CAPÍTULO 16 - uma nova Família

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Onde a Sakura estava com a cabeça? pensei, não estava preparado o suficiente pra escutar suas respostas. Mas aconteceu, ao menos agora meus sogros serão avós. Mas e se eles não aceitassem? Bom, não importa.

Kizashi leva as mãos até a boca, sem acreditar no que estava havendo

— Isso é verdade mesmo? — pergunta o pai de Sakura, perplexo.

Não consegui ler sua reação, não sei se teria ficado extremamente decepcionado, se apenas estava em choque com a notícia repentina, se ele iria me fuzilar com os olhos. Pensei mil e uma coisas, mas não estava preocupado comigo, estava preocupada com ela.

Olhei para Sakura, pareceu arrependida por ter se precipitado tanto, talvez seria melhor esperar um pouco. Mas na verdade não era:

— Oh Sakura, não acredito! eu amo bebês! nem acredito que serei avó! — diz Mebuki após quebrar o silêncio de tensão, o que fez com que eu e Sakura nos entreolhássemos espantados.

— Não sei se gosto disso não, Mebuki — diz Kizashi, ao levar a mão que estava na boca até o ombro de Sakura. — como você se sente, Sakura?

— Pai, eu estava com medo. Na verdade, ainda tô com muito medo. — Ela olha nos meus olhos, que começam a marejar, abrindo um sorriso — se aconteceu é porque deveria ter acontecido. Eu tinha medo do que isso significava, mas, por que ter medo? eu já o amo mesmo sem saber de quem estamos falando.

Não consegui me controlar, depois de tanto tempo, depois de tantos anos, meu coração simplesmente não se aguentou. Chorei. Chorei de felicidade, chorei de raiva por ter cogitado que um bebê não seria bom. Chorei porque finalmente teria uma família. Chorei porque vou ser pai, porque vou poder ensinar a esse bebê tudo que sei. Chorei porque sei que de onde meu pai estiver, com certeza está muito feliz por mim.

Na verdade nunca na vida passei por um momento tão melancólico como esse. Tanto que quase não me sinto eu mesmo, mas, ao mesmo tempo, sinto que sou mais eu do que nunca.

Me ajoelhei novamente, mas dessa vez por um momento diferente. Beijei a barriga que agora carrega meu bebê:

— Eu também amo meu filho, ou filha. — disse tão feliz, que parecia que meu coração iria transbordar.

No dia seguinte, estava tão feliz que todo mundo me olhou estranho quando fui trabalhar. Estava determinado a fazer algo para Sakura, algo que fizesse com que ela se sentisse segura. Então, meu passaporte para isso acabava de entrar pela sala:

— Shikamaru, pode entregar esse bilhete para Sakura em mãos? Sei que você não vai fazer isso mas vale reforçar, não lê o bilhete, fazendo favor! — digo ao dar uma pequena risada.

— Parece até que você não me conhece! Não iria espiar nem se você mandasse eu entregar pra Temari — disse ao erguer uma sobrancelha e rir de volta.

— Por isso eu gosto de você. Não consigo imaginar alguém melhor pra essa função.

Escrevi a carta com o sorriso mais verdadeiro, me senti bobo e apaixonado, mas muito feliz.

O dia passou voando pois estava extremamente ocupado com o trabalho acumulado, porque nos últimos dias estava tão distraído que procrastinei tudo que tinha que fazer

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O dia passou voando pois estava extremamente ocupado com o trabalho acumulado, porque nos últimos dias estava tão distraído que procrastinei tudo que tinha que fazer

A lua tava bem bonita, fui para casa cansado e distraído ao mesmo tempo. Tomei uma ducha rápida e me vesti rapidamente, queria estar lá antes dela.

Já era 6:50 e peguei uma cesta de algumas coisas que preparei, não são tão gostosas como as comidas que ela faz, muito menos como a mãe do Naruto fazia pra nós, quando o dia era puxado ou voltávamos de missão com Minato-sensei, mas fiz o meu melhor.

Cheguei lá bem rápido, e como hoje era meu dia de sorte, ela ainda não estava lá. Preparei tudo e sentei num tronco de árvore esperando. Dessa vez tinha sido inteligente, levei um cobertor e alguns travesseiros pro caso de ela sentir frio.

— Kakashi, você já está aqui! — disse ela em pé enquanto me olhava sorrindo. — Achei que fosse demorar.

— Não podia deixar você e o nosso bebê esperando — disse baixando a máscara e retribuindo o sorriso. — Olha, eu cozinhei umas coisas, não ficou tão gostoso como as que você faz, mas juro que dei o meu melhor.

— Tenho certeza que tá muito bom — disse enquanto se aproximava para sentar ao meu lado

Coloquei alguns travesseiros pra ela se sentir mais confortável.

— Ei, tô começando a achar que você acha que eu quem sou o bebê. — disse ela rindo do meu paparicado.

— E quem disse que não é? — retribui o riso, dando um beijo nos seus lábios

Tentei ser carinhoso e cuidadoso, como se ela fosse uma boneca de porcelana que pudesse quebrar, não queria que ela sofresse nenhum risco.

— A última grávida com quem lidei foi Kushina, a mãe do Naruto — disse com um ar nostálgico — Eu tinha recebido a missão de cuidar dela durante toda a gestação.

— Então você conheceu o Naruto antes de todos, que legal! — disse, sorrindo — Mas eu ainda não perguntei, por que você escolheu esse lugar?

— Porque eu queria reviver aquele dia, nunca fui dos mais românticos, mas pra você... — fiz uma pausa enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás de sua orelha — ... eu tento melhorar sempre.

Ela corou me olhando, e eu me sentia um bobo por estar falando coisas que nunca pensei em falar pra ninguém.

— Ei, quer saber o nome que eu pensei pra caso seja menina? — perguntei

— Qual?

— Sayuri, se for menina — disse, fitando seus olhos nos meus — Significa pequeno Lírio, simboliza pureza e delicadeza. Vai ser minha florzinha, assim como você, minha cerejeira.

Que lindo! — disse, corada — se for menino quero que seja Yuji, bravo, corajoso e gentil, assim como o pai.

Nós dois permanecemos em silêncio, aproveitando o momento, sentindo a brisa passar pelos seus cabelos e espalhar seu cheiro de lavanda. Eu, ela, Sayuri ou Yuji.

Só Kakashi está bom (KakaSaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora