Capitulo 29

501 56 5
                                    

- Olha o passalinho - disse alegremente apontando para o passarinho que pousou na janela dela - Abra a janela - disse batendo palmas e sorrindo na minha direção.

- Amor, se um pombo entrar no seu quarto pode acabar ficando com medo - Eu disse e vi a tua alegria ir embora - Aqui é pequeno demais para a imensidão de céu em que ele mora.

- Mas ele quer ser meu amigo - disse ela e o pássaro bateu as asas saindo - passálo chato - falou emburrada, cruzando braços e olhando para um ponto fixo da sala.

Savannah está de TPM, então tudo que ela faz é intenso.
Quando ela está triste, ela chora até que eu encontre algo para dar a ela que a faça parar de chorar. Quando fica feliz, acaba querendo fazer coisas além do que pode, por exemplo o esforço.

- Amor, o médico já falou que você vai ter alta hoje e podemos voltar para casa - falei e ela continuou emburrada - O que faz minha princesa quer? -Perguntei acariciando seu rostinho.

- Quero voltar logo para casa -disse - Agola! - ordenou olhando para mim e eu lancei-lhe um olhar de reprovação.

-Não entendo a falta de educação da senhorita - disse e ela se acalmou - Só voltarei a falar com você quando me der aos menos respeito - falei e a mesma virou o rosto me imitando e fazendo caretas ouvi uma batida na porta e fui em sua direção, a abrindo em seguida.

- Olá - O médico falou e Savannah não olhou para ele.

- Oi - falei suspirando.

- Bem, cirurgia de apêndice é uma coisa que cura muito rápido, então a pessoa normal é passar uma semana no hospital para supervisão - falou e eu estranhei, Sav não ficou tudo isso - Como o caso, a Senhorita Clarke não foi tão complicado na cirurgia, decidimos deixá-la no hospital por apenas dois dias, para que nada de ruim aconteça - ele disse e eu concordei. - Então, eu vim avisar que vocês já podem ir para casa.

- Oh, muito obrigado.

- Só peço que não coma chocolates, não faça nenhum esforço ou movimentos bruscos por uma semana - ele disse e eu concordei, Savannah ainda estava emburrada - Vou chamar a enfermeira para tirar o soro do braço dela - eu balancei a cabeça e o médico saiu da sala.

Eu sentei na cadeira e não toquei em nenhum assunto com ela, a sala estava em silêncio. Savannah não pode reagir assim nem comigo nem com ninguém.

- Com licença - disse a enfermeira entrando depois de bater na porta. - Oi - disse acariciando o rosto da minha princesa - Vamos lá - disse ela e rapidamente tirou a agulha do braço, colocando um adesivo no local.

- Vamos para casa? - perguntei sério e ela balançou a cabeça ainda de mau humor - Princesa, você vai ficar brava com o papai? - suavizei e fiz beicinho perguntando e chegando perto dela, ouvi a porta fechar - Hmm?

- Sav tá blava - falou fazendo uma voz mais grossa.

- Amor, mas porquê a Sav está brava? - perguntei beijando
de leve o pescoço dela - O que você quer que o Daddy faça?
- perguntei e ela me olhou.

- A Sav não tá blava papai - falou se explicando com as
mãozinhas em movimento - É só que o Daly não quis me
dar o passalinho - falou triste e eu ri beijando sua
bochecha.

- Amor, os pombos gostam de viver no ar livre. Se você
pegasse um do bando deles, ele viveria a vida inteira dele
triste por não estar com a família - criei uma história
coerente para que ela entendesse - Se alguém chegasse
aqui e te tirasse de mim e deixasse você na rua, você iria
gostar? - perguntei e ela arregalou os olhos.

Pretty Babygirl || BeauvannahOnde histórias criam vida. Descubra agora