Capítulo 61

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"Se estão dando, pegue. Se vierem buscar, corra."

SELENA FERNANDES

Passou-se um três dias desde a minha reconciliação com o Christian, tudo está tão bem, que fiquei naquilo que a distância ou a separação nós fez bem. A gente já conversa bastante, iguais dois amigos, existe uma parceria legal, uma cumplicidade e conexão maravilhosa. A confiança que estamos construindo aos poucos embora pareça que já confiamos cegamente um no outro.

Eu e a minhas primas voltamos a nossa casa, a minha avó está com planos de mudarmos de casa embora que lá sempre foi o local preferido dela.

Estou me dirigindo para casa da Malu, a moça que havia conhecido na loja de roupas de bebé. Ela convidou-me a ir passar um dia de garotas com ela pois durante essas semanas haviamos nos aproximados tanto pelo mundo virtual.

- Tem certeza que é aqui?! – questionei ao taxista.

Hoje a Aurora estava encarregada de ficar com o carro, basicamente antes das seis da noite, ela deve estar aqui me esperando.

- Sim, senhorita, eu tenho – disse recebendo o dinheiro com tanta pressa.

Desci do taxi receosa pois eu não conheço bem essa zona, e olhei ao redor verificando o endereço que me parecia errado e notei o carro dar acelerar.

- Mas que merda! Esse idiota levou o meu dinheiro e ainda deixou-me num endereço errado – disse irritada e fui caminhando contando o número de cada casa até chegar nos vinte e oito.

Depois de uns minutos andando, agora estou me sentindo perdida, pois quase não tem ninguém na rua e aqui as casas são praticamente idênticas e olha que a Malu não está respondendo as minhas chamadas. Olhei a minha trás e reparei que haviam dois homens com características de delinquentes, o que me deixou mais assustada.

Peguei o meu celular e guardei na bolsa, estava naquilo que esses dois a minha trás possam ser dois assaltantes.

Acelerei os meus passos e notei que eles fizeram a mesma coisa, olhei novamente para eles e vi que um deitou o cigarro e estava com uma garrafa igual ao xarope " meu Deus".

Comecei correndo e ouvi um deles dizendo "ela notou a gente, vamos pega-la". Saí correndo deixando o meu calçado no chão e ao olhar para trás tentar ver se ainda me perseguiam tombei em uma parede de músculos a minha frente que agarrou-me forte me deixando dolorida.

- Peguei ela – disse o homem que prendeu os meus braços sobre a parede de uma casa ou quintal, ele exalava ao cheiro de cigarro e logo chegou o outro homem que estava com o xarope e um pano.

- Selena, Selena, Selena – ouvi o outro a falar o meu nome quando chegou ofegante próximo de nós. Eu já estava tremendo, estava assustada.

A minha respiração estava desregulada, as lágrimas já se formavam nos meus olhos e única coisa que pensei naquele momento era gritar por ajuda por mim e pelo meu filho.

- Socorro! Socorro – gritei tanto que senti a minha garganta a arranhar.

- Cala boca mulher, você já me fez correr tanto, agora queres chamar atenção de pessoas que estão em suas casas! – repreendeu-me irritado – Eu acho melhor a gente fazer ela dormir, assim dará menos trabalho – disse o homem que tinha uma sobrancelha cortada. Ele ficou molhando o pedaço de pano naquela substância líquida que estava no frasco igual ao xarope.

- Você sabe que nunca gostei dessas ideias, e se ela morrer? - questionou o cara que deitou o cigarro, ele parecia o mais racional.

- Socorro! Soc... – senti o meu rosto arder tanto na testa como na bochecha direita. O homem que me prendeu na parede, o que estava achando de mais racional, deu um tapa em mim e como consequência bati a cabeça na parede o que me deixou zonza.

Se Faz Sentir, Faz SentidoOnde histórias criam vida. Descubra agora