessoa.

-Eu quero confiar em você, mais... -

-Não tem "mais" Iruka! Confie em mim, não irei te decepcionar. -

No caminho da fazenda acabei encontrando com o moreno perto das fontes, por incrível que parece ele estava sem realçar nenhuma emoção.
Agora estou aqui de novo em sua casa esperando a verdade.

- Há muito tempo atrás, eu era só um menino que sonhava com meu futuro perfeito. Mais como você sabe eu perdi meus pais muito cedo, fui criado pelo meu tio Hiruzen. Quando eu só tinha 16 anos ele também se foi... Menos as dívidas que ficaram para mim. -

Iruka estava sério, mesmo eu tentando de todo o jeito achar o seu olhar, não conseguia.

- Quando ele morreu as dívidas ficaram pra mim. Naquela época eu não podia trabalhar ou me sustentar. Até que Hidan apareceu com uma proposta, ele pagaria minhas dívidas, porém em troca minha liberdade. -

- Como assim sua liberdade? -

- Minha chance de ser livre Kakashi. -O moreno fixou seu olhar ao meu, era notável os olhos cheios de lágrimas. -Dês daquele dia eu pertenço a ele, eu sou dele, até consegui pagar minha dívida. -

-Iruka dinheiro não é o prolema! -Tentei consolar o outro. -Eu posso vender minhas coisas, fazer um empréstimo se a contia for muito alta. -

-"Dinheiro não é o problema Kakashi" -Ele praticamente me repetiu. -Você acha que com 16 anos eu teria uma conta cheia de dinheiro no banco? Não! eu não tinha nada, então eu me vendi Kakashi. Estou até hoje me vendendo como Hidan quiser, e pra quem ele quiser... Se é que você me entende. -O moreno estava numa situação vergonhosa, depois de confessar, em nenhum momento ele me olhou nos olhos, como se estivesse sentindo nojo de si mesmo.

Então no dia da fonte Iruka estava se vendendo? Igual também ao dia que o encontrei todo machucado...

-Iruka por que você estava tão debilitado quando te encontrei desacordado na fonte? -Já tinha uma resposta em mente, mas não estava nem um pouco afim de acreditar.

-E-eu não queria fazer nada com ninguém naquela noite, só queria ficar sozinho. Entretanto como eu disse: Hidan faz o que quer quando o assunto sou eu. Quando ele descobriu que havia negado um "cliente"... Ele se transformou, me bateu e lembrou-me do contrato. -

Nunca fui para a cara daquele homem, só que agora estava começando a sentir ódio dele e de tudo que fez.

-Eu vou matar aquele filho de uma puta! -Apertava meus pulsos com força tentando não fazer besteira... Ainda.

-Ficar bravo não adianta Kakashi. -Iruka me acalmou passando a mão no meu rosto. -Eu já chorei, gritei, me culpei, não adianta nada. Depois de tanto tempo vivendo como um pedaço de carne, sem valor nenhum para ninguém á não ser pelo desejo de ser consumido... Acabei aceitando meu destino. -

-"Aceitando seu destino Iruka"? -Perguntei ironicamente segundo a mão do corpo alheio parando o carinho que era feito. -Isso pode ser chamado de destino? - Encarei os olhos castanhos surpresos. -Esse não é seu destino! Seu destino é comigo, e não se vendendo para esses velhos nojentos! -Bufei.

-O que eu posso fazer para muda-lo Kakashi? -Iruka me perguntou mordendo os lábios inseguro.

-O que você pode fazer eu não sei. -Levantei os ombros e fiz bico. -Mas o que nós podemos fazer eu sei. -Pisquei cruzando meus braços pela cintura fina do moreno.

-Por que você resolveu aparecer de novo? -Iruka perguntou enquanto tropeçava nos seus próprios pés sendo arrastado para cama.

-O que você não gostou? -Fiquei parado esperando a resposta.

-Sinceramente? -Concordei com a cabeça. -Já foi tão difícil tentar te esquecer um dia, aí do nada você aparece de novo para girar tudo de ponta cabeça. - Ele fez biquinho cruzando os braços.

-Agora vai ter que me aturar pelo resto da nossa vida. - Afirmei.

-Não te incomoda o fato de eu ser literalmente um prostituto? -

-Ah por favor não me lembre disso! -Pedi nervoso deixando o moreno deitado na cama.

Iruka pareceu ter ficado um pouco triste com a minha resposta.

Cheguei bem perto dele, quase rosando nossos lábios e disse.

-Não me lembre agora de ter que matar todos os filhos da puta que tocaram no MEU HOMEM! -

Nem esperei a resposta e juntei nossos lábios em um beijo apressado necessitado por mais. A boca de Iruka tinha um gosto doce, e poha ele estava me enlouquecendo com os arranhões que dava em minha costa.

-Pode ter certeza que eu não vou embora, não precisa me deixar marcado. -Avisei atacando o pescoço alheio.

-Esse homem é meu! Tem muita talarica nesse fim de mundo. -Ri da fala entre gemidos do outro.

-Esse homem aqui é seu? -Fiquei de joelhos na cama enquanto retirei minha camisa, assim expondo meu abdome.

-Propriedade de Iruka Umino

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-Propriedade de Iruka Umino. -O Umino falou me olhando com luxúria.

Toques, gemidos, aranhões, carinhos, suor, risadas e principalmente amor... Rolou pelo pequeno quarto encima da cama que se quebrou do moreno.

-Iruka? -Chamei baixinho afagando os fios castanhos.

-Hm. -

-Foge comigo? - 

Can I photograph? (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora