capítulo 4

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Acordei novamente com o barulho estridente do despertador, por mais incrível que pareça acordei feliz, e fato hoje seria um dia que eu guardaria na memória. Levantei da cama, fiz as minhas higienes pessoais e corri escada a baixo, peguei uma maçã na cozinha e segui em direção a escola. 

Corri para a escola sem nem olhar o que havia na minha frente, estava muito animada, sentia que todos os problemas, todos os muros que eu havia batalhado tanto para construir haviam se tornado lindas e belas pontes por onde passaria sem problemas. Todas as batalhas que eu havia enfrentado não tinham sido em vão, e eu havia conquistado o meu lugar no meio da multidão.

Estava tão perdida em meus pensamentos que nem percebi quando esbarrei em um homem grande e robusto. Naquele momento eu me perguntava se a lei da gravidade funcionava, porquê eu estava indo de encontro ao chão, eu questionei de todas as maneiras se Isaac Newton realmente estava defendendo uma causa real já que eu não tinha certeza.
Como um ninja o homem ao qual eu havia esbarrado puxou meu braço me ajudando a recuperar o equilíbrio.
- Desculpe e obrigado – falei rapidamente recuperando o folego enquanto checava o relógio em meu pulso.
- Tome cuidado criança, da próxima vez deixarei você dar um belo beijo no chão – disse o homem, logo depois de me segurar.
Antes mesmo que eu pudesse responder ele já havia retomado seu caminho para sei lá onde fosse seu destino. 

Para não chegar atrasada, não dei importância aquela grande falta de educação do moço e segui em direção a escola.
Talvez eu não estivesse animada apenas por saber que Harley iria dormir lá em casa, talvez eu quisesse ver outra pessoa também um alguém com olhos azuis que me lembravam o menino que me causou grandes traumas na infância, mas que sempre foi o maior mistério da minha vida. Por que eu? Por que eu tenho que ver essa droga de espíritos? Por que eu não podia ter nascido como uma pessoa normal? Por que todo mundo acha tão estranho uma criança conversar sozinha? E com essa grande interrogação na minha cara cheguei ao tão amado edifício escolar.
Logo que entrei na escola vi Harley, que estava a minha espera ao lado do primeiro armário.
Conversamos um pouco e logo seguimos para a aula, hoje iriamos ter uma palestra no auditório sobre ervas medicinais que ocuparia nossas aulas de física e química. Não sei ao certo por que iriamos ter essa palestra, mas qualquer coisa é melhor que química.
Como o universo resolveu conspirar ao meu favor as aulas passaram mais rápido que o previsto eu e Harley estávamos lado a lado seguindo rumo ao auditório para ouvir a palestra, eu não havia pensado em ervas medicinais como uma escolha alternativa para os 3 remédios que eu tinha que tomar todos os dias, uma para alucinações - que não funcionava - outro para ansiedade e um para dormir. Confesso que não tomo esse a mais de um mês, mas ninguém precisa saber disso, eu acho que meu ciclo noturno está regulado de uma forma que minha energia só está em funcionamento as 3 da manhã.


Chegamos no auditório e lá estava ele o homem robusto e gordo que eu havia encontrado hoje mais cedo, desviei o olhar e segui em direção ao primeiro acento vazio que avistei, sentei e aguardei para que enfim a palestra começasse.
Após longas e exaustivas duas horas, a palestra finalmente chegou ao fim. logo percebi que o homem que se intitulava Sr.Green olhou em minha direção com um olhar perverso. Ele seguiu em direção a lateral do palco e perguntou algo a Sra.Macfild que simplesmente respondeu negando com a cabeça.
- Infelizmente não teremos tempo para perguntas, mas logo será entregue a vocês um livro feito pela minha falecida esposa sobre a medicina das ervas, espero que vocês possam compreender mais com o livro do que com a minha explicação – Disse o homem.
Logo a Sra.Macfild foi até o centro do palco e anunciou o encerramento da palestra, foi seguida de uma série de agradecimentos e elogios direcionados ao Sr.Green, que provavelmente notou que a mulher estava dando em cima dele.
Minutos depois fomos liberados e aos poucos nos direcionamos à saída do auditório para enfim irmos embora da escola.


