12. Término

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Marina me ligou essa tarde me dizendo que precisava de mim

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Marina me ligou essa tarde me dizendo que precisava de mim. Ela decidiu que iria fazer um aborto e que Nano também a acompanharia.

"Vai doer muito?" Marina perguntou para nós enquanto segurávamos ambas suas mãos.

"Não vai... vai dar tudo certo." Nano tenta tranquilizar a garota.

"Ah, não fala isso, sério! Eu odeio quando falam isso." A mesma fala.
"Mas foi você quem quis vir aqui." O García diz calmamente.

"É, e que outra opção eu tenho? Me dá um motivo para eu não fazer isso, só um!" Nunier suspira aflita.

"Eu podia dar vários para você fazer. Você é jovem e tem muito tempo para ter filhos. Fora o que a gente vai fazer com a criança? Essa é a decisão mais sensata, mas..." Nano deixa a sua fala no ar.

"Mas o quê?" Marina pergunta.
"Mas... mas nada."

"Não, fala logo!" Ela insiste.
"Não é nada, nada." Nano continua negando.

"Nano, me fala, sério!"
"Não era nada... nada." O García fala e a garota se vira para ele, e os mesmos se beijam.

"Eu tomei a minha decisão." Marina se vira para mim.
"E qual é?"

Marina se levanta ainda segurando a minha mão. Ela anda até a saída me puxando enquanto Nano nos seguia.

"Vamos embora." Ela deu um pequeno sorriso.

Entramos no carro, eu no banco de trás, Nano no motorista e Marina no banco do passageiro.
"O que foi, Nano?" Marina pergunta, enquanto o garoto estava com as suas mãos no volante, olhando para baixo.

"Eu vou me mandar dessa merda de lugar." Ele pronuncia.

"O que isso tem a ver comigo?" A ruiva pergunta.
"Você e eu? Olha só, Nano... eu sou menor de idade, você acabou de sair da prisão... sem contar a porra do HIV." Marina continua, ligando os pontinhos.

"Você é indetectável, Marina, tem menos de um por cento de chance de contagiar a criança. Eu não sou muito bom nesse assunto, mas eu vi no Google e a gente iria para algum lugar para começar do zero. E você poderia continuar o tratamento." Nano diz olhando para ela.

"Onde?"
"Longe... o mais longe que o dinh... o mais longe que conseguimos ir."

"Um lugar longe, onde ninguém conheça a gente e ninguém saiba das nossas merdas. O que a gente fez com o Samu." O rapaz continua.

"Não, eu não vou contar a verdade para ele, só iria machucá-lo ainda mais..." Marina suspira.

"Se você vir comigo ele vai acabar sabendo." O García diz o óbvio.
"Nano, isso é... loucura."

"Eu sei... eu não sou idiota, eu sei como o mundo funciona. Mas também sei que... isso é a pior coisa que poderia acontecer, ou talvez a melhor coisa que poderia nos acontecer, Marina." Nano se vira para ele no banco.

"E eu não peço para você falar que aceita... só para pensar por mais de cinco minutos. E eu sei que..." Marina o interrompe com um beijo.

"Isso não significa que sim..." Ela brinca.
"Você ainda tem mais quatro minutos..." Nano dita.

"Vamos... temos que levar a Clara." A Nunier se ajeita melhor no banco.
"Eu esqueci que ela estava aqui." Nano falou rindo.

"Obrigada pela honestidade." Falei dando uma risada.

[...]

Entrei na sala de aula para ver Christian falando alguma coisa para Carla e a mesma olhando abismada para Polo.
Me sentei atrás da Nunier com um menino.

"Oi para todos! Bom, chegou o grande dia. Só caneta em cima da mesa, por favor." Martín entra na sala.

No meio da prova, Marina se levantou.

"Toma." Sua voz estava falha, entregando o seu teste para o professor.

"Terminou?" Ele perguntou surpreso, com a velocidade que a mesma tinha feito o teste.
"Uhum..." Marina resmunga.

"Certeza?"
"Sim."

Marina se vira e sai da sala.

"Pessoal, continuem fazendo a prova, em silêncio e sem se mexer um milímetro, por favor. Marina!" Dito isso, ele a segue. Samuel se levantou e foi atrás deles.

"Não é possível..." Diz ele saindo.
"Samuel, Samuel! Volta aqui!" Nadia o chama mas ele não deu ouvidos a ela.

De dentro vimos Samuel avançar em Martín e rapidamente todos saímos para fora para assistir, até Azucena chegar e separá-los.

"Esse filho da puta se aproveitou de uma aluna e deixou ela grávida!" Samuel quase grita.

"Como assim?" Marina pergunta incrédula.
"Espera aí, o quê?" Agora é a vez de Martín perguntar confuso.

"Você acha que eu faria uma coisa desse tipo?" Martín pergunta a Azucena.

"E aceitar um suborno? Isso você faria." Nadia fala. Entreolhei ela, o professor e Lucrécia.

"Vamos para a minha sala!" A diretora pronuncia com o homem a seguindo.
"Merda!" Marina grita e bate com o punho na janela da sala. Fui até ela para segurar a sua mão.

Martín, Marina e Lucrécia foram para a sala de Azucena, e todos os alunos são mandados de volta para as salas de aula. Não demorou para o sinal tocar. Eu estava perto de Polo até Carla chegar.

"Como foi na prova?" Polo pergunta para ela.
"Bem..." Ela sussurra ficando quieta.

"A gente mudou de ideia em cima da hora, de verdade. Eu não queria te encher porque você estava estudando." Olhei curiosa quando Polo fala, se virando para ela.

"Valeu por não ter me avisado que iria transar com outro para não me desconcentrar." Minha irmã diz e começa a sair.

"Aí! Aí, você também transou com ele, não é?" Ela se vira para encará-lo. "Tá bom, desculpa." Ele fala rapidamente.

"Sempre com você... o acordo era a gente compartilhar tudo." Carla fala.

"Carla, sério, isso foi uma besteira, tá? U-uma besteira, tá bom? Vem aqui, me dá um abraço." O rapaz tenta abraçá-la mas a mesma se solta.

"Carla, eu mudei, tá bom?" Ele fala.
"Isso era pra evitar traições, mentiras... e pra ressuscitar uma relação que estava morta... Mas depois de tudo isso é melhor ela continuar enterrada." Dito isso, ela se retira.

"Eu não sei o que aconteceu... mas se o Christian participou ele também tem culpa, não?" Perguntei. "A gente se vê, Polo."

revisado em 14/03/24

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revisado em 14/03/24

𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - A ɪʀᴍᴀ̃ ᴅᴀ CᴀʀʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora