Prólogo

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PROLOGO

Megumi e Sukuna já estavam juntos à exatamente dois meses. Eles se conheceram na biblioteca onde o Fushiguro trabalha.  O mais velho - Sukuna - havia parado no estabelecimento por acaso, em um dia chuvoso. O rosado na data, saiu de casa para uma caminhada rotineira, e, até foi avisado pelo aplicativo do celular que choveria, porém, não ligou e acabou por não levar o Guarda-chuva, e,mesmo que tenha pegado um resfriado mais tarde, agradeceu por não ter levado. Quando o Ryomen entrou no local, estava completamente encharcado, já respirando. E como um anjo, ele apareceu, com seu sorriso doce, um olhar tímido que desviava a cada segundo, o oferecendo uma toalha seca para ele - que, segundo ele, isso acontecia algumas vezes, então deixava algumas atrás do balcão. -, demonstrando-se preocupado com um completo desconhecido. Sukuna não reparou, mas ficou um bom tempo encarando o rostinho angelical do, até então, desconhecido, até que este se cansou e começou a dar tossidas claramente falsas. Murmurou um "desculpa" e logo um "obrigado", aceitando de bom agrado o pano, e secou seu rosto, braços, pescoço e cabelos. Demorou um pouco para a chuva passar, Megumi desligou o ar-condicionado para o outro não sentir mais frio do que sentia por ter pegado chuva.  E então, Sukuna puxou assunto e assim iniciaram uma conversa, o celular do Fushiguro havia descarregado e só tinha os dois ali, logo, eles seriam uma boa companhia um para o outro. Em duas horas de conversa, descobriu várias coisas sobre o garoto. Se chamava Megumi Fushiguro, vinte e cinco anos, gosta de relatos de terror, adora cachorros, tanto que tem dois, se divorciou recentemente e do fruto desse relacionamento nasceu Eiji Fushiguro, um garotinho de cinco anos. E deu para perceber que era bobinho pelo filho, da forma que falava. Estavam tão entretido na conversa que somente perceberam que a chuva havia passado ao Megumi olhar para o relogio de parede e lembrar que seu expediente já havia acabado e como algumas outras vezes, um homem alto - muito alto - de cabelos completamente brancos, olhos azuis que não dava para ver direito por causa do óculos escuro que usava, chegou chamando pelo Fushiguro na maior intimidade. Cogitou a ideia de ser o namorado dele, mas se lembrou que ele dissera minutos mais cedo que estava solteiro, e ao ver um garotinho de cabelos brancos igual do outro pai, mas que tinha a mistura dos dois, e os olhinhos verdes idênticos dos de Megumi, sentado no banco de trás do carro do albino - que descobriu se chamar Gojo Satoru algum tempo depois - percebeu ser o ex dele.
Sukuna começou a passar lá semanalmente pegar alguns livros, mas o que ele queria mesmo era ver e falar com o Fushiguro, o que foi se tornando algo diário. Estava nitidamente apaixonado por ele, e somente quando admitiu isso para si mesmo que teve coragem para se declarar - direito a buquê de girassóis, as favoritas dele, e chocolates. Estava sendo algo que jurou nunca seria, cafona e brega - e totalmente, completamente, extremamente apaixonado. Tamanha foi sua felicidade ao Megumi aceitar, apesar de perceber os olhares que este lhe lançava, e o rubro em seu rosto ao elogia-lo, nunca pensou que ele sentia o mesmo por si, achava que era coisa de sua mente fértil.

Sabe o Eiji? Sim, o filho do namorado. Sukuna havia o conhecido alguns meses atrás, quando ele e o "crush" eram apenas amigos. O garotinho o adorou, o achava super engraçado e gostava bastante de suas tatuagens, mas depois que começou a namorar o pai dele, Eiji passou simplesmente a odia-lo. No início, achou que era somente ciúmes, porém, algum tempo depois descobriu que não era aquilo. Segundo o pequeno, Megumi era somente dele e do "papai Gojo", mesmo sabendo que, eles tinham se separado e que agora eram apenas amigos. De fato, Eiji não aceitava isso.

[...]

Era mais um daqueles dias que buscava o Fushiguro mais novo na escola, a pedido de Megumi, e de bom agrado aceitava. Gostava da criança apesar das "ofenças" que este lhe lançava diariamente. Admitia, ficava triste por saber que ele não aceitava sua relação com o pai, pois ele é o filho do cara que ama, meio que tinha que ter a bênção dele. Parou ao lado do portão verde da escola, e no mesmo instante, o sinal ecool pelo local, e antes que habitava o silêncio, agora um monte de crianças amontoadas e gritando, de encontro ao seus pais, irmãos, tios e até mesmo avós.  Quando avistou o garotinho, ele tinha um sorriso nos lábios ao se despedir dos amigos, mas ao se virar para si, tratou de por uma carranca no rosto, como se fosse automático.

- Você demorou - resmungou ele, passando reto pelo padrasto. Mesmo que Sukuna chegasse minutos antes do sinal bater, ele dizia aquilo, seguido de : - Papai Gojo nunca demora.

O rosado suspirou, segurando na mochila do garoto enquanto andava, já que este não permitia ser segurado pela mão. É, teria um longo dia.

Você não é meu pai! | SukufushiOnde histórias criam vida. Descubra agora