Assim que cheguei na frente de casa, percebi que havia um carro desconhecido estacionado em frente ao portão, o que significava que havia visitas.
Ótimo, como se não bastasse lidar com a ansiedade também vou ter que lidar com a fobia social, muito obrigada, escola.
Dei uma volta na casa para entrar pela porta dos fundos, passei pela cozinha tentando fazer menos barulho possível, o que obviamente não deu certo já que minha mãe entrou lá bem na hora em que fui abrir a porta.
- Lina, então você já chegou – disse minha mãe indo me abraçar. - Suba para o seu quarto, se troque e desça, temos visita. – Informou ela.
Fui em direção a escada e quando dei o primeiro passo ouvi minha mãe falar da cozinha para que eu botasse uma roupa descente. Revirei os olhos em resposta.  

Fui em direção ao meu guarda roupa, peguei um moletom e uma calça jeans. me aprontei rapidamente e desci as escadas em direção a sala.
Devo dizer que assim que bati os olhos no homem robusto e gordo que estava sentada no sofá, quase me desmoronei no chão, percebi que a surpresa não partia apenas de minha pessoa.
Era ele, o homem do auditório, o mesmo que me ajudara hoje de manhã quando eu quase cai de cara no chão,
- Lina este é o seu avô, meu pai se lembra dele? – minha mãe indagou
E foi nesse instante que eu gelei de vez, logo voltando a consciência sentei no sofá e fiquei em silencio, então era ele. 
- Olá - falei simpaticamente, tentando ao máximo não parecer nervosa - vovó me contou muitas histórias sobre o senhor. - falei, quando a vovó ainda era viva eu morava na casa dela coma mamãe, ela sempre foi minha melhor amiga, me ensinou tudo que sei sobre ervas medicinais e sobre minha “mediunidade”, se assim posso dizer. Vovó sempre me apoiou em tudo que eu fazia sempre me deu forças pra continuar seguindo em frente e sobre o vovô, bom... eu convivi com ele até os dois anos, mas logo ele teve que viajar a negócios e morou no exterior por dez anos quando ele voltou minha vó já havia falecido e perdemos contato.
Passamos o resto da tarde conversando, foi muito bom e devo confessar que o Sr.Green não era um homem gordo e nervoso apenas um homem gordo, mas ainda devo dizer que ele era o homem mais gentil que já conheci.
Antes de ir embora ele deu a mim a chave da casa da vovó para que eu pudesse ir quando quisesse e relembrar dos bons momentos que passamos juntas


Alguns minutos se passaram dês de que vovô foi embora, e após uns dez minutos mais ou menos escutei alguém batendo na porta.
Abri a porta e logo vi Harley, ela me cumprimentou e a convidei para entrar

- nossa sua casa é muito linda – comentou minha amiga enquanto observava a casa
- Obrigada – agradeci meio envergonhada, não faço a menor ideia de como agir com outras pessoas.
Minha mãe logo aparece e cumprimenta Harley

- Oi querida tudo bem – mamãe disse dando um beijo na bochecha dela
- Tudo sim – respondeu ela contente
– Me chamo Cassandra, mas pode me chamar de Tia Cassie – quando minha mãe disse isso eu corei e fiz uma careta. Nunca imaginei minha mãe pedindo pra alguém a chamar de “ Tia “
Harley deu um leve sorriso
- Então mãe ... Nós vamos lá para cima fazer o trabalho - falei apoiando uma mão em cada ombro de Harley antes de minha mãe pudesse falar mais alguma coisa que me deixasse envergonhada ou que assustasse minha mais nova amiga. - Minha única amiga -
Nós subimos para meu quarto, Harley deixou a mochila com as coisas dela no chão ao lado da cama e começou a ver algumas fotos e coisas que eu tinha nas estantes.
- Desculpa – falou ela
- Pelo o que? – indaguei
- Eu sou meio enxerida as vezes, e do nada eu entro no seu quarto e começo a mexer em tudo – comentou ela envergonhada
- Tudo bem, pode ver o que você quiser – informei
- Tá, então o que nós vamos fazer, quais são suas ideias para o trabalho? – ela me perguntou sentando na cama.
- então...

                                           *
Nós passamos horas fazendo o trabalho, até que ficamos com fome, então minha mãe trouxe alguns sanduíches para nós e um pouco de achocolatado.

  Nós continuamos a trabalhar no projeto, rimos, conversamos, fizemos nossas unhas, arrumamos o cabelo uma da outra, fizemos o que amigas fazem quando estamos juntas.
Contei para ela sobre meu passado e foi muito bom desabafar com alguém que não fosse medico e que tem a obrigação de te ouvir e tentar te ajudar.
         -   é ridículo – disse ela furiosa – quero dizer, é como se nenhuma criança nunca tivesse falado sozinha.
        - Exatamente
        - Eu falava sozinha quando era mais nova, ainda falo na verdade. Minha mãe acha que eu sou esquizofrênica por causa disso. e pelo meu tio e meu avô também serem. - comentou ela – eu também comia terra quando era criança - nessa hora eu soltei uma gargalhada alta.
        - Eu me achava estranha até te conhecer – falei
        - Isso não é justo, não bastava meus irmãos ficarem me zuando agora você também?
         - Você tem irmãos? - indaguei
         - Tenho, três, todos mais velhos, e uma irmã de dois anos – respondeu ela – e você
          - Nossa, sou filha única - disse
          - Entendi, mas agora, mudando completamente de assunto... você é qual time? – ela me perguntou
           - Como assim?
           - Time Edward ou Jacob!
           - Ah...
- Espera... Vai dizer que você nunca assistiu crepúsculo? – ela falou chocada
- Lógico que já assisti – informei - e também li os livros – acrescentei dando um gole no copo com achocolatado - só não sei qual deles escolher – dei uma risada
- Mas é fácil, é só escolher o que você mais acha gostoso e pronto – disse Harley com naturalidade. Meu rosto corou
- Eu não...
- Ah, nem vem com vergonha pro meu lado não, é sério... É tipo escolher um namorado! – Harley falou com tanta certeza que me assustou, não acho que para escolher um amor devemos olhar só para a aparência, mas sim pelo caráter e personalidade.
Eu abaixo a cabeça e digo
- é que eu nunca... Nunca namorei, então não sei como isso funciona.
- Por que não? - disse ela surpresa - Sério, já pensou quantos caras querem te pegar, você é bonita e gostosa, pode ter qualquer um pra você - ela diz pegando uma colher de brigadeiro.
- Mas eu não quero qualquer um, quero alguém que me ame, alguém que goste de mim por quem eu sou, não só pela minha aparência – digo mordendo uma bolacha
- Você é estranha Lina – ela diz em um tom amigável, normalmente eu sentiria como se as palavras fossem para me atingir, mas então ela contínua – e acho que isso é o que eu mais gosto em você!
- Obrigada, eu acho – digo, e nós ficamos nos encarando até às duas caírem na gargalhada

Passou algumas horas e nós fomos dormir.
No meio da madrugada e eu acordei com vozes. Essa era familiar, normalmente são sussurros, mas essa... eu já tinha ouvido antes.
Ela me chamou e eu a segui, paramos em uma casa velha que era muito familiar, era como se eu já estivesse ficado naquele lugar.  
No susto eu acordei, fiquei a noite toda acordada pensando na minha vontade de entrar lá, mas o medo de morrer era maior. alguma coisa chamou a minha atenção na aquela moradia, algo que poderia mudar o rumo da minha história provavelmente.

Na manhã seguinte Harley acordou e eu a chamei:

            - Harley.... Tá acordada? – perguntei sacudindo-a
            - Não mais! – ela respondeu num tom irritada
            - Se veste e vem comigo – disse apressando-a

Ela se trocou e me seguiu

- Tá, eu posso saber pra onde nós estamos indo? – disse Harley tentando colocando o casaco enquanto tentava alcançar meu ritmo
- Você já vai ver – disse

Chegamos até a casa em que eu vira ontem de noite

- Chegamos! – falei olhando para a casa de cima para baixo tentando achar algo do lado de fora.
A casa era um tom de marrom escuro com um marrom avermelhado, ou poderia ser um marrom sépeia - sei lá faltei a aula de artes nesse dia - estava quase caindo aos pedaços tinha, algumas flores mortas e outras vivas, mas o que mais se destacava era a árvore gigante atrás dela.

- Tá e o que nós estamos fazendo no meio do nada? – minha amiga indagou olhando para os lados.
- Olha... Pode parecer loucura, mas eu escutei uma voz muito familiar me chamando ontem à noite, eu a segui e paramos aqui... – disse virando para ela
- Esperai um pouco, você está me dizendo que você saiu e foi pro meio da floresta porque uma voz familiar te chamou? Sério isso? – ela franziu o cenho com um ar de confusa e de desdém
- Eu sei... Parece loucura
- É loucura – a garota me interrompeu, eu revirei os olhos e continuei
- algo ali chama muito a minha atenção – falei apontando para a casa.
- Ali onde?
- A casa
- Que casa?
- Você... não consegue ver?
- Ver o que Celina? A gente está no meio do mato!
- Eu estou com uma sensação de que eu preciso entrar lá. Não sei o porquê, mas é de certa forma é importante para mim – disse para ela
- entrar em uma casa abandonada que provavelmente está caindo aos pedaços e vai desmoronar a qualquer momento é importante para você? - comentou Harley com escarnio
- Falando assim parece besteira – mas era, Harley estava totalmente certa, eu nem sei o que estou fazendo aqui, sério... Procurar uma casa velha no meio do nada só por causa de um sonho?!
Harley suspirou e disse:
-  Então o que você quer fazer? Você não vai entrar lá, vai? – ela falou com um tom de preocupação.
- Eu estava cogitando essa ideia.... Pensei que você pudesse entrar comigo, mas pelo jeito só eu enxergo a casa – dise olhando para a construção em ruínas
- Tá então quer que eu fique aqui fora e qual quer coisa eu grito? – indagou olhando para mim
- é... Sim – respondi
- Isso tá parecendo muito filme de terror – comentou, senti um arrepio na espinha.
- Até parece .... Eu vou ficar lá por pouco tempo, só quero ver o que tem dentro! - informei indo em direção a porta da casa
- Se você morrer não vem puxar o meu pé a noite, lembra que eu te avisei – Harley falou, tentando quebrar o ar de terror, medo e morte.
- Ha ha, sua engraçadinha – dei uma risada sarcástica
- Ei, Celina.... – Começou Harley puxando meu braço antes que eu pudesse entrar na casa.
Automaticamente virei para ela
- O que? – perguntei
- Toma cuidado tá... – por um breve momento me senti tão segura perto dela, talvez foi o jeito que ela de preocupou comigo, ninguém nunca tinha se preocupado assim, nunca tive amigos assim, talvez eu realmente possa confiar nela, talvez Harley realmente queira ser minha amiga, talvez minha melhor amiga, mas.. eu não posso criar expectativas, eu já tive muitos problemas com pessoas que fingiram gostar de mim só pra me humilhar....
Eu assenti com a cabeça e fui.
     Ao entrar na casa o pó era de matar, eu andei um pouco e comecei a vasculhar em todos os cômodos, a casa parecia ter sido invadida, porque estava uma bagunça, acho que uma luta aconteceu ali.
Continuei andando até chegar em um quarto que tinha uma cama velha toda furada, com as molas aparecendo, as cortinas estavam todas rasgadas, como se algum animal as tivesse rasgado. Tinha uma penteadeira com um espelho todo quebrado, cacos de vidro por toda parte.
Logo avistei um livro marrom embaixo deles, passei a mão para tirar a poeira e no momento em que iria abrir ele, ouvi um grito lá de fora, era Harley, fechei o livro e sai correndo.

