Não era pra ser você!

ele conseguiu

Ele conseguiu...

Mais uma vez Rafael Armstrong conseguiu me ferrar!

As vezes me pergunto como um garoto de 17 anos, pode ter uma mente tão maligna? Mais se tratando do Rafa, isso não me surpreende nada.

Tentei me explicar, mais é claro que não adiantou nada, e por fim como castigo- por algo que eu não fiz- fui suspensa por 2 dias e vou ter que fazer um trabalho do tamanho do mundo.

Definitivamente isso não vai ficar assim. Ah não vai mesmo!

Voltei pra minha sala, entrei de uma vez e estava pouco me lixando para as pessoas que me olhavam, e com muita fúria fui em direção a minha mesa e peguei minha mochila, quase derrubei-a com tamanha raiva que puxei.

Andei pela sala e fui em direção a porta mas antes de sair,virei em direção ao Rafa, lancei um olhar de fúria e de: "você me paga " , para o cretino, que estava sentado em seu lugar, tranquilo como se nada tivesse acontecido. Ele logo percebeu meu olhar e me lançou um sorriso malicioso e cínico em resposta.
A minha raiva só aumentou e se eu não saísse agora, provavelmente seria capaz de voar em seu pescoço e arrancar sua cabeça.

Sai de vez da sala e fui direto ao portão. Marcos me avistou, com o semblante confuso abriu a boca para resmungar algo, porém fui mais rápida e rapidamente levantei uma das mãos em protesto e rosnei:

-nem pergunte! - e sai com passos pesados, sem nem esperar uma resposta.

Depois de um minuto sem saber oque fazer, resolvi andar pela cidade até chegar a hora certa de voltar pra casa.
Não demorou muito e resolvi parar em um lugar-não dava pra andar por aí como se nada tivesse acontecido.
Parei em um parquinho perto da escola, onde crianças brincavam e riam sem se importar com a altura dos risos, que tomavam conta de quase toda região do Parck.

Eu gosto disso. Dessa alegria, dessa animação, dessa emoção, dessa diversão mas no momento tudo que eu mais queria- e precisava- era de um pouco de silêncio.

Passei por todo aquele barulho e fui até uma grande árvore, com flores rosas, algumas ainda aflorando e a observei de perto. A árvore era perfeita ninguém ia muito lá, não se escutava muito o barulho das crianças do Parck e eu sabia que ali eu poderia ficar em paz.

Sentei me junto às raízes da grande árvore, tirei minha mochila do ombro e a coloquei ao meu lado, dobrei minhas pernas e abracei meus joelhos encostando sobre eles o meu rosto que se contraia, e já não suportando mais a agonia, a dor, a solidão, a raiva e tudo de mais ruim que atingia meu coração. naquele momento, deixei-sem poder impedir- que as lágrimas que já estavam guardadas a muito tempo, começassem a cair sem nenhum aviso de quando parar.

Não há como explicar quão grande é a dor que estou sentindo.
Por muito tempo deixei meu sofrimento de lado, me proibindo até mesmo de chorar. Depois do que havia acontecido com minha mãe , prometi a mim mesma que não iria passar a vida deprimida, chorando pelos cantos e deixando a minha vida de lado. Iria levantar a cabeça e seguir em frente, e nunca mais ia deixar que nada me abalace.
Mais infelizmente isso não foi possível pois Rafael Armstrong, havia conseguido o improvável

♥♥♥♥♥♥

Chorei por várias horas, e com o bumbum doendo e com o rosto molhado, decidi que não podia passar o resto da minha manhã ali chorando por causa do Rafa.

Levantei no impulso, pegando minha mochila e limpando o resto de lágrimas que ainda teimavam em cair.
Segui em direção a parada de ônibus perto do Parck, decidi dar uma volta pela cidade nele. não podia ficar ali, ver aquelas crianças brincarem com seus pais, só aumentava a minha dor, pois crescer sem minha mãe não foi nada fácil.
Enfim peguei o primeiro ônibus que passou, destino ao centro da cidade.
Entrei dentro do ônibus que levava apenas 3 passageiros- um homem velho e duas mulheres- sentei atrás do homem, no acento perto da janela, encostei minha cabeça nela e peguei meu celular e o fone e coloquei a minha música favorita que a muito tempo não causava um impacto tão forte em mim como agora!
E ao som de: skyscraper de Demi Lovato, segui indo em direção ao centro.

Skies are crying
I am watching
Catching teardrops in my
Hands

A cada letra dessa música, mais meus sentimentos afloravam e me deixavam totalmente exposta ao uma mistura terrível de dor e ódio.

Only silence, has its ending
Like we never had a chance
Do you have to make me feel Like
There's nothing left of me?

Nesse momento minhas lágrimas (teimosas) começaram a escorrer.

You can take everything i have
You can break everything i am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I well be resing from the grounde
Like a skyscraper
Like skyscraper

Meu coração dilacerava de ódio, de tristeza e de dúvidas. Como ele pode fazer isso comigo?! Poxa nos éramos amigos, tínhamos uma amizade forte e verdadeira daquelas que nem mesmo um terremoto poderia separar.
Eu não entendo porque tanta raiva? Porque tanto ódio?- minhas lágrimas caiam cada vez mais forte- Oque aconteceu para que aqueles dois adolescentes melhores amigos- que poderiam ser protagonistas da velha história do mais que amigos- se tornarem inimigos declarados?
Perguntas como essas atormentavam minha mente, passavam como um filme em minha cabeça. Porém de todas essas perguntas duas me atormentavam especialmente:

Oque aconteceu com o Rafa que eu conheci? Será que ele ainda existe?

E cada vez mais eu tenho certeza de que a resposta para essas perguntas não são nem um pouco positivas, pelo contrário cada vez vejo que nossa amizade nunca mais será com antes.

NUNCA MAIS!

♥♥♥♥♥♥♥♥

Tadinha da Tori!!!

Desculpem pela demora espero que tenham gostado.

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