49.2 - The runaway dinosaur

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*capítulo longo

– Por que você me trouxe aqui? – Barry perguntou ainda olhando o túmulo de sua mãe.

Henry estava de pé com as mãos dentro do bolso de seu casaco, enquanto Barry tentava evitar as lágrimas que queriam escapar diante de sua mãe.

– A morte da sua mãe aconteceu com você, Barry. Tornou a pessoa que você é, mas você aceitou? Aceitou mesmo perdê-la? – Henry fez uma pausa e Barry permitiu que uma lágrima deslizasse pela bochecha. – Talvez seja por isso que você não conseguia vir aqui. Porque isso tornaria real.

– Eu sei que é real. – Barry sugou o ar várias vezes, tentando normalizar sua respiração. – Todos os dias, eu sei. Eu tive uma chance de salvá-la. Você viu o que eu escolhi.

– E está em paz com essa decisão?

– Em paz. – Barry riu, como se não acreditasse na pergunta do Henry. – Como alguém pode ficar em paz deixando a sua mãe morrer? Decidindo que a sua própria vida é mais valiosa do que a dela?

Henry andou até o Barry e se agachou ao seu lado.

– Acha mesmo que sua mãe iria querer que você morresse por ela? – Henry perguntou. – E todos que o Flash salvou como resultado dessa decisão... e eles? As vidas dessas pessoas também têm valor?

Antes que Barry desse alguma resposta, ele viu o vulto se movimentar bem na sua frente. Ele parou e "olhou" para o Barry, depois correu novamente.

– Não tenho que ouvir isso. – Barry levantou e fechou as mãos em forma de punho. – Tenho que ir pra casa.

Barry começou a correr atrás da sombra novamente para tentar voltar para a sua terra.

⚡⚡

Já era noite quando Barry encontrou o vulto que ele tanto perseguia. A sombra passou na sua frente e correu para dentro de uma das casas da rua, que por coincidência era a casa de infância do Barry.

Barry hesitou um pouco, mas entrou no local e caminhou pelo interior. Na sala onde o Joe estava no começo, havia agora uma mesa no lugar e uma pessoa estava sentada em uma das cadeiras.

– Mãe?

Barry olhou a Nora Allen e ela sorriu para ele com orgulho.

– Oi, Barry.

Barry se sentia ainda mais emotivo do que quando chegou aqui dentro do seu quarto de infância, parecia impossível acreditar no que ele estava vendo.

– Você não é minha mãe. Por que está fazendo isso comigo? – Barry perguntou, deixando que outras lágrimas escorressem pelo seu rosto quente.

– Não estamos fazendo nada com você, querido. – Nora balançou a cabeça suavemente. – Só está cansado demais. Sente-se, Barry, sente-se.

Barry hesitou, mas se sentou. Ele demorou alguns segundos para finalmente olhar a Nora, mesmo ela não sendo a sua mãe. Aquele sentimento de perda era o mesmo que Athena sentiu quando soube da morte do seu namorado.

– Você tinha razão o tempo todo. Eu não aceitei. – Barry revelou. – Nem por um segundo. Acho que eu nunca vou aceitar.

– Meu menino lindo. – Nora levou sua mão até a mão do Barry e a segurou com delicadeza. – Tem que achar um jeito.

– Como?

– Eu não sei. – Nora sorriu. – Mas eu sei disso: O que se tornou é maravilhoso, um milagre inclusive, mas não vai fazer coisas ruins pararem de acontecer com você. Nem o Flash pode correr mais rápido que as tragédias do universo. Você tem que aceitar isso. E aí você pode verdadeiramente correr livre.

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