Lembro-me de banhos de chuva, brincadeiras ao fim de tarde e do cheirinho do bolo de chocolate quentinho saindo do forno. Lembro da forma com que as coisas simples, porém maravilhosas, foram sendo substituídas aos poucos de modo que nem percebemos. A última brincadeira com os amigos na rua. Pega-pega, esconde-esconde, as bolinhas de gude sumiram como que por mágica e, junto com elas, as pessoas também se foram.
Não faz muito tempo afinal, para que eu me recorde com pesar de pequenos fleches da parte boa da infância. Memórias que estão guardadas com carinho na minha cabeça, cujos registros sequer seriam capazes de caber num mísero álbum de fotos.
Quem dera eu fosse a melhor pessoa para falar sobre isso! É que eu sou tão nostálgica e esqueço que ainda há tantas memórias mais para se fazer e que o fato de crescer não significa que deixarão de acontecer coisas boas. Apenas gosto de recordar e contar em míseras linhas sobre a minha história; às vezes esqueço que não se trata de mim.
Deixe-me iniciar novamente.
O dia começando do zero me faz pensar no que fazer ao correr das horas. Pequenas coisas, simples coisas: essas que construírão as nossas histórias. Quem eu sou? Onde estou? Para onde vou? Quem está comigo e o que somos capazes de fazer juntos?
Reflexão.
Que sejamos capazes de perceber que o passado é para se lembrar apenas às vezes; mas o presente é uma dádiva por ser onde criamos novas memórias para recordar no futuro, quando nossas forças se esgotarem e tudo o que possamos ser capazes de fazer seja justamente contar histórias.Texto de Madys13
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Viva Poesia
Poetry"[...] Em um mundo paralelo, a realidade é baseada em mundos imaginários que poderiam, de verdade, existir. [...]" "[...] A realidade vem pra machucar. Uma hora você aprende isso. Não importa o quanto fuja, ela sempre vai voltar. E se vai doer? Cl...