2. Approximation

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- Suki vol... tei. HEIN?

- Que foi agora?

- Por que você...?

- Ah, pronto. Se eu não faço merda nenhuma, sou ruim de mais, agora, se eu coloco a porra de um lençol com travesseiros no chão, é estranho! VAI SE FODER!

- Mas eu não tinha falado nada.

- FODA-SE.

Kirishima riu.

- Agora vai ficar aí com esse sorriso idiota na cara!

- Vou mesmo, algum problema? - perguntou, debochando e abrindo um sorriso maior ainda.

- Quer saber?

- Hm?

- DANE-SE! Vou dormir que eu ganho MUITO MAIS.

- Sei, sei.

Bakugo se deitou na sua cama e virou para o lado da parede.

Kirishima apagou as luzes e se ajeitou no amontoado de travesseiros, almofadas, lençóis e cobertores.
Bakugo havia arrumado tudo para ficar bem aconchegante.

Kirishima sorriu com o pensamento. Porém Katsuki não o vira já que estava escuro.

[...]

Eram exatas 04:57 da manhã quando Bakugo ouviu um barulho.
Olhou imediatamente para baixo ao lado da cama com a intenção de ver se Kirishima estava bem.

Não estava.

O garoto se virava e revirava na cama improvisada, suava e continha uma expressão de choro, dor e sofrimento.

Bakugo desceu da cama e foi para o lado de Eijirou.

- Kiri? Ei... acorda.

Nada.

Resolveu balançá-lo também.

- Eiji, ou, acorda.

Kirishima acordou assustado, quase saltando da "cama".
Estava ofegante.

- Pesadelo?

- Pesadelo. - Confirmou o falso ruivo.

- O que foi dessa vez?

- Você de novo.

- Mas que merd-

Fora interrompido por Kirishima.

- Você estava me ignorando, não falava comigo, não olhava 'pra mim, fingia que eu não existia.

- Mas... - Encarou Kirishima, incrédulo - Mas que porra!

- Hã?

- Para com o caralho desses pensamentos!

- Mas foi um sonho, Bakugo.

- Só que acontece que os sonhos e pesadelos obtidos pelas pessoas são extraídos dos pensamentos e imaginações delas mesmas! Para de pensar isso, caralho!

- ...

- Kirishima, escuta.

O mais novo o encarou.

- Eu nunca vou parar de falar com você, entendeu?

Kirishima se levantou e foi em direção a escrivaninha de Katsuki, apoiando as mãos na mesma, virado para Bakugo.

- 'Pra quem falou que não iria se importar comigo, você tá bem preocupado.

- ISSO É HORA PRA FALAR DISSO? Você literalmente acabou de ter a porra de um pesadelo e fica falando coisas assim do nada!

- Nhe.

- Meu santo! Me dê paciência!

- Você nunca teve paciência, Bakugo.

- CALA A DESGRAÇA DA BOCA.

- Não.

- FUDIDO FILHA DA PUTA.

- AH! VA CAGAR!

- CALA LOGO A BENDITA BOCA, KIRISHIMA!

- Se tá tão incomodado, cala ela então, merda!

Bakugo foi andando rapidamente na direção de Kirishima, pegando em seu queixo e aproximando os seus rostos.

Kirishima sentia que seu coração iria sair pela boca a qualquer momento.
Afinal, o que estava acontecendo?!
Ele sentia a respiração de Katsuki, seus rostos estavam a pouquíssimos centímetro de distância.

"Ai meu pai" - pensou.

Bakugo o encarou por mais um tempo, até que deu um sorriso satisfeito, soltando o queixo de Eijirou e se afastando.

- Pronto, calei.

- Idiota vagabun-

- Talvez.

- Só não chamo de filho da puta porque a tia Mitsuki é perfeita.

- Como se você não tivesse gostado.

- Não gostei!

"Mentira, mentira, mentira"

Ainda bem que Bakugo não conseguia ler mentes, porque se não, só ouviria isso.

Não foi preciso de nenhum poder para ele saber que Eijirou estava mentindo, óbvio que ele havia gostado.

"Teria sido melhor ainda se fosse um beijo" - pensou o ruivo .

- Mentiroso.

- QUÊ?

- M-e-n-t-i-r-o-s-o.

- NÃO ESTOU MENTINDO!

- Pff, tá bom.

- Até parece que eu gostei!

- Ah, não?

- Não.

- Se fosse um beijo? Iria gostar? - arqueou uma sombrancelha.

- Muito menos.

"Mentira, mentira, mentira."

- Sério?

- Sim. Humpf.

- E se...

- "E se.." ?

a uma porta de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora