Meu Professor É O Diabo

sweet and bitter love

Kat P.O.V

Meu dia começou até que bem, Paul veio me ver logo cedo, tomamos café juntos e decidimos ir dar uma volta pela cidade. Crowley anda saindo muito e nunca diz onde vai, então acabo passando a maior parte do dia sozinha. Eu estava gostando da atenção que Paul estava me dando. A tarde voltamos para o castelo, exploramos várias partes dele, estamos em uma grande sala, na verdade era uma espécie de biblioteca particular, tinham muitos livros de diversos temas. Eu estava lendo um livro que se chamava "a lenda do conde de Branblood", extremamente fantasioso. Já Paul lia algum diário antigo. Estávamos só com as vozes dos nossos pensamentos até que decido quebrar o silêncio:

- Sabe.. Tudo aconteceu tão rápido. - Digo e Paul abaixa o livro que lia

- O que aconteceu tão rápido? - ele pergunta intrigado

- Quem diria que uma conversa tão boba definiria o que somos hoje

- Iiih, Katrineeee! Mente vazia é oficina do diabo! Vai se ocupar - ele diz e ri, sei que não gosta das minhas reflexões, no fim sempre faço ele questionar as própria escolhas

- Deixa de ser bobo! Eu tô falando sério, se eu não tivesse saído tão cedo de casa, você provavelmente não teria me visto naquela escada e nós não iríamos ter aquela conversa boba. Na real eu nem sei explicar direito o que aconteceu naquele dia, eu nunca acordava cedo

- É o destino, somente isso. Nada acontece por acaso, se não acontecesse naquele momento iria acontecer em outro. E se te serve de consolo, eu sempre te achei uma gata

- Eu nunca achei que alguém iria conseguir me aturar por tanto tempo! Afinal já se faz quase 1 ano desde aquele dia, e um ano é bastante tempo. E em nenhum momento você se quer pensou em desistir de mim

- Eu nunca desistiria de você. E olha que a Mira tentou muito viu, sempre com aquela conversa "aí ela só uma criança" - Ele diz imitando a voz da Mira, dou risada com a imitação - Nesse último ano eu aprendi muito com você, você me ensinou o que é amar, e que a vida ainda vale a pena. Passamos por tantas coisas, e superamos cada uma delas.

Agora quem tá reflexivo é ele! Droga tô começando a chorar

- Nós tivemos nossas brigas... Muitas brigas, muitas mesmo - digo com lágrimas nos olhos - e nunca desistimos.. quero dizer, você nunca desistiu de mim.

- Ei, não chora! Por que você tá chorando? - ele diz se levantando e vindo até mim

- Eu tô sensível tá legal?! Não força! - ele estende a mão para eu me levantar e o abraço chorando

- Kat, você tem todos os motivos do mundo para estar com raiva e desconfiar de cada palavra que eu te digo, mas quero que entenda que estou e sempre vou estar do seu lado. Por mais que briguemos a cada meia hora, por mais que você esteja sempre gritando comigo, eu não consigo ficar sem você. Mesmo que agora eu não seja a melhor versão de mim, eu vou me esforçar para que "a gente" - ele diz colocando a mão na minha barriga - vire "nós". Eu te amo e já te disse isso, sei que não foram tantas vezes e peço desculpas por isso, quero muito que você me entenda e perdoe as minhas falhas, eu quero o nosso melhor!

Me sento novamente na poltrona que estava, essas palavras foram um baque pra mim, não estava mais chorando, mas provavelmente estava com o rosto todo vermelho

- Eu quero o nosso "nós", mas já te disse, é complicado!

- Não vai ser complicado se você deixar! Para de ser egocêntrica e confia em mim.. por nós - ele diz e se abaixa na minha frente, ficando na minha altura - Posso? - ela aproxima a mão da minha barriga

Afirmo com a cabeça

- Filho, por favor não seja igual a sua mãe, extremamente egocêntrica, se não eu vou acabar em um manicômio! - ele disse isso mesmo? Dou um tapa de leve na cabeça dele - aiii! Isso doeu viu.