Fomos roubados.
Alguém invadiu a nossa casa e roubou os relógios do meu pai. Mas teve um em específico.
"Ah, nem esquenta, cara." Polo fala para Guzmán.
"Não tem problema. É prisão preventiva, é só pagar a fiança." Guzmán se refere ao seu pai."E quanto é?" Lucrécia o pergunta, se referindo ao valor da fiança que teria que ser paga.
"Trezentos mil." Guzmán a responde."Pagaremos hoje a tarde." Ele continuou.
"E o julgamento?" Polo questiona.
"Tranquilo. Eles não têm nada." O Nunier suspira."Então por que acusaram ele?" Ander se pronuncia pela primeira vez.
"E eu sei lá? Porra, Ander, como eu vou saber! Algum juiz quis aparecer, eu não faço a mínima ideia." Guzmán se irrita."Mas eles não têm nada contra ele, nenhuma prova. Pelo menos é o que pai de vocês duas disse." O Nunier olha para mim e para a minha irmã.
[...]
"Mas você tem alguém em mente? Sei lá, alguma pessoa que você acha que poderia ter roubado?" Lu me perguntou quando estávamos sentadas em um banco no intervalo das aulas.
"Não, eu não faço ideia." Suspirei.
"Eles vão pegá-lo, seja quem for. Você vai ver." A garota colocou a sua mão em meu ombro."Eu espero que sim." Olhei ao nosso redor. "Você precisa relaxar, podemos marcar para sairmos algum dia?" Lucrécia me pergunta, sorrindo.
"Claro, é só me mandar mensagem." Ela sorriu ainda mais com a minha resposta.
[...]
Vejo Marina sentada em um banco e vou para perto dela, me sentando ao seu lado. "Você está melhor?"
"Aquilo não foi nada, não se preocupe." Tentou me tranquilizar.
"Não tem como eu não me preocupar, você é como uma irmã para mim." A abracei de lado.
"Obrigada por se preocupar, Clara." Samuel chegou até nós duas.
"Vou ao banheiro." Falei a primeira coisa que veio em minha mente para deixá-los sozinhos.
[...]
Relaxei na piscina após muito tempo. Estiquei minha mão para a mesinha ao lado da espreguiçadeira quando meu celular apitou.
"Podemos nos encontrar?"
Leio a mensagem de Marina."Claro. Quando e onde?"
"Você pode vir aqui em casa?"
"Chego em quarenta minutos."
Me estiquei pronta para tomar um banho rápido.[...]
"Obrigada por vir." Marina diz fechando a porta do seu quarto. "Sempre que precisar." Me sentei em sua cama.
"Eu tenho que desabafar com alguém e ninguém melhor do que você." Se sentou ao meu lado.
"O que está te incomodando?" Perguntei preocupada. "Eu já fui para cama com o Samuel." Ela fala direta.
"Isso é bom ou ruim?" Perguntei confusa arqueando uma das minhas sobrancelhas.
"Mas antes eu fui para cama com o irmão dele." Minha boca se abriu em choque.
"Nano?"
"É... Nano. Samuel não sabe disso. Pelo menos, ainda não." Marina suspirou."Mas você estava com o Samuel? Na época?" Eu a pergunto.
"Mais ou menos. Eu não sei o que fazer." Ela choraminga se jogando deitada em sua cama."Marina? Tem mais alguma coisa que você quer me contar?" A questionei notando seu olhar alheio.
"Eu estou grávida de quatro semanas." Fiquei em silêncio raciocinando o que ele acabara de me contar.
"Marina... não sei nem o que dizer." Olhei para ela. Liguei os pontos e soube no mesmo momento quem era o pai do bebê que ela esperava.
"Mas qualquer que seja a minha decisão... prometa que você vai me apoiar e vai estar lá para segurar a minha mão." A garota segurou minhas mãos com as suas.
"Sempre. Você não precisa nem me perguntar." A segurei em meus braços e ficamos em um silêncio.
[...]
"Ander?" O chamei encontrando ele na casa dos Nunier's também.
"Ei." Ele me cumprimenta e logo Marina aparece, me puxando com ela.
"Não quer comer mesmo?" Me pergunta, se sentando no sofá e eu ao seu lado.
"Não, eu estou bem." Vi Ander vindo em nossa direção.
"Marina, é sobre o Omar, tá?" Ele fala, se sentando em frente a ela.
"Você tem que dizer que se confundiu, que não foi ele quem te vendeu a erva. Você precisa falar com a minha mãe." Muñoz diz, suspirei ouvindo. Drogas, mais uma vez.
"Ander, você sabe que não vai colar, sinto muito, é sério." Marina responde para ele.
"Tá bom, mas, você não conhece o pai dele." Marina se levanta se desculpando, cansada dele, segurando a minha mão.
"Marina, Marina!" Ele a puxa pelo braço.
"Que isso? Me solta!" A ruiva manda."Quer que sua mãe fique sabendo o que aconteceu hoje cedo?" Ander ameaça e Marina ri irônica.
"E quer que meu irmão fique sabendo porque você realmente veio aqui hoje à tarde?" Ela fala e se solta do aperto dele.
[...]
Estávamos na biblioteca até eu ver Marina se levantar e sair com a mão cobrindo sua boca rapidamente.
"O que é que está rolando com a diferentona?" Lu perguntou acompanhando a menina com o seu olhar.
"Ela não me conta nada. Nossa amizade durou cinco minutos." Carla responde.
"Que coincidência. Bem quando os relógios desapareceram." Olhei para a Montesinos quando ela disse.
"Como assim? Por que a Marina roubaria a gente? Principalmente a Clara?" Minha irmã questionou confusa.
"Ah, por favor, Carla. Como se não tivesse criminosos na família dela." Lu a responde sarcástica.
"Você está assim porque está puta com a história do Martín." Minha irmã diz.
"Querida, essa história com o Martín só confirma que essa menina não é confiável. Se fosse eu... não tirava o olho dela." Carla ficou quieta depois da fala de Lucrécia.
"Não acho que foi ela, não tem uma resposta lógica ainda." Me pronunciei.
"Você fala isso porque é amiga dela." A morena tinha um ponto. Eu não queria acreditar que Marina seria possível de uma coisa assim.revisado em 14/03/24
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𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - A ɪʀᴍᴀ̃ ᴅᴀ Cᴀʀʟᴀ
FanfictionTudo ia bem na vida de Clara e de seus amigos... até a entrada de três bolsistas em sua escola, Las Encinas, onde tudo poderia mudar. Mas também pode despertar uma paixão, mas eles poderiam ficar juntos? Segredos e mais segredos, define a vida de t...