-ate que em fim bela adormecida!-digo para Sofia que acaba de acordar.
Ela boceja- estou pensando seriamente em voltar ao meu sono da beleza...
-se eu fosse você não faria isso, porque -acredite- não esta funcionando, sua cara está péssima...
-obrigada priminha pela sua sinceridade. Mas eu dispenso- ela dá um sorriso falso e se senta na cama.
Sorrio e me sento ao lado dela.
-cadê minha mãe? -ela olha o quarto todo.
-ela teve que ir em casa pegar algumas coisas pra ela e pra você.
-e quando ela foi? - pergunta Sofia.
-não faz nem dez minutos. Disse para ela aproveitar e tomar um banho, descansar um pouco, então acho que ela não demora muito, pois ambas sabemos que ela só vai pegar o que precisa e voltar correndo pra cá.
-mães- dizemos as duas em uníssono e sorrindo logo depois.
Sofia parecia bem melhor, sorridente, alegre e até com a saúde em melhor estado. Acho que a notícia de que Deymon passava bem deve ter sido como um remédio para ela.
Quando contei a ela, vi seus olhos se encherem de água e seu sorriso alcançar o limite de seu rosto. Claro que devido a isso tive que ocultar a parte da " namorada" , até por que eu não tinha total certeza se isso realmente procedia.
- foi até bom ela ter ido,- Sofia me olhou intrigada- assim podemos conversar sem ninguém interromper.
-sobre o que exatamente? - curiosa ela se mexe na cama.
-sobre o que aconteceu. Sobre o encontro. Sobre você não ter voltado na hora marcada. Sobre o incêndio e principalmente sobre isso.- aponto para a parte da seu ab domem que se encontra totalmente enfaixada.
Percebo que o olhar de Sofia se torna distante.
-eu não me lembro muito bem...- ela coloca a mão em sua cabeça como se estivesse doendo- eu só me lembro de estar lá dentro da biblioteca com Deymon. Nós estávamos conversando e ouvimos um barulho na parte escura da biblioteca, quando tentamos nós aproximar...uma das estantes da biblioteca começou a cair em cima do Deymon, ele não percebeu,- os olhos dela marejaram e ela segurou a cabeça com as duas mão e com mais força- foi tudo muito rápido, a estante,o vulto, o fogo começando eu não sabia o que fazer, então antes que Deymon fosse atingido eu não pensei duas vezes, o empurrei com toda a minha força, mas já não tinha mais tempo para sair os dois por isso a estante acabou caindo em cima de mim.- as lágrimas caíram de seu rosto, e foi quando percebi o quanto doía, lembrar dessa situação.
-Sofia não precisa...
-não Tori, me deixa terminar. Eu preciso contar a alguém.
Assenti e fiquei calada esperando ela continuar.
-depois disso, a biblioteca inteira estava cheia de fumaça escura, eu tentei me levantar mas o peso da estante era demais e a fumaça estava me deixando fraca. Deymon foi mais forte, não parava de gritar vai ficar tudo bem. Lembro de ter dito a ele para ir embora e me deixar, mas ele não fez isso, pelo contrário não parou nem um momento de tentar levantar a estante. Eu já não aguentava mais, já não tinha mais força alguma e minha consciência estava indo pros ares, mas antes de adormecer ainda pude o ouvir dizer vamos sair daqui juntos! É uma promessa. Depois disso eu acordei aqui neste quarto no momento que você é a minha mãe estavam entrando. -ela ainda estava chorando mas percebi que aos poucos voltava ao normal.
-eu sinto muito Sofia- tentei consola-la.
-agora você entende né?- ela se endireita na cama e olha fixamente para mim- entende por que preciso tanto vê-lo, saber como está, preciso ver com meus próprios olhos que ele está bem e fora de perigo.
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Não era pra ser você!
Storie d'amoreVictoria Bennet, é uma garota simples, simpática que alem de lidar com a morte de sua mãe, vê seu mundo inteiro virar de ponta a cabeça, após descobrir o maior segredo de Rafael Armstrong um de seus pesadelos na escola - pode se dizer que eles não s...