7 - Marcas de Amor e Dor

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"O que faz aqui?" Sakura exclamou, assustada ao ver Neji parado em frente à sua porta, quando abriu-a.



Era terça-feira ainda de manhã e o inverno ainda estava ameno. O sol das 9 h brilhava forte.



"Eu quero explicações, você estava me traindo desde quando, Sakura?" Ele veio andando em sua direção e Sakura puxou a porta para obstruir a passagem do Hyuuga.



Neji segurou a porta. "Abra essa porta, Sakura". Ele advertiu.



"Não. Vai embora Neji. Terminamos, você mesmo disse naquela mensagem de uma única linha, logo após me deixar sozinha em um lugar desconhecido as 2 h da madrugada de sexta. Eu não te devo explicações, mas não te traí, não éramos mais namorados".



Os olhos do Hyuuga se encheram de ódio, ele empurrou a porta com força fazendo com que Sakura tivesse de soltá-la e recuasse.



Ela ficou com medo, nunca vira o namorado com tanta raiva, não direcionada a ela, e então correu para dentro do antigo quarto de Mebuki, que era o mais próximo e trancou a porta. Neji, por pouco não alcançou pelo pulso.



Alguns momentos de tensão se passaram e o Hyuuga do lado de fora da porta esbravejou muitos insultos para ela. Então tentando controlar-se para não derrubar a porta, ele se afastou a passos nervosos e começou a sair.



"Vá e não volte mais, nunca mais!" Sakura gritou de dentro do quarto para ele que já estava próximo da sala novamente.



Quando ela não pode mais ouvir os passos do Hyuuga no chão de madeira tradicional, ela destrancou a porta e foi para a sala, assustando-se ao encontrá-lo lá parado. O rapaz fingiu ir embora para que ela saísse.



"Agora você vai me ouvir!" O Hyuuga a pegou pelos cabelos.



Depois disso foram muitos insultos que ela recebeu. Alguns dos quais, os mais leves, ela contaria para Hinata na sexta-feira. No entanto, havia coisas anteriores a essa briga, ações, situações e palavras que a feriram profundamente em sua relação com Neji que a marcaram profundamente e ela prometeu nunca dividir com ninguém...



[...]

"E então, Sakura, como foram as coisas com Neji?"



A Haruno soltou uma lufada de ar, descontente, as palavras rudes gritadas por seu namorado... (bem, não mais) ainda soavam em sua mente e feriam sua alma e seus ouvidos.





"Vagabunda! Como pode?!"



"Você vai se arrepender, Sakura. Vai se arrepender!" O Hyuuga apontou o dedo indicador para ela, enquanto a olhava com ódio. Então avançou para ela.



"Você não é nada. Nada sem mim, está ouvindo?! Sua mamãezinha foi embora e meu pai não colocará mais comida na sua boca. Há! Ele queria que eu me casasse com você, eu não quero uma vadia!" O Hyuuga abriu a porta com tanta força que ela bateu na parede. Ele então caminhou a passos rápidos e nervosos para sua maserati azul.



Sakura o acompanhou com o olhar, Neji parou próximo a porta de seu carro que estava estacionado na frente de sua casa; e colocando ambas as mãos sobre a cabeça, ele deu as costas para ela, recostando-se na porta de seu carro. A raiva atingia níveis altíssimos nele.



Respirando com força tudo o que podia e tentando se acalmar, o Hyuuga virou-se e fitou-a parada na porta de sua casa. A Haruno estava amortecida, suas lagrimas caíam copiosamente, a ponto de ela não conseguir segurá-las.



Madara, uma Harley e Rock 'N Roll (MadaSaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora