Naquela correria, após conseguirem despistar o monstro, eles se separaram involuntariamente. Fabrício ficou com Mari e Marque, enquanto Vitinho e Bia seguiram juntos. No entanto, a situação piorou ainda mais quando perceberam que haviam deixado para trás algumas munições cruciais.
Bia e Vitinho continuavam avançando pela densa floresta, suas lanternas lançando feixes de luz apenas para iluminar o caminho à frente. Mantinham-se alerta, com a esperança de localizar Fabrício, Mari e Marque. O silêncio na floresta era quase ensurdecedor, quebrado apenas pelos sons noturnos dos animais e pelo vento sussurrante nas folhas das árvores.
A estranheza da situação aumentava, a floresta parecia estar mais escura do que nunca. Vitinho e Bia tentavam desesperadamente identificar as lanternas dos outros, mas tudo estava envolto na escuridão.
Vitinho - Bia, precisamos ter cuidado, o bagulho tá louco agora. Não sabemos do que esse bicho é capaz de fazer. Além disso, a floresta parece estar mais escura do que o normal. Não consigo ver sinal algum das lanternas deles.
Bia - Tenho a mesma sensação, Vitinho. Isso está estranho e estou ficando nervosa. Precisamos encontrar todos logo, mas temos que fazer isso sem atrair a atenção da criatura.
Vitinho - Acredito que o ARAJA pode estar atrás do Fabrício agora. Temos que nos apressar para encontrá-lo. Não sabemos se ele está sozinho ou com os outros.
Enquanto isso, do outro lado da floresta, Fabrício, Mari e Marque avançavam silenciosamente, tentando não fazer sons. O medo os envolvia, e qualquer som estranho os deixava em alerta.
Mari - DROGA, COMO CONSEGUIMOS NOS SEPARAR DELES?
Fabrício (sussurrando) - Não sei, Mari. Por favor, fale mais baixo. A situação não está boa para gritos.
Mari - MAS PRECISAMOS ENCONTRÁ-LOS, FABRÍCIO. COMO PODEMOS FAZER ISSO?
Marque - MARI, POR FAVOR, FIQUE QUIETA. VOCÊ PODE CHAMAR A ATENÇÃO DA CRIATURA!
Mari - EU SEI, MARQUE, MAS COMO VAMOS ENCONTRÁ-LOS?
Do outro lado, Vitinho e Bia continuaram avançando, e de repente, ouviram vozes distantes, abafadas pela vegetação, assim eles pararam e se entreolharam.
Bia - Você ouviu isso, Vitinho?
Vitinho - Sim, Bia, ouvi. Vamos com cuidado na direção do som, acho que são eles!
Bia - Realmente, parecia ser a voz de Mari.
Vitinho (pensando) - Por um lado isso é ruim, se conseguimos ouvi-los nessa distância, a criatura também pode ter ouvido, precisamos ser rápidos!
Dessa forma, eles avançaram em direção ao som, prontos para qualquer eventualidade. A tensão era palpável, e o medo da criatura os impelia a continuar a busca.
Enquanto isso, Fabrício, Mari e Marque continuaram a procurar seus amigos em silêncio, quando ouviram algo se aproximando na escuridão da floresta. Seus corações aceleraram, e eles se esconderam atrás de algumas árvores, segurando suas facas.
Fabrício (sussurrando) - Alguém está vindo...
Esperaram em silêncio, com os olhos fixos na direção do som que se aproximava. O terror e a incerteza os envolviam enquanto a coisa se aproximava.
Fabrício olhou mais atentamente e viu algo a cerca de nove metros de distância.
Fabrício - O QUE É AQUILO?
Marque - Fabrício, fale baixo!
Fabrício (gaguejando) - TEM... TEM... ALGO ATRÁS DAQUELAS ÁRVORES!
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ARAJA - O Que Se Esconde Por Trás Das Sombras? (LIVRO 01 - Concluído)
HorrorDesaparecimentos enigmáticos, cadáveres descobertos nas proximidades de um parque ecológico e um medo profundo que se instala na cidade a cada inverno. Essa narrativa parece tirada de um conto de terror, mas a realidade é ainda mais aterrorizante. E...