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“Há um ditado que diz: Escritores criam castelos com enormes muralhas, enquanto os leitores moram e se protegem do mundo ali.”

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Amar as vezes pode ser ruim. Por quê? Ora, como ainda poderia perguntar-me sobre tal coisa? Amor gera obsessão, não é óbvio o suficiente para você?

— Bom dia, senhores. Trouxe o relatório do caso do Monstro sem face. — Um homem vestido com um terno de grife aproxima-se da mesa de advogados e detetives. Discutiam sobre um novo caso em que a investigação não ia para frente, pois aparentemente não lidavam com algo humano. E mesmo que fosse, seria um gênio. Pois cada vítima havia sido brutalmente morta e mesmo com todas as evidências e Dna que ficavam para trás, ninguém era achado.

O Serial killer era rápido em seus crimes; fazia questão de deixar tudo ensanguentado, ao envés de limpar, como muitos pequenos criminosos fazem. Pensem só, a prova maior é o corpo. Para que perder seu tempo e limpar o resto?

Algo que a justiça tinha em mente era o motivo dos assassinatos. Era alguém. Era por amor que a coisa matava. Ele amava tanto, tanto que odiava qualquer um perto de seu querido. Ao menos o “Querido” eles sabiam quem era.

— Park Jimin? O que ele tem haver com isso tudo? — Um indivíduo questiona seu superior.

— Ele é a motivação por trás do assassino. Ele o viu em alguns dos momentos em que cometia o delito contra a vida humano. O depoimento de Park é contraditório, contudo ele tem álibi perfeito, dá para notar o quão empenhado ele está para colocar quem quer que seja atrás das grades, afinal tirou seus amigos e familiares. — O diretor do FBI ditava cada palavra buscando ar em seus pulmões secos. — Detetive Jeon, o que tem para me dizer sobre?

— Este caso é bem confuso, senhor, peço para que deixe-me ler todo o relatório antes de dar alguma opinião sobre. Dentre todos os casos em que eu supervisionei, este é o que há mais complexibilidade. — Jeon Jungkook, de cabelos negros como a noite, de terno na mesma cor, diz ao diretor. O homem analisa Jungkook por alguns míseros segundos e então sede o relatório ao detetive. — Obrigado, senhor.

O relatório continha cinquenta páginas com informações das vítimas que foram ligadas durante a investigação. Folheando aquele caderno, Jungkook pode ter o prazer de rever as fotos dos corpos caídos no chão, sem vida.

Cada um de seus amigos pagou por ter feito alguma coisa, seja que mínima, para seu garoto. Seu Jimin. Queria esbanjar seu ódio naquele momento, mas não podia. O demônio sabia controlar qualquer emoção indesejada para não atrair suspeitas.

— Irei para meu escritório ler o relatório. Qualquer novidade não vista antes, avisarei a minha equipe para que fiquem por dentro do caso, certo diretor? — Seu semblante era sério, como um detetive bom e qualificado que era e estudou para ser.

— Certo. — Afirma em concordância. — Vá para sua sala, continuaremos a discutir sobre outros casos, assim dividindo-os para as equipes.

Jeon apenas obedece, faz uma referência em respeito ao superior e sai do local, indo para sua sala particular.

Andando pelos corredores do fbi, sente seu celular vibrar dentro do bolsa da calça social extremamente marcada pelas coxas grossas e definidas. Retira o celular e liga a tela, vendo se era algo importante. Era Jimin, seu namorado. Estava fazendo uma ligação.

OBSESSÃO • Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora