Sirius Black

56 7 0
                                    

Sirius Black, esse nome atingiu Remus como uma bomba, causando-lhe várias emoções ao mesmo tempo. Felicidade, tristeza, mas principalmente raiva. Ele só queria atirá-lo lá para fora e deixá-lo afogar. No entanto controlou-se. Pelos vistos a ajuda de que Tom precisava era para conseguir encontrar Sirius. Então o que ia salvar a Humanidade eram eles os dois?

-Pedimos desculpa pela aparição brusca. Sou o Tom Riddle.

-Espera lá, foi isso que ele me disse, exatamente o mesmo. Que estranho. Parece que treinou ou decorou falas.- pensou Remus para os seus botões.

-Está muito frio.- disse Sirius, apesar dele estar envolto em várias mantas e toalhas.

-Sim claro.-e Riddle aproximou um isqueiro aceso perto do rosto do Black, que, surpreendentemente, ficou logo melhor.

-Como é que uma chama minúscula de um isqueiro aquece melhor que várias toalhas e mantas?-interrogou-se Lupin, mas não disse nada.

-Acredito que a sua mente esteja um pouco baralhada neste momento, mas não se preocupe. Vamos levá-lo connosco para a sua nova casa.

Casa. Isso despertou um memória da sua vida passada.

Sirius estava a passear pela praia e conseguia distinguir um vulto ao seu lado, mas não lhe conseguia ver o rosto.

-Tu és a minha casa Moony, e eu nunca vou deixar a minha casa.- diz ele ao vulto.

De repente, ele toca a cintura da pessoa ao seu lado e começa a rodá-la. Quando Sirius está prestes a ver a cara da pessoa...

-Ei, estás bem?- perguntou Remus.

-Sim. Obrigada pelo que fizeste à pouco, se não fosse tu eu estaria morto.

-De nada.- respondeu Lupin sorrindo. Black não sabia porquê, mas ele queria manter para sempre aquele sorriso brilhante na cara de Remus.

Quando deram por isso já estavam de volta à superfície. Colocaram-lhes a famosa venda a que Remus já estava habituado, mas Sirius estranhou.

-Para que é que é preciso a venda?

-Meras formalidades, não ligue senhor Black.

Ao chegarem ao edifício, desceram várias escadas e passaram por vários corredores até lhes retirarem as vendas.

-Uau, ter que fazer este percurso todos os dias não deve ser fácil, estes guardas precisam de um bom treino.- pensou Sirius.

-Muito bem, agora vamos guiá-los até aos seus quartos.

-O quê? Eu não quero voltar para aquele inferno, por favor não.- pediu Lupin, começando a debater-se. Porém a força que ele conseguira com a presença da água já tinha desaparecido. Logo os guardas conseguiram acalmá-lo.

-Lamento ter visto isto senhor Black. Digamos que o senhor Lupin é um pouco violento. Mas não se preocupe, ficarão em quartos separados.

Ao ouvirem isto ambos ficaram tristes. Eles não sabiam porquê, outra coisa para eles juntarem a essa lista, no entanto queriam ficar próximos um do outro.

-Queiram seguir-me.

Seguiram por mais um corredor e pararam à frente de uma porta branca. Tom abriu-a. Lá dentro depararam-se com um quarto igual ao de Remus excepto pela cor. Em vês de azul, todo o quarto continha vermelho fogo e uma lareira. Sirius gostou logo do quarto, mas achou-o demasiado pequeno.

-Este será o seu quarto até que precisemos de si e do senhor Lupin. Não se preocupe com a comida, nos horários certos, o meu pessoal irá trazer o seu pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar.

Dito isto empurrou Sirius para dentro do quarto e fechou-o à chave. Sirius tentou bater na porta com as mãos, pés, no entanto rapidamente ficou cansado e dolorido. Enquanto Black tentava arranjar uma forma de sair, Remus era arrastado, literalmente, até ao seu quarto. Sem cuidado nenhum, o guarda  que o transportava colocou-o na cama. Devido aos maus tratos que o seu corpo tinha recebido, vários cortes nas pernas e nos braços escorriam sangue manchando a cama.

-Eu perdi a paciência senhor Lupin. Nós estávamos a dar-nos tão bem, mas você tinha que começar a disparatar. Como castigo ficará sem comer durante um dia. Só uma prova do que acontece quando alguém chateia o Tom Riddle Junior. E se se atrever a fazer mais alguma coisa, ou a contrariar alguma ordem minha farei muito pior. Estamos entendidos?

Silêncio.

-Eu perguntei se estamos entendidos.

-Sim, estamos.-disse Remus num fio de voz, depois de Tom lhe bater por não ter respondido.

-Ótimo. Voltaremos a ver-nos.

Dito isto saiu do quarto deixando Lupin sozinho com as suas feridas. Este foi à casa de banho que o quarto tinha, que consistia  numa sanita e uma pia( os banhos eram complicados) e limpou as feridas o melhor que conseguiu. Em seguida rasgou algumas camisolas e com tiras delas fez ligaduras. O sangue parou de escorrer, no entanto as dores continuavam muito fortes, por isso mal se deitou na cama começou a chorar. Ele não queria dar parte fraca, mas ele estava tão cansado e dolorido. Com o cansaço rapidamente adormeceu. Sirius por outro lado não conseguiu. Ele tentava perceber onde estava e porquê, mas nada lhe ocorria. Ainda pensou em gritar por ajuda, no entanto ele tinha visto o que tinham feito ao Remus, o jovem a apenas algumas portas do seu quarto. Ele gritou e ninguém apareceu, além que recebeu um estalada e vários pontapés. Black não queria correr esse risco. Como não conseguia arranjar um explicação plausível para explicar onde estava e quem eram aquelas pessoas, tentou pensar onde estava antes. Por causa do ambiente em redor pensou que talvez estivesse no oceano, bem, bem no fundo, pois demorou algum tempo para o submarino chegar à superfície. Questionava-se de como tinha ido para ao fundo do oceano, porém a sua mente estava demasiada exausta e confusa. Decidiu dormir, pois aquele dia tinha sido muito cansativo.


O que estão a achar da história até agora?

Até ao próximo capítulo. ;)

Marotos Elementais- WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora