Naruto e Hinata - Vida de Casados

Família Uzumaki

Casada há 6 anos com o seu primeiro e único amor, Hinata Uzumaki está à beira de um colapso: seus dois filhos andam brigando muito ultimamente e da última vez que Himawari foi consumida pela raiva, as coisas saíram do controle.

― Crianças! Mais uma vez esse problema com o controle remoto? Já chega! Nada de TV pelo resto do dia.

― Mas mãeeeee! Era minha vez de escolher o programa! Ela só quer esses programas de bebê! – Falou azucrinando a irmã que fazia bico.

― Já chega, Boruto! Vão se aprontar para o jantar. Seu pai deve estar voltando para casa hoje.

― Êbaaaaa! O papai vem pra casa, onii-chan! – Falou meigamente a menina, três anos mais nova para o irmão que aparentemente já esquecera a briga.

― Vamos, Hima! Vamos lavar as mãos para ajudar a mamãe! – Saltitou ele já completamente sorridente.

Hinata passou a maior parte do tempo se dedicando aos filhos e ao lar nos últimos 6 anos e agora que o marido era Hokage, os serviços parecem ter se intensificado. Não é que ela reclamasse ou se sentisse incompleta, mas havia noites que sentia muita falta do tempo em que o marido estava em casa com ela e os filhos.

Há um ano, ele havia sido empossado como Nanadaime Hokage, coisa que todos na Vila já aguardavam desde que ele se tornara herói à vista das pessoas, quando a Akatsuki destruiu Konoha. O rapaz foi de garoto desprezado à salvador admirado em questão de minutos. A partir daquele dia, todos no mundo ninja passou a ouvir as histórias acerca de Naruto Uzumaki.

Ela, no entanto, não se surpreendeu com a guinada na vida do rapaz, uma vez que sempre o admirara. Às vezes, não conseguia acreditar em como o menino desajeitado e bagunceiro pôde despertar nela, que era introvertida e organizada, um sentimento tão grandioso quanto o amor. Mesmo que ela não quisesse admitir, havia começado a se apaixonar por ele desde a primeira vez que o vira. E, talvez esse tipo de amor é que seja o mais verdadeiro: aquele que se constrói aos poucos.

Terminou de aspirar o tapete da sala, agora que as crianças haviam saído de frente da TV, com esses pensamentos nostálgicos de quando eram crianças. Agora, ouvindo os passos dos filhos na escada, temeu ter falado que o pai viria pro jantar. "Será que o Naruto-kun está vindo hoje? Ele não me ligou para avisar, como fez nos últimos dois dias, então creio que virá. Assim espero. Não quero ver o olhar triste das crianças mais uma vez."

Juntos, os três puseram a mesa e quando Hinata já estava esquentando a comida, ouviu a porta de entrada se abrir e a voz cansada do marido, seguida dos gritos dos filhos:

― Tadaima!!!

As crianças pularam no colo do pai que, embora forte, vacilou um pouco, frente a energia dos pequenos.

― Papai...papai! Vamos brincar? Vamos jogar videogame? Ou é melhor jogar cartas? Papai...vamos brincar de chazinho! O vovô me deu um jogo...ou pegar pra você ver... – Falavam sem parar enquanto o pai tentava tirar as sandálias.

Esses momentos eram valiosos para Hinata, que se contentava em assistir a cena em primeira mão com um sorriso no rosto enquanto terminava de mexer a panela quente.

Depois de ver os dois filhos saírem correndo disputando quem pegaria o primeiro brinquedo escada à cima, ela olhou finalmente para o marido que também olhava para o topo da escada sorrindo, enquanto retirava a capa, evidentemente cansado. Ficou o observando e se sentiu como uma adolescente apaixonada quando ele olhou em sua direção e a pegou o fitando. Ele sorriu com lascívia e piscou para ela, que ruborizou imediatamente com a atitude do marido.

Mesmo sendo tímida e reservada, ela sabia o quanto o marido gostava de provocá-la para vê-la constrangida daquela forma. Mesmo assim, virou-se instintivamente para que ele não a visse daquela forma e fingiu que lavava louças, embora a pia estivesse completamente limpa àquela altura. Esfregou rapidamente toda a extensão do móvel enquanto torcia para que o rubor na face se dissipasse, ou que os filhos retornassem logo antes que ele chegasse até ela.