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Quando Edward voltou para a mansão no começo da madrugada só era possível ouvir os gritos animados - as vezes frustrados - de Emmett e Casy que estavam jogando videogame na sala de estar.

Não era novidade para ninguém que Emmett era alucinado por aparelhos eletrônicos - principalmente pelo videogame -, o vampiro amava tanto jogar que se pudesse passaria o dia inteiro jogando videogame.

Então não era uma novidade ver o vampiro jogando, mas o que chocou o telepata foi entrar em casa e ver que Emmett estava perdendo para Casandra no Fifa. Emmett era ótimo no jogo de futebol, o vampiro conseguia vencer todos os outros vampiros que aceitavam jogar com ele, mas parecia que a herege era melhor que ele.

-- O Emmett está perdendo no Fifa?!

O empata - que já tinha desistido de terminar de ler seu livro -, estava assistindo o irmão perder mais uma partida quando o telepata quebrou o silêncio da sala. -- Sim, é a terceira partida seguida.

O telepata não teve tempo de se sentar para observar a partida, em poucos segundos Casy já tinha feito outro gol e encerado o jogo com um incrível placar de 18x27.

-- Isso não é justo! Ursinha ela venceu de novo.

-- Sim ursão, eu vi.

-- Eu quero revanche!

-- Talvez amanhã Emmett, agora eu vou dormir, já ta tarde e eu 'tô com sono. Boa noite.

-- Isso querida, já está tarde, boa noite. Pode desligar o videogame Emmett, se você começar a gritar vai acordar a Casy que quer dormir.

-- Mas mãe..

Casandra se retirou da sala antes de ouvir a bronca que Esme estava dando em Emmett, a herege estava com muito sono para prestar atenção em alguma coisa que não fosse a cama quentinha, o fuso-horário de Londres e Forks deixava a híbrida confusa e com mais sono ainda.

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O sol ainda não tinha nascido quando Edward entrou em seu quarto para acordar a herege, eles iriam caçar e só voltariam tarde da manhã, Casy teria que tomar café na cidade ou cozinhar.

-- Casy? Hey Casy..

A híbrida ainda sonolenta resmungou uns palavrões antes de se irritar com o vampiro. - Morda-me Anthony! Me deixe dormir.

-- Carlisle chegou vamos caçar, voltaremos tarde, tome café da manhã na cidade está bem?

-- Tudo bem, tudo bem, agora saia, quero dormir!

-- Boa noite.

-- Bastardo.

A herege não esperou uma resposta do frio e voltou a se virar e se cobrir na cama. Ela odiava ser acordada para saber de coisas que podia facilmente descobrir sozinha - claro que ela iria demorar um pouco para associar que os vampiros tinham saído para caçar - mas ela poderia descobrir sozinha e ainda ter sua bela noite de sono sem nenhuma interrupção.

O resto da noite passou bem rápido para ela, seus sonhos - que quando acordasse mal passariam de lembranças - não eram nem felizes e nem tristes, só algumas memórias antigas que a herege achava ter esquecido, muitas delas eram memórias de quando ela era humana.

Casandra acordou com a música Classic - MKTO ecoado pelo quarto, essa música era o toque de telefone de Oscar seu amigo bruxo e braço direito da herege na construção da Lura's. Sem Oscar a marca de roupas estaria desenhada em um caderno antigo sendo guardada em uma prateleira de seu escritório ou biblioteca, sem Oscar ela não teria realizado seu sonho, e por isso, ela era grata ao bruxo.

A híbrida sonolenta levitou seu celular até ela na cama atendendo-o com muito sono e preguiça. -- Alô?

-- Alô? Alô? Você sabe que dia é Casandra Gold?

Como sempre Oscar estava pulando comprimetos do outro lado da linha, o que fazia a meio bruxa ter certeza de que ele estava andando de um lado para o outro em seu estúdio sendo consumido pela ansiedade.

-- Bom dia Oscar, que dia é hoje?

-- Hoje é a terceira quinzena do semestre, você por acaso sabe o que acontece mês que vem?

-- Sim.

Claro que ela sabia o que acontecia mês que vem, era a semana mais esperada do ano para qualquer estilista, a semana da moda de Milão.

-- A semana de outono/inverno Casandra, falta uma semana para começarem a contagem regressiva para a semana de moda de Milão e nós não temos nada. NADA.

-- Oscar para de gritar! Eu disse que tinha algumas ideias, relaxe, vai dar tudo certo.

-- Eu as vezes acho que você se esquece que eu não sou imortal como você! Falta menos de um mês para a evento mais importante da moda e você fala como se tivesse magicamente treze vestidos escondidos dentro da bolsa.

Casandra amava Oscar, claro que amava, mas tinha horas em que a herege só queria cortar a língua do mais novo fora para que ele calasse um pouco a boca. Oscar era um design de moda incrível, mas o tanto de talento que tinha não era nada comparado a sua incrível habilidade de nunca se cansar de falar - o que deixava a herege irritada -, Casandra odiava quando Oscar falava sem parar e não chegava a lugar algum.

-- Oscar! Eu já disse, te mando todos os desenhos até sexta feira e ai você pode começar a produzir, não se expresse com coisas simples assim.

-- COISAS SIMPLES?! CASANDRA VOCÊ SAB..

A híbrida não deixou o homem terminar sua frase já encerrando a ligação. Com certeza Oscar iria começar a gritar com ela sobre como ela podia falar que a semana de moda de Milão era uma coisa simples, ou como ela se aproveitava de sua imortalidade para não se preocupar com coisas humana. Uma conversa que a mesma não queria ter, então para ajudar ambos ela encerrou a ligação.

Casandra aproveitou que já estava acordada e decidiu sair para tomar seu café da manhã - o que com sorte resultaria em algum humano sozinho em uma lanchonete as seis da manhã para ela beber um pouco de sangue fresco -, a herege trocou seu pijama por uma calça jeans preta, uma blusa de manga comprida branca e um casaco bege. Trocou suas meias quentinhas e fofinhas por uma meia mais grossa colocando suas botas de cano alto preta, agora ela podia sair para tomar seu café da manhã despreocupada.

A herege se lembrava de ter visto uma lanchonete um pouco longe do centro da cidade quando saiu para conhecer a cidade, era para lá mesmo que ela estava indo tomar café.

Em menos de vinte minutos a híbrida estava estacionando seu carro no estacionamento em frente a lanchonete, que como ela pensou estava quase vazia devido ao horário. Casandra desceu de seu carro sendo recebida pela fria brisa da manhã batendo em seu rosto, o que a fez arrepiar, a cidade era realmente fria quando queria.

Por dentro a loja estava quase vazia - tendo apenas um casal em uma mesa perto da janela -, o que dava a meio bruxa a opção de escolher onde se sentar. Casandra se sentou em um dos banquinhos de frente ao balcão e esperou pela garçonete que anotaria seu pedido enquanto respondia algumas mensagens no celular.

-- Bom dia, o que gostaria?

A voz fez a híbrida levantar sua cabeça e encarar a jovem garçonete a sua frente, jovem essa a qual a herege tinha certeza que era um anjo.

Ela era linda e seria uma das suas modelos em Milão.

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Ocean's EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora