Âmbar
Keir me arrastou, mesmo eu me debatendo, o mordendo e lhe acertando tapas e chutes.
— Você vai se arrepender de ter nascido, vadia. -ele rosnou.
— Eu não quis ter nascido! Se descuidou nessa porra de vida porque quis! -gritei.
Ele acertou um tapa.
— Se eu soubesse que seria uma mulher a vir ao mundo e não um homem, eu teria feito sua mãe perder você no mesmo momento. -ele rosnou.
— Desgraçado!! -rosnei me debatendo.
Ele me arrastou até um porão escuro da casa, e lá vi Anastasia.
— Você não vai fazer nada, não é? -a olhei com ódio.
Ela virou o rosto desinteressada.
— Você achou o que procurou, é uma vergonha para esta família. -ela disse seca.
— Lutei bastante para ter um cargo, uma cobra me trataria melhor do que vocês. -cuspi.
Senti um soco na lateral do meu corpo e grunhi baixo, Keir rasgou completamente meu vestido, minhas roupas.
Ele me amarrou a dois postes de madeira, cada braço em um, cada perna amarrada em um, me fazendo ficar esticada.
Eu o encarei, estremecendo mas não ousei baixar a cabeça.
Nunca.
— Se aguentou aquele bastardo dentro de você, vai aguentar isso. -ele me encarou com nojo.
E então gritei, sendo cortada pela sua faca, uma, duas.. três vezes.
Eu gritei, o sangue escorrendo a cada corte e então..
Uma chicotada em meu corpo, outra, e mais outra, eu fui espancada de tantas formas que apaguei.
Por poucos segundos até ele me acordar e me fazer sentir tudo outra vez.
Anastasia encarava tudo com naturalidade, frieza, nem parecia que estava vendo a própria filha ser torturada, ela parecia estar vendo um programa ruim na TV.
Eu chorei, em meio ao sangue, e quando Keir se cansou, ele lançou água com sal e limão em meus ferimentos, eu gritei me debatendo contra as correntes que não me permitiam me mover.
As lágrimas quentes descendo e fazendo arder mais ainda.
Era a pior dor física que eu já havia sentido na vida.
Eu não aguentei a pressão da dor em meu corpo e eu desmaiei outra vez.
☆
Quando acordei, mais três vezes Keir veio aqui dentro, em horas separadas, e me torturou.
Querendo que eu implorasse por misericórdia, mas eu não o fiz.
Eu já não gritava mais, estava sem voz, apenas sentia a dor odulante que me revirava de dentro para fora.
Eu abri meus olhos, doloridos e encarei keir a minha frente, que me olhava com nojo.
Ele retirou as algemas dos meus pés e mãos e eu fui ao chão, trêmula.
Ele me levantou com puxão bruto e atravessou comigo em seus braços.
Nós surgimos em terras na divisa de terras da corte outonal, e Keir me lançou nelas com um bilhete preso em minha barriga.
Ele limpou suas mãos e cuspiu aos meus pés.
— Vadia imunda. -ele rosnou.
E então sumiu.
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Corte de Sonhos e Pesadelos
FantasyEra certo de que havia um portal no mundo humano, E Âmbar o descobriu, sua vida não tinha mais sentido na terra, e ela não pensou duas vezes antes de pular naquele portal. - Acotar. E agora, no lugar de uma de suas personagens favoritas, ela vai des...