- O que aconteceu? – disse extremamente preocupada

Harley apontou para frente... lá, havia um bicho enorme
Nós saímos correndo enquanto ele estava atrás de nós
Começamos a correr o mais rápido possível até que o monstro agarrou o pé de Harley

- CELINAAAAAA – Harley gritou alto
  Quando vi a cena tentei achar algo para liberta-la, logo avistei uma pedra e taquei no monstro atordoando-o, dando chance para que Harley se soltasse. Ela ficou com o tornozelo arranhado pelas presas do monstro, praticamente quase perdeu o pé, mas acho que a adrenalina a fez levantar e continuar correndo.


Chegamos na minha casa. Quando entramos minha mãe perguntou o que havia acontecido, contamos o ocorrido para ela.

- Como era o bicho – minha mãe perguntou horrorizada
- Ele era todo preto com os olhos vermelhos – Harley falou rápido, ofegando e tentando recuperar o ar
- Parecia um cachorro – complementei
- é... e-e ele tinha uns dentes enormes e um tipo de asas gigantes; ele me mordeu, quase arrancou o meu pé! - informou ela desesperada - Mas a Lina tacou uma pedra nele
- meragog – sussurrou minha mãe
- Mera o que? – franzi o cenho tentando entender o que raios minha mãe havia falado
- Vocês viram se ele as seguiu? – ela indagou
- Sim mãe, obviamente olhamos para trás e ficamos esperando ele vir atrás da gente pra nós matar! – falei sarcasticamente o que não a deixou muito feliz
- tá, eu quero que vocês façam o seguinte – ela dá uma breve pausa para pensar - Celina quero que você vá no meu quarto abra a 3° porta do guarda roupas lá vai ter várias armas eu quero que você pegue as adagas e seu arco e se prepare pra atirar!
- Pera tá falando que você ainda tem meu arco? Eu achei... – disse surpresa.
- é uma longa história e não temos tempo pra isso, mas... – minha mãe respondeu apressada
Logo escutamos um barulho de vidro se quebrando o monstro entrara na casa

- Corram!!! – vociferou minha mãe
- Não! eu não vou te deixar aqui! – dise nervosa
- Celina, sério vocês precisam sair!! – de novo ela deu o comando de correr, se é tão perigoso assim por que ela não me avisou antes, e por que ela sabe o que é aquela coisa?
- Mas você vai morrer se ficar aqui com esse bicho – falei pegando na mão dela
- Celina, vai! Tem muitas coisas que você não sabe sobre nossa família! Então eu preciso que você confie em mim!... Se algo acontecer – ela apoia a mão em meu ombro
- Não vai! - interrompi
- SE algo acontecer – ela aperta mais meu ombro

- Não! Para! Porque tá falando isso para não vai acontecer NADA! – meu olho começou a se encher de água. Minha mãe... ela não pode morrer. Não posso deixá-la aqui.

- CELINA ESCUTA! – urrou ela - Se algo acontecer , atira nele com todas as suas flechas e se não funcionar usa as adagas, elas estão equipadas com um tipo de veneno especifico.
- Eu estou falando que isso está tipo filme de terror, mas agora tá mais pra filme de ação em uma aventura despótica – Harley falou novamente tentando quebrar o clima, acho que é normal dela fazer piadas e ser sarcástica em momentos de aflição
- Quero que você entre naquele quarto proibido – ela entregou uma chave enquanto falava - e pegue a fita que tem lá!! Veja a fita! Se eu morrer eu quero que você saiba a verdade!!
- Que verdade? Do que você tá falando? – indaguei extremamente aflita com a situação.

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