Capítulo 40

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"Quero usar as cores mais bonitas, assim como ficou a minha vida desde de que eu deixei de ser eu para ser sua..."
🤍

SELENA FERNANDES

Faltam uma hora para o período noturno, isto é, para a noite chegar, estou ansiosa para ver o e-mail que a Dra.Kate vai enviar para mim. Que seca ficar aqui sem nada a fazer, a Anastácia acabou caindo no sono no sofá e a Avó aproveitou ir na casa da nossa vizinha pois a sua amiga de longa data havia chegado para visitar o filho e a esposa.

— Eu esperei o dia todo para você ligar-me ou enviar-me sms dizendo que havias ido ao hospital, clínica ou sabe se lá onde para fazer a consulta – a Aurora entrou gritando fazendo-me sobressaltar da cadeira que estava sentada.

— Aí que susto! – disse levando as minhas mãos ao peito.

— Eu fiquei esperando o dia todo! Selena você me prometeu, você realmente sabes o significado de uma promessa? – questionou ela irritada, melhor dizendo muito irritada.

— Eu sei o significado sim! Eu fui ao hospital mas acabei esquecendo de mandar a sms para você, desculpa! – disse reconhecendo o meu erro, eu prometi a ela e tinha de comprir mas esqueci.

— Ahh Ahh! – deu uma gargalhada irônica – Você acha que essa desculpa é o bastante? O que vocês realmente pensam; acham que pedindo desculpa vai fazer passar o que a outra pessoa está sentindo? – questionou novamente para mim ainda mais irritada.

— Eu não sei quem irritou você durante o seu dia! Eu não sei quem pisou na bola consigo hoje ou quem fez o seu dia terminal mal, peço que se acalme e pare de ficar botando a culpa dos outros em mim – disse começando a irritar-me também – Eu já pedi desculpas, se você não quer entender,  por favor saía do meu quarto pois prefiro ficar aqui sozinha do que contigo nesse estado – continuei levantando-me da cadeira em que estava sentada, dirigindo-me na porta para indicar o caminho pelo qual ela entrou.

A Aurora olhou para mim com um olhar indecifrável, e saiu igual a um foguete do meu quarto. Fechei a porta do meu quarto e voltei a sentar na cadeira, comecei a mexer nas minha rede social, passando o rato de um lado para o outro para ver se o tempo passa.

Olhei novamente para o celular tentando ver uma sms do Christian dizendo ao menos que ainda está vivo. O meu dia esta chato, sem nada para fazer, não quero falar com ninguém, talvez com o gringo.

Levantei da cadeira e me joguei na cama, esperando  o tempo passar. Ouvindo os sons de carro passando, o som do vento, e o som da minha respiração, por vezes é legal observar as pequenas coisas, contemplar as pequenas coisas.
Em pensar nas pequenas coisas, sinto que a minha sementinha está crescendo aqui.
Imagino uma junção perfeita minha e do gringo: teremos a nossa prova de amor.

Ouvi a notificação caindo no meu celular, levantei-me com tanta pressa o que me fez ficar com a visão embaçada, estava com a sensação de desmaio e voltei a sentar na cama gritando pela Aurora uma, duas, três vezes, mas não respondia. Gritei pela Anastácia, que veio logo abrindo a porta do meu quarto.

— Porque esta gritand... – parou de falar por alguns segundos observando-me – Você estás muito pálida! – disse correndo ao pé de mim.

— Eu não estou sentindo-me bem! Eu acho que a minha pressão baixou – disse sentindo a falta de ar, sentindo o meu estômago dar voltas.

Meu Deus!

— Aurora! Aurora! – gritou a Anastácia chamando a irmã que apareceu na porta depois de uns segundos - Ela não está passando bem, vamos leva-la ao hospital, eu acho que a Dra.Kate ainda pode estar por lá! – disse ajudando me a colocar as minhas sandálias nos meus pés.

— Passa a mão nos meus ombros! – disse a Aurora ajudando-me.

— Eu acho que ela não vai conseguir ficar em pé Aurora! – disse a Anastácia falando o que realmente eu queria dizer – Se ela ficar em pé agora vai cair desmaiada igual uma pedra dura! – continuou ela nervosa quando ouvimos a porta principal da casa fechar.

— Avó! Avó! – gritavam as minhas primas praticamente implorando para que ela venha logo pra cá.

— Por que tanta gritaria meninas? – questionou ela seguindo o caminho para o meu quarto. Quando viu-me ficou preocupada – O que aconteceu com ela? – questionou  preocupada esfregando as suas mãos nas minhas – Vai pegar a caixa dos primeiros socorros, corre Anastácia!Aurora vá pegar um copo de água com sal – disse a minha avó olhando para mim – Aguente um pouco, não desmaia, se quiser vomitar nos ajudamos você a chegar ao banheiro – continuou ela ainda esfregando as minhas mãos quando a Anastácia entrou quase caindo para o meu quarto entregando a caixa na nossa avó!

— Não vá desmaiar prima! – disse a Aurora com a voz embargada, ela sempre foi a mais sentimental entre todas nós. Depois de uns segundos com olhos fechados, senti o cheiro de álcool no meu nariz, me deixando um pouco mais lúcida.

— Isso mesmo, respira um pouco disso filha e beba essa água! – disse a avó menos aflita - Aurora passa um pouco de aguá no rosto e nos braços dela – ordenou a avó ainda passando o algodão com álcool no meu nariz, senti as mãos da Aurora passando água pelas minhas mãos e rosto.

— Será que ela já esta bem? – questionou a Anastácia receosa.

— Eu acho que já posso levantar-me, eu acho melhor ir ao hospital vó! – disse sentindo lágrimas escorrendo do meus olhos, embora que a minha respiração estava calma, ainda esta sentindo-me mal.

— Aurora vai preparar o carro – disse a avó e vi a Aurora fungando que saindo correndo do meu quarto – Vamos logo, Selena, tente passar os seus braços em volta do meu pescoço e da Anastácia entendeu? – disse visivelmente aflita, logo respondendo que sim mexendo a minha cabeça. Fui levantando da cama e acabei fazendo o que ela pediu, mas ao tentar dar um passo em frente, senti uma dor no ventre.

— Ai! – disse pegando no meu ventre sentando na cama reclamando de dor. A minha Avó e a Anastácia ficaram questionando o que estava acontecendo, eu estava com medo e muito medo que algo esteja acontecendo comigo e com o bebê.

— O meu ventre esta doendo muito! – disse e continuei gemendo de dor.

— Onde esta ela? – ouvimos a voz do Christian – O que está acontecendo com ela? – questionou aflito correndo para o meu quarto logo a sua trás a Aurora. O Christian não esperou a resposta de ninguém e foi logo levantando-me as pressas para o seu carro, junto com a minha avó.

— Vamos Frank, vamos a Clínica dos meus Avós, vá rapido! – ordenou o Christian angústia notando a minha dor,eu realmente não sei por que isso está acontecendo comigo – Calma meu amor, tudo vai ficar bem – disse dando-me um beijo na testa.

— O que aconteceu? – questionou o Christian calmo, ou melhor tentando parecer calmo.

— Eu não sei, nos a encontramos no quarto passando mal, quando decidimos levar ao hospital, a dor começou ataca-la – contou a minha avó pegando a minha mão livre.

— Mais rápido Frank! –continuou o gringo ordenando ao Frank, depois não ouvi mais nada pois acabei apagando.

...

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Se Faz Sentir, Faz SentidoOnde histórias criam vida. Descubra agora